A queda de Generais

Capítulo 12

💀 Vila de Florest 💀

Já era manhã no palácio do General Enno, todos estavam sentados na grande mesa que se localizava no térreo do palácio. Enno sentava na ponta da mesa, a sua esquerda na primeira cadeira Helena, depois vinham, Melissa e Enrico, a sua direita, Lorenzo e Palloma. Enrico por não ter a visão, sempre estava acompanhado de uma serviçal para auxilia - ló nas tarefas, o primeiro andar do palácio era todo branco, com uma lareira grande, deveriam caber centenas de pessoas nesse espaço.

Helena estava muito calada e ainda furiosa com o marido.

Enno Iniciou a conversa.

— Perdoarei não ter dormido ontem no palácio, mas espero que o ato não se repita, o lugar de todos vocês é aqui no e não em uma cabana qualquer, a única que dormiu aqui foi Melissa.

— Também dormi aqui pai, cheguei tarde, mas dormi! — afirmou Lorenzo.

— Deve ter chegado embriagado como sempre, depois reclama do serviço no dia seguinte.

— Estava com Henry Abrel.

— Pouco me importa com quem estava, ninguém me deu nem boa noite, apenas Melissa.

Helena levantou furiosa.

—Já chega! Um homem que não ouve sua família não merece o carinho deles, vá atrás daquelas pobres crianças na floresta ,elas ainda podem estar vivas, por favor eu lhe imploro.

— Um General não pode voltar atrás em sua decisão mãe. — Disse Melissa.

— Cale sua boca! Pare de ficar ao lado de seu pai e só fale quando lhe for ordenada.

Melissa olhou para mãe com o semblante de ódio. Palloma e Enrico estavam assustados diante a mesa, Enrico tinha até parado de comer.

— Serviçal leve Enrico e Palloma para cima, eles irão terminar o café por lá, Melissa pode se retirar também.— Ordenou Enno.

Os três se retiraram da mesa. 

Enno pensou, respirou forte, sentia que voltar atrás em sua palavra era uma fraqueza passou a mão na cabeça e disse — Lorenzo escolha quarenta mil bons homens, deixe Henry Abrel comanda - lós, mande - os para floresta, tragam os recrutas de volta, uma noite já foi o suficiente.

— É pra já pai e obrigado.

 Lorenzo saiu contente e depressa para organizar os soldados.

— Obrigada, espero que não seja tarde. — Agradeceu Helena.

Henry entrou no salão.

— Permissão General Enno, posso falar com o senhor?

— Claro,Lorenzo já lhe comunicou? Você vai comandar quarenta mil homens por aquela floresta hoje, traga os meninos de volta.

— Eu? — Henry fez uma cara de espanto. — General e se algo acontecer comigo? Quem será seu homem de confiança?

— É exatamente para missões difíceis que você está aqui, vá se aprontar quero que saia o quanto antes.

— Sim senhor, só uma última coisa,Caso volte com vida você poderia me dar um dos quartos vazios aqui no palácio? Sentiria-me mais próximo de vocês, já que todos me consideram como membro da família.

— Bom, faça o que lhe ordenei, caso faça bem feito temos um acordo.

— Darei tudo de mim General,fez uma reverência e retirou -se.

Henry sabia que se fosse para floresta poderia não voltar e sua ambição com Melissa iria por água abaixo, quando saiu do palácio viu Lorenzo já pronto com os quarenta mil homens.

— Soldados atenção! Vocês estarão no comando de Henry, entrarão na floresta para trazer cada um dos recrutas de volta e vivos. Henry agora a tropa esta ao seu comando. Henry percebeu que não teria escolha, olhou para o palácio e Melissa estava na janela de seu quarto no segundo andar deu tempo apenas de se despedir com um olhar.

—Vamos entrar e seja lá o que estiver, vamos foder com eles!! Todos fizeram um grito de vibração e partiram marchando.

Lorenzo ficou os observando partindo, talvez eles não voltem, além dos recrutas perderemos também quarenta mil soldados de Florest, quase um quarto do total, toda essa perda poderá nos prejudicar.

Henry guiou a tropa até a entrada da floresta. "Oque eu faço?"— Pensou. Chamou de canto o soldado mais experiente da tropa.

— Thomas,preciso que você guie a tropa para dentro da floresta.

—  Você enlouqueceu? Enno deu a ordem para você seguir...Thomas tinha cabelos curtos e grisalhos que os longos anos como soldado lhe deram,pele branca,mas já gastada por conta da idade,um metro e oitenta.

— Eu não posso morrer agora,não posso deixar Enno e Lorenzo sozinhos, você sabe que todos morrerão,serei mais útil para a cidade vivo e você sabe disso. A tropa estranhou a conversa em tom baixo dos dois.

— Estamos aqui para servir a cidade,uma hora todos nos vamos morrer e se for para morrer em missão que assim seja.

— Exatamente,estou lhe dando essa missão e a oportunidade de finalmente liderar uma, essa que talvez seja a mais arriscada de sua vida,mostre seu valor e o General lhe recompensará.

— Que tipo de recompensa? — perguntou Thomas curioso.

— Falarei com Enno para caprichar na recompensa,caso complete a missão,talvez alguns objetos de ouro ou terras.

— Não concordo com isso,mas sendo assim,liderarei a tropa,nunca achei você um grande comandante mesmo,voltaremos com os recrutas em breve,e pedirei minha recompensa.

— Temos um acordo! Henry passou o comando da tropa para Thomas. Alguns soldados repudiaram a atitude, outros simpatizantes de Thomas gostaram da troca de comandante.

A tropa avançou floresta a dentro..

Henry, sabia que se contasse isso a Lorenzo ou Enno ambos nunca o perdoaria. "Tenho que sair da cidade por esses dias e torcer para que todos esses idiotas morram,com isso voltaria e diria que apenas eu sobrevivi, ganharia ainda mais a confiança do General, problema é que se algum soldado sobreviver e contar seria meu fim. Calma pensamento positivo Henry, tudo dará certo e em breve você será esposo da futura General Melissa".

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