Capítulo 11 (R) *

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Gabriella Narrando/ Sexta-feira/ 17:03

Hoje foi corrido, com a ausência da Giovanna no salão as funcionárias ficavam mais preguiçosa e não é possível que só eu note isso, não posso nem chegar nela e falar o que eu acho sobre isso porque sei que as mulheres que trabalham comigo vão achar ruim.

— Cadê? — Miranda pergunta assim que para a minha frente, franzo o cenho para a pergunta repentina e bebo um gole da minha água mineral.

— Cadê o que?

—Você sempre trás algum doce para mim comer na saída da escola mamãe, o que aconteceu hoje?

— Hoje não deu pra a mãe trazer, estava cansada demais e acabei esquecendo de passar na loja de doces. — Justifico pegando a sua mochila, estava com os braços pedindo arrego sem maldade.

— A Gi deve ter feito alguma coisa em casa. — Pego na sua mão enquanto fazíamos o caminho até a nossa atual casa, ela começa a balançar nossas mãos unidas e eu preciso pedir duas vezes para que ela pare e entenda que hoje eu não tô no clima.

Mas parece que quanto mais eu peço mais atentada ela fica.

— Me pega no colo. — Pede parando de andar, olho pra baixo onde ela estava e me pergunto que cruz foi essa que eu resolvi carregar.

—Ih Miranda, faz favor né? Você tá muito grande pra isso, vou pegar nem..

— Por favorzinho, mãe. — súplica — Essa última aula foi Educação física e eu tive que ficar correndo pra lá e pra cá por muito tempo, tô cansada. — Explica e sem mais nem menos se senta ali no meio fio.

— Levanta daí que tá sujo agora, Miranda! — Exijo.

— Só se você me pegar no colo. —Ela levanta os braços, manipuladora Barata, abro a boca chocada com a ousadia dessa garota.

Faço menção em pegar o chinelo do meu pé e ameaçar a bater nela bem aqui no meio da rua mesmo, estava com um temperamento tão mínimo pra lidar com Miranda hoje.

— Tu tem trinta segundo pra levantar desse chão antes que eu pegue o chinelo, Miranda. — Sou dura com ela, vejo a hesitação nós seus olhos e por um momento penso que vai levantar mas ela decidi ficar no chão quando vê alguém atrás de mim.

— Pega a menina.— Desvio meu olhar assim que ouço a voz conhecida, Nem havia acabado de parar a moto do outro lado da calçada e tem os olhos em nós duas.

— Não. — dou dura, inspiro fundo e volto minha atenção até ela — Levanta da porra desse chão, AGORA. — meu pedido é mais do que apenas um pedido, Miranda se levanta na velocidade que o meu grito raivoso entra pelo seu ouvido.

— Não precisa gritar não, mãe, eu já ia levantar. — retruca baixinho — Só queria uma carona até em casa sabe, tio..— ela diz balançando as mãos inocentemente — Tá tão quente e minha mãe tá cansada pra me levar no braço.. — mas é cínica, por Deus, teve a quem puxar viu porque o pai é idêntico.

— Tá quente mesmo em piralha, seja por isso não, sobe aí que o tio tá de bom humor hoje. — Miranda abre um sorriso de orelha a orelha quando ouve as palavras de Nem, mas na mesma hora corto deu barato.

—Não, não precisa. — a impeço de dar qualquer passo na direção dele, seu sorriso vai desaparecendo dos lábios

— Mas mamãe..

Tentação Perigosa (No Telegram)Onde histórias criam vida. Descubra agora