Henrique Prado mais conhecido como Henry, tem como melhor amigo Tales o filho caçula dos Delavie uma das famílias mais ricas de São Paulo. Quando Tales vai embora Henry fica muito mal e acaba se aproximando mais do filho mais velho dos Delavie, Eric...
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Era de manhã quando Lais me acordou, estava na hora de irmos embora. Me levantei e comecei a arrumar minha mochila enquanto ela fazia o mesmo com a dela, teria que pedir para ficar em sua casa já que não queria o drama dos meus pais agora, então ligaria primeiro para ver como estava a situação e depois de um tempo iria para casa, estava viajando em pensamentos até o celular dela começar a tocar.
Lais: Eu vou lá fora atender rapidinho se não se importar.
Balancei a cabeça confirmando que não me importava e ela saiu, alguns minutos depois voltou cabisbaixa.
Henry: O que aconteceu?
Lais: Henry, sei que vai ficar bravo comigo mas vou ter que pedir para o Eric te levar para casa.
Henry: Porque? esta me assustando.
Lais: A avó de uma amiga minha sofreu um acidente, eu tenho que ir pra lá agora. - admito que quando ela disse que eu iria ter que ir com o Eric achei que ela estivesse mentindo, mas ao ouvir a explicação e olhar em seus olhos marejados tive certeza que era verdade.
Fui em sua direção e a abracei sendo correspondido logo depois.
Henry: Hey esta bem, espero que fique tudo bem com essa senhora.
Lais: Eu também, estou indo. - disse me dando um beijo no rosto e saindo correndo atrás de seu carro, enquanto eu peguei a mochila e fui em busca de Eric.
O encontrei parado na frente de seu carro conversando com a garota do dia anterior que agora estava com os cabelos presos, quando me viu parou a conversa e acenou para que eu me aproximasse, a garota deu um leve aceno de cabeça para nós dois e saiu sem dizer mais nada.
Eric: Lais me contou o que aconteceu, não se importa de ir comigo não é?
Henry: Claro que não, mas tenho que pedir um favor.- Disse sem jeito
Eric: Diga.
Henry: Eu ia ficar na casa da Lais porque não posso voltar para a minha agora, será que tem como...
Eric: Não precisa nem pedir, sabe que pode. - Disse ele passando por cima da minha fala.
Agradeci a ele, eu não queria ficar sozinho com o Eric mas preferia isso do que encarar meus pais agora, talvez eles me mandassem para um colégio militar, quem sabe.
Entramos no seu carro e quando ele deu a partida disse.
Eric: Vai ser bom que venha em minha casa, afinal temos que conversar.
"Puta merda"
...
Ok isso não estava sendo tão ruim assim. Faziam umas duas horas que havíamos chegado na casa dos Delavie e estávamos sentados, jogando vídeo game e comendo salgadinhos enquanto riamos, por um segundo esqueci completamente do resto do mundo, mas ainda não tinha esquecido da tal conversa, espero que ele tenha. Quando o jogo terminou ele se levantou dizendo que iria lavar a louça que havíamos sujado pois os empregados estavam de folga naquele dia, me levantei para ajuda-lo.
Enquanto guardávamos os copos começamos a conversar.
Eric: Então me diz henry, o que vai fazer da vida?
Henry: Nossa isso é uma pergunta muito profunda não acha?
Eric: É só para obter informações.
Henry: Eu não faço ideia do que vou fazer da minha vida, não estou fazendo faculdade então talvez eu descubra uma nova galáxia.
Eric: Essa não é uma resposta meio profunda também? Esta falando sério?
Henry: Sim para a primeira, não para a segunda.
Ele riu baixinho e soltou a primeira bomba da noite.
Eric: E namorada?
Henry: O que tem? - perguntei com medo do que ele queria descobrir com aquilo.
Eric: Você adora responder uma pergunta com outra pergunta. - foi uma constatação para si mesmo.- estou perguntando se tem namorada?
Henry: Não... - fiquei calado por alguns segundos - ...e você?
Ele me olhou de leve dando um sorrisinho. Eu não perguntei porque queria tecnicamente saber daquilo, apenas não sabia o que perguntar.
Eric: Não tenho.
Henry: Pera mas e a loira? - Eu sabia que ele não tinha ideia de que eu tinha visto os dois se pegando naquele dia, mas perguntei sem nem pensar nesse fato.
Ele voltou a me encarar, seus olhos tomaram um brilho escuro e ele começou a se aproximar de mim mais do que o necessário, suas mãos descansaram uma em cada lado da bancada aonde eu estava, me prendendo, ele se inclinou ficando a alguns centímetros do meu rosto.
Eric: Finalmente chegamos ao assunto que eu queria chegar.
Eu estava com uma ligeira impressão de que iria desmaiar e cair duro naquele chão.
