Ela é do jeito que é e faz o que quer. E todo mundo tem que lidar com isso. – Diário de Anne Frank.
***
Esse era um daqueles momentos que Suzana precisava falar com algúem, precisava ter um ombro para chorar, para desabafar e contar tudo o que estava sentindo. Queria um abraço gostoso, alguém que enxugasse suas lágrimas e depois a fizesse sorrir.
Então ela ligaria para Júlio.
- Oi meu amor – Julio meio que gritou ao atender ao telefone, Suzana ouviu a musica alta de fundo, se destacando com a voz do menino.
- Onde você esta? – Suzana perguntou um pouco curiosa e meio triste, pois viu que Júlio estava ocupado e não poderia vir ao seu encontro.
- Tô em uma festa Suz. – Júlio disse, parecendo levemente alterado.
Suzana olhou no relógio. 21:32, e ele provavelmente já estaria bêbado. Revirou os olhos e deu risada da responsabilidade de seu amigo.
- Ok então, só precisava da sua companhia mesmo, mas aproveita ai a festa Júlio. Beijo. – Suzana se despediu, mas quando foi desligar a ligação, Júlio a interrompeu.
- Nãao – Ele deu um grito dramático – Vem aqui Suuz, por favor vai...
- Ta louco? Meu pai me mata seu mané. Já não basta eu ter passado a noite aí na sua casa sem a permissão dele?
- Acho que vai ser bom para você Suz, melhor do que ficar aí, trancada nesse quarto sozinha. Pelo menos aqui você tem a minha companhia, vai se divertir um pouco...
Suzana queria não ter pensado malícia quando Júlio falou "Se divertir um pouco", dizendo educadamente, bom, ela era mais uma de tantas adolescentes que adoram, hm... Sexo.
Havia perdido a virgindade e depois não havia conseguido parar, quando estava triste, para baixo e sem conseguir se alegrar de jeito nenhum – o que ultimamente estava acontecendo muito frequentemente – ela transava. Transava muito, transava até não aguentar mais. Fosse com homens ou com mulheres, ela só queria transar.
Mas ultimamente, nem isso ela estava fazendo. A um ano atrás, não se importava com quem iria transar, com o que as pessoas iriam falar. Mas agora ela estava se importando, ela chorava por tudo e depois se sentia horrivelmente culpada.
Ela tinha que transar com alguém conhecido, alguém que ela confiasse... O Júlio por exemplo.
Ok Suzana, vamos parar né?
- Não Julio melhor não. – Suzana disse, soando nada convincente, claramente querendo ir a essa festa.
- Eu vou aí te buscar, me espera. – Ele disse.
- Deixa de ser doido Júlio.
- Em um hora estou ai Suz, beijo.
Suzana sabia que não havia jeito, Júlio viria de um jeito ou de outro, acompanhada ou não, então era melhor ela se arrumar logo, ou se não quando ele chegasse, ela ainda estaria toda desarrumada e de pijama.
***
Suzana havia caprichado na hora de se arrumar, havia colocado suas melhores roupas, arrumado seu cabelo perfeitamente e até passado maquiagem e trocado seus alargadores.
Pela primeira vez em muito tempo, quando se olhou no espelho ela se achou... Linda.
Júlio chegou com um carro na porta de sua casa, buzinou diversas vezes chamando atenção de seu pai, que estava em seu quarto com Samuel.
Porra, a intenção era sair sem seu pai perceber.
- Onde vc vai? – Willian disse, vindo de seu quarto, com Samuel acordado em seu colo. – Vai sair e nem avisou?
Suzana suspirou, pensando em o que ia falar para convencer seu pai a deixa – la sair, sem ter que discutirem. Suzana estava cansada de tanto discutir com seu pai, estava cansada desse clima que estava entre os dois.
- Eu vou sair com uns amigos, pai. – Suzana disse, por cima da buzina que Júlio e seus amigos bêbados não paravam de tocar.
- Deis de quando você resolve sair assim sem avisar? Eu ainda sou seu pai sabia?
Não seja grossa Suzana. Não seja grossa.
Então ela resolveu usar chantagem emocional.
- Sabe pai, ultimamente eu não to me sentindo bem. Ando com a cabeça muito cheia, só sei chorar, pensar na mamãe, nas nossas brigas. Preciso distrair um pouco minha cabeça pai, tentar ficar bem sabe? Então, posso ir a festa? – Suzana disse calmamente, se abraçando.
Willian suspirou.
- Que horas você volta? – Willian disse, se rendendo. Também estava sempre de cabeça cheia e cheio de problemas.
- Não sei pai, depende da hora que vão me trazer, mas eu prometo que dessa vez eu te ligo.
Willian concordou, Suzana deu um beijo na bochecha dele e de Samuel e saiu porta fora.
Quando Júlio viu que Suzana havia saído da casa, deu um grito bêbado sendo acompanhado pelo os outros amigos que estavam dentro do carro.
Suzana deu risada. Essa noite promete.
Entrou no banco de trás e observou as pessoas que estavam ali dentro.
No banco do motorista estava um cara barbudo, claramente bem mais velho que os demais, e aparentemente o único que não estava bêbado ali. No banco do passageiro estava Júlio, que estava sorrindo que nem idiota ao olhar para Suzana, achando que ela não estava percebendo.
Ali atrás com ela, estava uma menina de cabelo coloridos e alguns piercings, a garota também a encarava, com um sorriso nos lábios. Um sorriso sexy e lindo. A garota na verdade, era maravilhosa.
E o outro garoto... Era o Caio.
O que porra aquele garoto estava fazendo ali?
Caio deu uma risada gostosa ao perceber que Suzana havia o reconhecido, claramente ele estava bêbado também.
Aquela noite seria muito divertida.
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N/A: (Só acho que vocês vão adorar o próximo capitulo)
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Enigmas Melancólicos [Pausado]
JugendliteraturNosso instinto sempre avisa que, quando algo pode nos machucar, é preciso recuar e se proteger. Mas, quando existe um transtorno psicológico no caminho, tudo pode ficar meio confuso. Quando uma pessoa sente uma dor muito grande, se julga demais o...