Capítulo 18

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 Avistei o enorme salgueiro, ao lado dos Estábulos Gryffindor, como Sirius Remus e Minerva haviam me explicado. O tempo estava fechado, parecia que o céu havia escurecido junto com o humor de James. Fui até lá respirando fundo, ainda sem saber como me desculparia de James.

- James? - chamei quando cheguei perto o bastante da árvore

Não ouvi nada em resposta.

- Por favor, não jogue frutas em mim. - pedi

Ouvi alguém bufar e, no instante seguinte, James estava no galho mais baixo da árvore.

- Eu teria jogado. - ele disse - Mas não está na época delas.

Assenti.

- Eu gostaria de falar com você. - eu disse

- Mas é claro! - ele disse, com falso entusiasmo - O que eu posso fazer para que a sua estadia no nosso castelo seja mais agradável, princesa?

- James... - murmurei - Pare.

James franziu as sobrancelhas e pulou da árvore.

- O que você quer, Lily? - disse ele cruzando os braços.

O encarei.

- Eu gostaria de pedir desculpas. - eu disse - Eu estava chateada quando você passou no meu quarto, mais cedo, e te disse coisas horríveis.

- Eu me lembro. - ele disse

- Você me disse coisas lindas e tudo que eu fiz foi gritar com você. - eu disse - E eu sinto muito, James.

- Você estava tendo um dia ruim. Eu entendo. - disse James - Só isso?

Neguei com a cabeça.

- Eu nunca achei que eu merecesse amor. Eu sempre me considerei uma pessoa horrível demais para sentir o que todos descrevem como o melhor sentimento de todos. - eu disse

- Você não é horrível. - ele disse, de má vontade - Mesmo quando está gritando comigo.

Sorri.

- Eu nunca amei ninguém. Digo, não romanticamente. - eu disse - E eu acho que o motivo é que eu não queria sofrer do jeito que todos sofrem quando se apaixonam. Eu sabia que o sofrimento de amor era o pior de todos. E desde que eu te conheci nada disso importa mais.

James me encarava com firmeza.

- Desde que eu te conheci tudo que meu coração quer é ser seu. - eu continuei - Mesmo se isso signifique que você vai quebrá-lo.

James deu um sorrisinho.

- Eu nunca quebraria seu coração. - ele murmurou, colocando uma mecha dos meus cabelos atrás de minha orelha.

- Você vai. Eu tenho certeza. - eu disse - Mas eu estou te dando permissão para parti-lo em quantos pedaços você achar necessário.

- Você tem essa permissão também. - ele disse, se aproximando de mim.

- Você é muito justo. - sorri

- É por isso que vou ser um ótimo rei. - ele disse, com seus lábios já roçando nos meus.

Ri.

- Você é muito convencido, James Potter. - eu murmurei, mas não esperei por nenhuma resposta.

Os lábios de James tinham o mesmo gosto familiar do dia anterior, e tal gosto parecia a coisa mais familiar do mundo para mim. Era como se eu tivesse nascido para beijar James Potter. A colisão do nosso beijo teve a intensidade da explosão de mil estrelas e eu jurei que escutei um estrondo. Senti água caindo sobre mim e percebi que o estrondo havia sido um trovão - e que estava chovendo.

The Prince SlayerOnde histórias criam vida. Descubra agora