Capítulo 23

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 Todo o meu corpo doía.

Era como se eu estivesse deitada em uma cama feita de pequenas agulhas, que perfuravam meu corpo sempre eu eu esboçava o menor sinal de movimento. E era como se essas agulhas pegassem fogo em contato com a minha pele.

Abri meu olhos e eu estava no meu quarto. No meu quarto do palácio.

Tentei me sentar, o que me fez sentir uma dor excruciante no abdome, e em seguida dei um grito.

James pulou da poltrona que estava ao lado de minha cama e veio até mim. Ele estava com olheiras fundas embaixo dos seus olhos e um pequeno corte na bochecha. Vi um pedaço de faixa no seu ombro por baixo da sua camisa.

- Você não pode sentar! Vai abrir a ferida! - ele exclamou, me ajudando a deixar novamente com a cabeça nos travesseiros macios.

Ele suspirou, ofegante e se sentou ao meu lado.

- Você está acordada. - ele murmurou, como se não acreditasse em suas próprias palavras.

Assenti.

- Por quanto tempo eu fiquei aqui? - perguntei

- Quase três dias. - ele disse - Nós não tínhamos certeza de que você iria acordar. Madame Pomfrey é uma ótima curandeira, mas tinha tanto sangue. A espada de Voldemort quase saiu pela suas costas. Foi horrível, todo mundo ficou muito preocupado com você.

O encarei.

- Está todo mundo bem? - perguntei, temendo a resposta.

- Todos estão bem. - ele disse - Depois que você matou Voldemort a maioria dos comensais se rendeu.

- Meu avô... - eu disse

- Ele está ótimo. - James sorriu - Ele vai me matar, na verdade. Ele estava aqui agora há pouco mas eu o convenci a sair para dar uma volta pelo castelo. Eu disse que você provavelmente não iria acordar enquanto ele estivesse fora.

- Eu posso fingir que estou dormindo quando ele chegar. - eu disse

James riu.

- É uma boa ideia.

Ri.

- Lily, me conte sua história, por favor. - ele disse

O encarei.

- James, não é importante. - murmurei

- Por favor... - ele repetiu

Assenti.

- Minha mãe ficou grávida de um mercador. Ele passou a noite com ela e fugiu na manhã seguinte. Como ela havia me tido ninguém nunca casou com ela. Era difícil fingir preservar a virgindade quando todos haviam te visto grávida. - eu contei - Ela passou a vida trabalhando para sustentar meu avô e eu, minha avó morreu quando eu era bem pequena.

James assentiu.

- Quando eu tinha doze anos, ela morreu com a praga. - eu disse

- Você virou uma assassina para cuidar do seu avô, não foi? - ele perguntou

Concordei.

- Voldemort estava treinando pessoas. Ele queria conquistar um pequeno exército para tomar Durmstrang. - eu continuei - Eu fui até ele e pedi que ele me treinasse. Eu estava com medo que ele não me aceitasse, por ser uma menina, mas ele viu talento em mim e se dedicou a me fazer sua melhor guerreira.

James parecia tão entretido na história quanto uma criança entretida em seu conto de fadas favorito. Toda a tensão dos seus ombros parecia ter se aliviado, como se ele estivesse prestes a dormir, embora seus olhos estavam ávidos fixados em mim.

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