Tentação Perigosa (No Telegram)

Capítulo 8 (R) *

Gabriella Narrando/ Quinta-Feira/20:03

— Miranda? — chamo por ela assim que entro no corredor, dei falta dela na casa e quando tava silêncio demais alguém quê tem. Sigo até o banheiro, avisto a porta entreaberta e empurro lentamente.

Encontro a meliante com o estojo de maquiagens da Giovanna em mãos, meus olhos faltam saltar das órbitas quando vejo ela com uma base da Sephora em mãos.

— Miranda!! — a repreendo na mesma hora, ela se assusta e larga a base dentro do estojo. — O que eu disse sobre mexer nas coisas da Gi?

— Não lembro não, mãe.— Ela desde do banquinho, fugindo dos meus olhos.

— Eu disse pra não mexer. — Repito algo que eu sabia que ela lembrava muito bem, olho feio pra ela que tem a boca toda suja de batom cor-de-rosa.

— Eu queria o batom. — murmura torcendo a barra da blusa que usava, constrangida.

—Na feira de Domingo eu compro uma pra você, não é pra mecher nas coisas da tia me ouviu bem? — a repreendo e ela assente. Com isso, eu pego a necessárie e fecho o zíper, logo guardando novamente dentro da gaveta.

Saio do banheiro segurando em sua mão, ela segui pra a sala e eu vou até o quarto do Caleb.

— Tu ainda tem dinheiro? — Pergunto assim que o encontro na sala, ele nega com o olhar fixo na tela do celular.

Jogo uma sacola de supermercado com alguns preservativos na cara dele, bem no meio da sua fuça de Ser Vergonha.

— Quê isso? —Ele pergunta largando o calular com certa curiosidade.

—Balão. — Caminho até sua Cômoda e deixo quatro horas de cem em cima do móvel — Se tu me decepciona e se meter com esses caras que fica se drogando por aí eu deixo você sem dinheiro algum e tu ainda leva um pau.— digo à ele bem serinha — Tu tem dinheiro em casa não precisa desses trabalho não.

— Eu sei, relaxa. — Ele diz abrindo a sacola — Valeu, isso aqui vai ser bem útil. — Ele coloca na gaveta com um sorriso macabro no rosto.

Nego com a cabeça mas não digo mais nada, antes fazendo protegido do que fazendo sem proteção e me aparecer com uma garota prenha por aí.

Saio do seu quarto e sigo até o meu ao lado, encontro Miranda terminando de vestir seu pijama com estampas de unicórnio.

— Nem, tá vindo aí, quero que se comporte. — aviso pegando um macacão de pano liso no guarda-roupas.

Ela abre um sorriso de lado enquanto se veste.

— Gosto dele.

— É? Por quê? Não me lembro dele ter te dado doce. — Pego uma peça íntima na primeira gaveta do guarda roupas.

— Ele é bonito e bem cheiroso.

— E muito bem casado, abre seu olho não. — Brinco com ela que dá risada.

— Eu tenho ciumes não. —Ela repete o que Marília costumava dizer, pega seu perfume da barbie e espirra duas vezes no pescoço.