Lacrosse

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 O tempo passou voando e, quando eu menos podia esperar, já fazia uma semana que havia chegado a Beacon Hills. Agora ia a escola, tinha amigos que me entendiam e um boy maravilhoso. Poderia querer mais alguma coisa? Talvez que os weredemons sumissem, mas acho que essa parte é bem mais complicada de se resolver.

Àquela manhã de terça-feira eu estava na última aula antes do almoço com meus amigos, a de economia. O professor Finstock, impaciente, andava de um lado para o mudou para lacrosse finalmente pudemos entender o motivo da histeria.

– Escutem aqui, gafanhotos, sábado vamos ter jogo contra o Colégio Collins. E, bem, não ganhamos um jogo desde o ano passado! Maldito sejam McCall, Stilinski e até Māhealani! Desde que eles se formaram, nosso time tem afundado igual o Titanic. – ele bateu na mesa, apoiando-se sobre a mesma. – Ainda temos algumas estrelinhas, não é Dunbar? Mas do que adianta ser uma estrela se não faz seus adversários comer terra!? Sábado iremos dar o melhor de nós e vamos mandar aqueles riquinhos da Collins de volta para a casa, ok!?

Todos ficamos parados olhando para a cara do professor sem saber como reagir. Porém, graças a Chuck, fomos salvos pelo sinal. Juro que nunca vi ninguém correr tanto de uma sala de aula. Parecia até aquela cena do Rei Leão em que acontece o estouro da manada.

Depois que a multidão se acalmou fomos para o pátio Liam, Leon e eu. Lá encontramos Talita, que havia trazido cupcakes de chocolate para dividir conosco no almoço. Nós quatro comemos nossos bolinhos e depois ficamos conversando ali mesmo enquanto o horário da próxima aula não chegava.

Um grupo de mais ou menos dez pessoas não muito longe da gente jogava bola. Pelo que entendi, o objetivo do jogo era não deixar a mesma cair no chão, o que a fazia voar para longe com frequência. E sempre ia alguém correndo atrás feito doido para pegá-la e recomeçar a brincadeira. Porém dessa vez a bola não só saiu voando, como veio em minha direção.

– Emily, cuidado! – gritou Talita em meio à conversa.

Me virei no último instante e segurei a bola como se nada tivesse acontecido, com o meu reflexo e velocidade de demônio. Todos ficaram parados me olhando, então me virei para o povo da brincadeira e dei um sorriso para quebrar o gelo.

– Essa foi por pouco. – joguei a bola de volta para eles e um garoto a pegou. – Mais cuidado da próxima vez.

– Valeu. – disse o rapaz.

– Winchester! – olhei para o alto e vi o professor Finstock na janela da sala com uma expressão assustada. Lá vinha bomba. – Pode vir até aqui?

Olhei para meus amigos, depois para o professor e novamente para eles. Dei de ombros, peguei minha mochila e voltei para a sala de economia. O que será que o professor queria comigo? Ainda mais na "tpm" em que ele estava. Bati na porta e entrei na sala.

– Com licença. – falei.

– Senhorita Winchester, sente-se, por favor. – disse todo amável me indicando a cadeira ao seu lado. Aquele era o mesmo professor Finstock de quem eu tinha assistido aula quinze minutos atrás? Quando finalmente me acomodei na cadeira ele voltou a falar. – A senhorita sabe alguma coisa sobre lacrosse?

– Ahn... Não. – disse confusa.

– Então acho bom descobrir, porque você está no time.

– Oi???

– Winchester, Winchester do céu – ele se ajoelhou na minha frente segurando minhas mãos. – Você tem reflexos perfeitos! Eu não vejo isso desde a época do McCall. Acredite, você tem de tudo para brilhar, tornar-se uma grande estrela.

Hybrid: Um demônio em Beacon HillsOnde histórias criam vida. Descubra agora