Capítulo 5 (R) *

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1 mês depois.

Gabriella Narrando

Depois de um mês que eu conseguir me acustumar com às coisas por aqui, e com as pessoas que aqui habitavam, Nem é um desses, o cara chegava a ser insuportável as vezes, mas eu não podia ser ingrata depois de ter me acolhido, ele estava me dando uma bela de uma ajuda aqui dentro.

Giovanna me encaixou em um emprego no seu salão de beleza, podia escolher entre manicure e cabeleireira s como eu sou boa nas duas coisas ela me deu uma colher de sopa permitindo que eu faça os dois servidos dentro do seu salão. Mas é claro que antes foi preciso fazer os dois serviços nela pra que ela pudesse saber qual seria melhor para mim. O salário é muito bom a propósito, como é um salão bem frequentado aqui na rocinha rendia uma boa grana. Só em uma semana, eu aprendi a colocar três megas e apesar de ser bastante complicado pra fazer, o dinheiro cobrado vale muito a pena.

Algumas semanas atrás matriculei a Miranda e o Caleb em um colégio aqui na comunidade, resolvi toda a a burocracia das papeladas com a ajuda da Gi e ambos já estão estudando direitinhos e logo eu estaria fazendo o mesmo. Caleb está fazendo o nono ano e estudava de manhã, já a Miranda a Primeira série entrando ao meio dia e saia às cinco.

Consigo dividir meu tempo de boa, já que eu só levava ela, e ao meio dia entro no salão, saio às cinco e pego ela, Gi foi boazinha comigo com esse horário, ela continua sendo um anjo na minha vida.

Criamos uma Amizade durante essas semanas que passou, e sua amiga que também é dona da padaria onde costumo frequentar, Alessia, só falta arrancar meus cabelos quando vê nos dias subindo e descendo o morro.

Mari tá ligando. — Caleb me estende o meu celular, pego o aparelho da sua mão e me sento no Sofa. Faltava alguns minutos pra dar a minha hora e só estava esperando Miranda terminar de se arrumar.

— Oi Mari.

— Fala ae patroa. — Abro um sorriso ao ouvir sua voz, saudade tava imensa já e olha que nos falamos por ligação esses dias.

— Patroa?— franzo o cenho com a brincadeira tosca.

— É, ou vai dizer que ainda não tá de rolo com o Patrão? — Reviro meus olhos, bobagem dessas viu.

— Ah me respeita, Marília, que aquilo foi quase um beijo com dois bêbados. — Comento a respeitoso do primeiro e último pagode que fui na casa do Nem, vou te contar.. não me orgulho não, o bofe é casado e assumo minha parte como errada em ter rendido. Cara ficou alto com as pingas brabas que tava tendo e veio com uns papos de indireta pra cima de mim, corri dele igual o diabo corre da cruz.

— Sei..

—É sério Mari, ele é Casado e de Bandido eu quero distância.

— E da rola deles?

— Uns dezoito centímetros de distância. — Brinco pra quebrar aquele clima, recebo a atenção do Caleb na mesma hora, a linha fica muda por alguns segundos antes de nós duas cair na risada.

-— Sua Safada! você quer dar.

— Não tô falando que é pra ele, tem muitos outros bofes aqui na favela que não é envolvido. — Falo baixo, mas mesmo assim Caleb consegue ouvir.

— Toma vergonha na cara não, Gabriella. — Caleb diz me fazendo dar risada legal.

— Sente vontade de fuder até com a parede? Eu sei quer que eu envie um vibrador por sedex pra você?

Tentação Perigosa (No Telegram)Onde histórias criam vida. Descubra agora