Acabou, Hale

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 Alguns dias se passaram e comecei a perceber que Derek estava agindo de forma um pouco estranha. Passou a cozinhar mais e bem, o que não era comum, pois Derek era horrível na cozinha. O Hale também começou a beber, até demais, coisa que o mesmo raramente fazia. Peter também reclamou de uma vez em que ele o chamou de "tio", sendo que ele não o chamava dessa forma desde que tinha onze anos de idade.

Eu não fazia ideia do que acontecia com Derek e quando perguntava ele respondia que estava bem ou então simplesmente mudava de assunto. Nem mesmo Cora, sua "querida irmãzinha" conseguia arrancar uma resposta do mesmo. Talvez fosse algum efeito da lua cheia que cada vez se aproximava mais.

Certa noite, Derek saiu para dar uma volta porque "precisava ficar sozinho" e eu fiquei com os Hale jogando UNO. Confesso que não me concentrei muito no jogo, pois meus pensamentos estavam todos em Derek. Qual era o problema daquele homem? Desde que ele voltou da luta contra os weredemons estava estranho, às vezes nem parecia a mesma pessoa.

– Ele está estranho. – falei. – o Derek.

– Não, querida, Derek é estranho. – disse Peter. – Brincadeiras à parte, às vezes ele tem os problemas de TPL dele, mas isso passa.

– TPL? – perguntei.

– Temperamento pré-lua cheia. – respondeu Cora. – Alguns lobisomens ficam com os sentimentos mexidos alguns dias perto da lua cheia e até um pouco estranhos.

– Relaxa, Emily, isso passa. – disse Malia jogando três vermelho e ficando com outra carta na mão. – Uno.

– Espero que sim. – disse baixinho.

Algumas horas mais tarde Derek chegou em casa dizendo que tinha uma pista dos weredemons. Contou que havia várias fábricas abandonadas que ficavam próximas as docas e que algumas pessoas relatavam ter uma movimentação estranha por ali. Então resolvemos ir investigar. Avisamos a alcateia e partimos para o lugar.

– Que lugar estranho. – comentei. – Me dá arrepios.

– Não seja medrosa. – disse Liam. – O máximo que podemos encontrar por aqui é um weredemon com o bocão cheio de dentes. – brincou.

– Que animador. – falou Cora.

– É aqui. – disse Derek parando de andar.

– Esse lugar cheira a weredemon que não toma banho a meses. – disse Malia tapando o nariz.

– E o que faremos agora, senhor alpha? – perguntou Peter olhando Derek.

– Nós vamos entrar. – respondeu Derek.

– O que!? Tá falando sério? – perguntou Leon.

– É, pode ter weredemons aqui. – disse Talita.

– Ótimo. – disse Derek. – Então, vocês dois vão ficar aqui fora de guarda e qualquer movimento estranho vocês nos avisam. Quanto aos outros, vamos entrar.

Todos nós concordamos e entramos em um dos pavilhões da antiga fábrica deixando Talita e Leon para trás. Andamos durante algum tempo, mas não havia sinal algum dos weredemons ou de qualquer outra pista que pudesse levar-nos a eles.

– Ei, vocês estão ouvindo isso? – perguntou Malia.

– O que? – perguntei.

– Esse som... É muito irritante. – disse Liam levando as mãos à cabeça.

– Faz isso parar! – disse Cora.

Quando percebi todos os lobisomens pareciam estar sendo atordoados por algum som que eu não podia ouvir, provavelmente por estar em uma frequência mais baixa. De repente Malia deu um berro e saiu correndo em uma direção.

Hybrid: Um demônio em Beacon HillsOnde histórias criam vida. Descubra agora