Bebê a bordo

168 11 1
                                    

 Peter, Malia, Cora e eu chegamos no hospital carregando Derek que foi rapidamente encaminhado para a emergência. Melissa, a enfermeira que eu já conhecia de outras vezes que estive ali nos atendeu e disse que faria de tudo para que Derek ficasse bem.

Os Hale e eu ficamos conversando na sala de espera. Os contei sobre o que tinha acontecido mais cedo e também os questionei sobre o que Derek queria dizer na hora em que o encontramos. Porém conseguimos mais perguntas do que respostas, o que talvez já fosse de se esperar tratando-se dos weredemons.

A enfermeira chegou a sala de espera e informou que Derek agora estava fora de perigo, mas que ficaria em observação durante pelo menos doze horas. Explicamos a Melissa tudo o que tinha acontecido e ela informou que Scott em breve retornaria a cidade para ajudar a alcateia na batalha contra os weredemons, era apenas uma questão de tempo.

Peter e Malia resolveram voltar para casa já que Derek estava bem. Cora e eu viramos a noite no hospital porque não queríamos deixá-lo sozinho de jeito nenhum. Porém ficamos praticamente caladas o tempo todo, pois não queria incomodá-la. Sabia que Cora não ia muito com a minha cara. O motivo? Ciúmes de seu irmão, talvez. Mas eu não a culpava; se tivesse um irmão provavelmente sentiria a mesma coisa.

De manhã fomos liberados para ir vê-lo no quarto. Olhei através do vidro e percebi que maioria dos ferimentos ainda estava exposta, mas os poderes de lobisomem do Hale os fariam sumir em pouco tempo. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa Cora entrou correndo.

– Derek! – disse a mesma o abraçando cheia de lágrimas nos olhos.

– Cora. – falou mesmo parecendo sentir um pouco de dor com a investida que levara da irmã.

– Você está bem? Eu fiquei tão preocupada...

– Não chora. – disse o mesmo acariciando seus cabelos. – Eu já estou bem.

Em meio ao momento entre irmãos entrei no quarto sem muito barulho. Porém Derek viu me olhou e eu senti algo estranho vindo do mesmo, mas não fazia a mínima ideia do que era. Balancei a cabeça e me aproximei do mesmo.

– Você está bem? – perguntei.

– Melhor agora. – brincou o mesmo pegando minha mão e a beijando. – Me desculpem preocupar vocês.

– Não precisa se desculpar. – falei.

– É, não tinha como prever que os weredemons estavam na sua cola. – completou Cora.

– Falando em weredemons, o que eles desenterraram na floresta? Você viu?

– Bem lembrado. – disse ele. – Bem...

No momento em que Derek ia responder a minha pergunta uma enfermeira entrou no quarto dizendo que ele precisava descansar e praticamente nos expulsou. Resolvemos então ir para casa descansar um pouco e na manhã seguinte voltaríamos para ver o Hale.

O alpha recebeu alta no hospital por volta das três horas da tarde graças a Melissa. Seus ferimentos ainda não estavam completamente curados, mas aos poucos eles iriam desaparecer como mágica. Peter veio buscá-lo de carro e o levamos para casa.

À noite os membros da alcateia se reuniram para conversar sobre o ocorrido e Derek pode explicar a história melhor e com mais detalhes. Basicamente a história se resumia a uma emboscada armada pelos weredemons. Eles fingiram que não tinham percebido sua presença e quando o Hale menos esperava foi atacado pelas costas. Em meio a batalha ele acabou fugindo e se escondendo e foi então que o achamos.

Quanto ao que fora desenterrado, Derek contou que havia sido um grande e pesado caixão cheio de inscrições e selos desconhecidos por ele. Após a luta provavelmente os weredemons saíram arrastando aquilo, o que explicaria as marcas encontradas no chão.

– E porque não seguimos as marcas? – perguntou Leon.

– Com a chuva que caiu ontem a noite? Não deve ter mais nada lá. – disse Liam.

– Tá, e agora? O que a gente faz? – perguntou Talita.

– Devemos ficar atentos a qualquer movimentação estranha na cidade, a mínima que seja. – disse Derek. – Sabe-se lá o que os weredemons estão tramando.

Àquela mesma noite recebi um telefonema de Lydia. Nós conversamos durante alguns minutos e ela me convidou para ir a sua casa fazer uma visita porque disse que tinha uma notícia bombástica, mas que só contaria pessoalmente.

No dia seguinte tive pena de deixar Derek em casa, mas ele me disse que eu precisava sair e me divertir um pouco. Então, com uma dorzinha no coração, o deixei sob os cuidados da família e parti para a casa de Lydia, que não ficava muito longe dali.

Entrei pelo portão preto de ferro e adentrei o quintal da casa. Havia plantas muito bem cuidadas por todos os lados, além de uma piscina onde suponha que Lydia adorava dar festas. Fui até a entrada e apertei a campainha. Não demorou muito e a Martin veio abrir a porta.

– Emily! – exclamou a ruiva me abraçando. – Que saudades, menina! Vamos, entre. Ah, não repare a bagunça, as coisas estão meio loucas ultimamente.

Não sabia onde estava a tal bagunça que Lydia se referia. A casa era linda e sua organização estava impecável. Ela me levou até a sala de estar, onde havia um cachorro pequeno deitado no sofá que quando me viu pareceu me odiar e começou a latir.

– Prada, pra fora! Agora! – exclamou Lydia e a cachorrinha saiu andando contrariada. – Desculpe, ela é meio temperamental.

– Percebi. – falei me sentando no sofá. – Mas então, o que você queria me contar?

– Bem, Emily... – disse a garota fazendo mistério. – Eu estou grávida.

– O que? – perguntei surpresa. – Sério? Que lindo, Lydia! Parabéns! Está de quantas semanas?

– Doze semanas. – respondeu a mesma. – Lembra daquele dia em que encontramos você e Derek na cafeteria e fomos embora porque estava me sentindo mal? Então, eu já estava grávida naquela época, mas não sabia.

– Estou tão feliz por vocês. – falei segurando as mãos da Martin. – E o Stiles, como ficou quando você contou?

– Bem, primeiro ele teve um sangramento nasal, depois ficou branco que nem papel e depois desmaiou pelo menos nas dez primeiras vezes em que toquei no assunto, mas acho que agora ele já se acostumou com a ideia de que vai ser pai. – disse Lydia. – Stiles está trabalhando a todo vapor na delegacia e fazendo vários bicos para tentar comprar uma casa para nós, aliás, é até por isso que ele não tem ido as reuniões de Derek. Ele sai de manhã bem cedo e chega em casa tarde praticamente todos os dias, está exausto.

– Tadinho do Stiles. – falei. – Espero que essa situação passe logo.

– Também espero. – disse Lydia se levantando. – Vem, vamos tomar um chá e comer um cheesecake maravilhoso que eu mesma preparei.

Concordei e fomos até a cozinha onde ficamos conversando a tarde toda. Estava muito feliz por Lydia e Stiles estarem grávidos, mas triste por essa criança ter que nascer em uma época tão conturbada que se encontrava Beacon Hills.

Hybrid: Um demônio em Beacon HillsOnde histórias criam vida. Descubra agora