Emily vs Crowley: o confronto final (ou não)

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 – Vai pro Inferno! – gritei enfiando a faca no peito de Crowley que caiu no chão, morto.

Eu tinha conseguido. Crowley, o Rei do Inferno, estava presuntinho da silva e eu agora era eu que assumiria o trono. Ninguém mais iria ser enganado por nenhum pacto e somente aqueles que merecessem teriam como castigo a fornalha eterna. Os demônios não fariam mais mal a ninguém e isso já resolveria pelo menos metade dos problemas do mundo.

De repente já não estava mais na sala do trono e sim em um tipo de quarto escuro sem portas ou janelas. Vultos começavam a me rodear e quando dei por mim a faca já não estava mais em minha mão. Foi então que os vultos começaram a tomar forma e eu pude perceber que eles eram minha família e meus amigos.

– Pai! – exclamei tentando abraçá-lo, mas foi em vão.

Meus braços atravessaram direto através do corpo dele, como se fosse apenas uma nuvem de fumaça. Fiquei sem entender nada e me perguntei o que estaria acontecendo. Olhei a volta e agora todos estavam parados em círculo a minha volta com expressões vazias no olhar.

– Tio Dean? Derek? Cass?

– Assassina. – disse tio Dean.

– Monstro. – disse Derek.

– Traidora. – disse papai.

– Ingrata. – disse Cass.

E eles continuaram a repetir aquilo continuamente. A vontade que eu tinha era de chorar e sair correndo dali para o mais longe possível. Por que estavam me tratando daquela forma? Será que de fato eu era mesmo tudo aquilo que diziam? Foi então que uma voz começou a me chamar.

– Emily. Emily! Emily, acorda!

Quando abri os olhos dei de cara com um homem alto e forte no meu quarto. Eu praticamente me joguei no chão para me afastar do mesmo. Só depois que eu fui reparar que não era um homem qualquer, e sim um demônio que eu conhecia muito bem.

– M-Meg? – falei.

– Não, o Superman. – respondeu. – Apesar de que com esse corpo daria um ótimo Superman.

– Você me assustou. – disse me sentando na cama. – Não tinha corpo melhor?

– Foi o primeiro que achei. – respondeu Meg. – Não queira saber onde.

– Ok. – disse prendendo o cabelo em um coque alto. – Trouxe o que eu te pedi?

– Claro. – Meg enfiou a mão na parte de trás da calça e tirou a faca de matar demônios. – A arma ideal para acabar com o Rei do Inferno.

– Obrigada, Meg. – falei olhando a faca brilhante.

– Não me agradeça. – disse estalando os ossos do pescoço. – Só acabe com aquele porco do Crowley.

– Pode deixar.

Foi então que ouvimos passos no corredor. Meg e eu nos entreolhamos e ela deu um pulo para dentro do armário. Segundos depois Marlene entrou no quarto. A mesma ainda usava algumas joias que eu tinha a dado no dia anterior.

– Emily, que bom que já acordou. – disse a mesma pondo bandeja na mesa. – Vossa Majestade deseja vê-la.

– Ah, depois eu vou falar com ele. – disse escondendo a faca debaixo do travesseiro. – Se divertiu na festa ontem?

– Muito, apesar dos demônios não parecerem gostar muito da minha presença.

– Mas ninguém mexeu com você né?

Hybrid: Um demônio em Beacon HillsOnde histórias criam vida. Descubra agora