Planos Antigos

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Ian Narrando

Ando de um lado para o outro preocupado.
-Pare com isso! -Dilan fala irritado e o ignoro.
Respiro fundo tentando me controlar.
Neste momento estamos esperando Helena chegar junto de seu companheiro Rafael que é irmão de Rose e Poliana.
-Onde está minha irmã? -Rafael pergunta gritando em fúria um tanto descontrolado entrando na sala em que estamos e passa por mim rumo à Dilan a passos firmes e rápidos.
Dilan se levanta olhando friamente para o irmão de Rose e percebo o quão parecidos Rafael e Rose são pois ambos tem o gênio forte e não se importam com o fato de Dilan ser o supremo alfa.
-Rafael por favor, se acalme. -Helena suplica parando em um piscar de olhos entre ambos para que Dilan e Rafael não briguem.
Olho para Poliana que a passos apressados entra na sala.
-Poliana que bom que veio. -Falo e sigo até ela. A abraço sabendo que a vida de Rose pode correr perigo se não a encontrarmos logo. Poliana demora um tempo para assimilar que estou a abraçando. A solto e vejo o tão sem jeito ela ficará.
-Está é a bruxa que você diz que pode encontrar Rose? -Dilan pergunta em deboche duvidando de Poliana. Olho irritado para Dilan pois ele sempre arruma um jeito de irritar a todos.
-Poliana obrigada por ter vindo. -Agradeço Poliana voltando a fita-la ignorando Dilan. Ela sorri fraco.
-Eu viria de qualquer forma, mesmo sem convite, Rose está em perigo. -Poliana fala após fuzilar Dilan pelo o olhar e me fita em seguida, em seus olhos azuis vejo o quão abatida ela está com tais acontecimentos, afinal de contas todos estamos, inclusive Dilan está mais raivoso do que o habitual.
Ao pensar na possibilidade de Dilan estar desse jeito por causa de Rose apenas não consigo parar de me preocupar com o fato de que ela mexe com ele de uma certa forma.
Afasto tais preocupações fúteis pois o mais importante agora é encontrarmos Rose e Melissa.



[...]




Rose Narrando


Ainda de olhos abertos observo cada detalhe do quarto que estamos presas.
A janela não muito grande que eu tentei abrir e quebrar está protegida por uma espécie de feitiço, não consegui quebrar nem um vidro seu o que me preocupa pois é um feitiço forte.

 Os pingos da chuva na janela parece não ter fim

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Os pingos da chuva na janela parece não ter fim.
Assim que amanheceu consegui ver com clareza que estamos no meio do nada.
Melissa dorme com a cabeça no meu colo deitada de um jeito desconfortável no colchão de solteiro em que estamos, insisti para que ela dormisse para que seus ferimentos se curassem logo.
Uma vez escutei uma história que uma luna pode ajudar a curar ferimentos dos lobos da alcateia, e apesar de não acreditar em tais lendas eu tentei ajudar Melissa. Minha loba apesar de quieta me ajudou de uma certa forma.
Estou fraca, talvez eu não tenha conseguido quebrar a janela por que estou fraca. -Penso tentando entender o que raios está havendo com meu corpo.
Pode ser um feitiço! -Penso suspeitando, pois nunca aconteceu isso de minha loba ficar fraca.
Preciso descobrir onde estamos e o que querem conosco.
Não ficaria nenhum pouco surpresa se for alguém querendo atingir Dilan, digamos que desde que Dilan assumirá o posto de supremo alfa alguns lobos estão descontentes, já ouvi boatos sobre ele não se importar em novas alianças com outros seres, ou seja, tudo pelo o que seus pais lutaram tanto para manter pode ser jogado algo a baixo por causa de sua ignorância.
Que ótimo! Fui sequestrada por causa de Dilan! -Penso irritada sendo que sou sua companheira a tão pouco tempo e já estou sofrendo com tais circunstâncias.
Minha barriga ronca de fome e minha loba resmunga desejando alimento. Estranho um pouco pois minha loba nunca fica tão inquieta para se alimentar.
Olho para Melissa que enfim parece dormir de forma serena sem nenhum pesadelo, seus ferimentos estão quase sumindo.
Se há três meses atrás me falassem que eu e Melissa nos falaríamos eu certamente iria rir achando que seria alguma brincadeira, mas nessas últimas horas parece que eu amadureci vários anos.
Olho para um dos braços de Melissa, posiciono a mão sobre um ferimento que está demorando a se cicatrizar. Me assusto quando algo branco, próximo de uma neblina parecido com um véu branco sai de minha mão e rodeia os ferimentos de Melissa.
Aos poucos seu ferimento some e pisco algumas vezes me perguntando se estou alucinando. O tal negócio estranho para de sair de minha mão e fico a olhando abismada.
Não! Não é possível que as lendas que ouvi sobre as lunas sejam verdade! -Penso duvidando de meus olhos sabendo que o fato de estar com fome e sono pode estar afetando minha mente.
Já escutei histórias de que a suprema alfa tem dons de cura e que ela fala com a Lua, mas ela é uma loba branca, se alguém tivesse que ter dons teria de ser sua filha Helena, companheira de Rafael.
Eu não tenho nada de especial, estou enlouquecendo! -Penso aflita olhando para minhas mãos numa tentativa falha de fazer acontecer de novo.
Escuto barulho na maçaneta e dou um pequeno chacoalhão em Melissa. A mesma acorda assustada e antes que ela faça algum barulho faço um sinal para ela ficar em silêncio.
Levanto rapidamente e quando Melissa se levanta a faço ficar atrás de mim sabendo que preciso protegê-la.
A porta se abre revelando o tal bruxo que conversei noite passada.
-Bom dia, que bom que acordaram! -O feiticeiro que se chama Sidney fala sorrindo como se ele não tivesse feito nada.
Lutando com minha loba para ficar no controle não me controlo e em um piscar de olhos paro a sua frente e lhe acerto um soco com toda a minha força restante o fazendo parar do outro lado do corredor pouco iluminado. Ele cai ao chão parecendo estar inconsciente e sei que não terei outra chance dessa.
Sabendo que está provavelmente será nossa chance de fugir olho para Melissa.
-Vamos! -Falo sem pensar direito ao ver que ainda não surgiu mais ninguém para nos impedir.
Estico minha mão em sua direção enquanto não escuto ninguém se aproximando.
Melissa após alguns segundos ainda em choque acaba se aproximando. Ela pega minha mão e mesmo sem saber como sairemos daqui corremos para fora do quarto.
Olho para o longo corredor e corro na direção que deduzo que seja a escada.
Quando chego a escada sinto que não estamos mais sozinhas.
Paro no início da escada e olho para o andar de baixo vendo feiticeiros. Todos são iguais ao tal babaca Sidney que acabei de deixar inconsciente no corredor, mas em um piscar de olhos seu rostos mudam e percebo que fora uma armadilha.
-Você é uma loba muito mais tola do que pensei. -A voz do tal feiticeiro babaca fala e entre alguns feiticeiros no final da escada vejo o que seja o Sidney real.
Melissa aperta minha mão e a olho. Vejo medo em seus olhos com misto de desespero e admito que também estou receosa desta tal armadilha.
Em um piscar de olhos Sidney para a minha frente com um sorriso no rosto.
Antes que eu possa lhe acerta algum golpe ele me pega pelo pescoço e involuntariamente solto a mão de Melissa.
-Eu vou matá-lo! -Falo com dificuldade sentindo o ar faltando aos meus pulmões quando ele me levanta do chão. Olho friamente para seus olhos na cor violeta sentindo uma raiva que nunca senti. Ele me joga para um lado longe apenas o suficiente dele e o ar volta aos meus pulmões. Tento me recompor sabendo que não posso me deixar fraquejar.
Quando tento me aproximar para acerta-lo uma espécie de véu negro rodeia meus braços me deixando imóvel.
-Por que pensa que não vou matá-la antes? -O tal feiticeiro babaca pergunta parecendo se divertir e se aproxima de Melissa.
-Por que se fosse me matar já o teria feito! -Falo o que está óbvio pois ele ainda não me matou e nem me feriu de verdade por alguma razão. -Fique longe dela! -Mando em fúria tentando me soltar quando o mesmo se aproxima de Melissa que fica parada em choque.
Ele olha Melissa de forma fria e sorri de um jeito estranho. Pelo o olhar de desespero de Melissa vejo que fora ele que a feriu.
-Admita que mesmo que eu tenha feito algumas coisas contra você, eu sei que você gostara da ideia de ferir Scott de alguma forma. -Sidney fala friamente para Melissa e ela o olha traumatiza sem dizer nada enquanto o fita com os olhos lagrimejados.
-O que você quer? -Pergunto com medo de que ele possa ferir novamente Melissa quando o mesmo está prestes a tocar o rosto dela. Ele para o que estava fazendo e arruma sua camiseta de manga cumprida roxa.
  Me assusto quando dois feiticeiros que não me são estranhos surgem segurando cada um uma cadeira de roda. Involuntariamente sou obrigada a sentar em uma das cadeiras e Melissa senta-se na outra.
Tento levantar, mas meu corpo simplesmente não me obedece. Meus braços acabam ficando presos na cadeira para meu desespero e olho para os feiticeiros que não me são estranho.
Logo começam a empurrar a cadeira rumo ao final do corredor.
-Por favor de novo não! -Melissa pede numa súplica gritando e respiro fundo me mantendo forte mesmo com o medo instalado dentro de mim.
Tento me soltar enquanto seguimos até um quarto diferente do que estávamos.
Entramos em um quarto grande, decorado como um quarto medieval e quando um dos feiticeiros empurra a cadeira noto que estou me aproximando de uma mesa metálica com algumas seringas em cima. Sinto o desespero tomar conta de mim.
-Não adianta tentar lutar, será rápido, eu prometo. -Sidney fala parando a minha frente. Ele se abaixa e se aproxima de meu rosto.
-Eu vou me vingar de vocês, farei você se arrepender disso! -Falo em fúria entre os dente.
Sidney me olha estranho e vagueia os olhos por meu corpo.
-Você é perfeita, sei que em breve seremos ótimos amigos. -Sidney fala num sussurro com certa malícia me deixando enojada e os dois feiticeiros que trouxeram eu e Melissa até este quarto estranho saem do quarto e fecham a porta nos deixando a sós.
Sidney se afasta e segue até Melissa.
Ela não o olha devido ao medo.
-Quando estivermos do mesmo lado tudo será diferente, quando minha irmã tentou me trazer para este mundo no começo eu não aceitei, mas depois tudo ficou tão nítido! -O tal babaca fala parecendo um louco.
-Quem é sua irmã? -Pergunto tentando juntar as peças do quebra cabeça suspeitando que este plano não seja algo atual.
-Ela se chamava Avira. -Responde ele com certo amargor e penso um pouco tentando me recordar da onde que já escutei este nome.
Um calafrio percorre meu corpo ao lembrar de quem era sua irmã. Avira fora a vampira que trabalhará no castelo e depois tramou um plano horrível contra Eloisa e Benjamin.
-Ela está morta há tanto tempo, por que isso agora? -Pergunto tentando esconder o medo que sinto por algo que envolve a magia negra estar de volta.
Sidney respira fundo parecendo impaciente com algo e me olha estranho.
-Avira nem sempre fora vampira, antes ela era uma feiticeira assim como eu, mas ela foi um pouco burra ao pensar que sendo vampira ela seria mais forte, eu não podia cometer o mesmo erro por que estava óbvio que somente uma Luna suprema poderia ser forte o suficiente para controlar tudo. -Sidney fala feito um louco e o olho sem entender.
-Por favor nos deixem ir! -Melissa choraminga e tento me soltar novamente.
-Você é louco! -Falo sem pensar direito e Sidney ri se divertindo.
-No começo eu pensei que a híbrida fosse o recipiente perfeito. -Sidney fala de um jeito entrando se referindo a Helena e o olho sem entender o que ele pretende. Ele se aproxima de Melissa e pouca suas mãos sobre sua cabeça. Melissa fecha os olhos parecendo dormir e o medo de que ele tenha a matado me domina.
-Melissa! -Grito desesperada para que ele se afaste dela.
Sidney se afasta de Melissa e se aproxima de mim novamente. Antes de se aproximar o suficiente ele pega uma seringa com um líquido preto dentro.
-É tudo questão de tempo, em breve você ira terminar o que Avira começou. -Sidney fala de um jeito estranho e segura um braço meu. Tento me mover, mas novamente não consigo para meu desespero.
-O que está fazendo? -Pergunto desesperada tentando me mover quando ele aproxima a agulha da seringa do meu braço. Sem nenhuma educação ele enfia a tal agulha que no meu braço e o líquido preto entra na minha corrente sanguínea me deixando sonolenta por alguns instantes.
O tal líquido preto sem nenhuma educação entra na minha corrente sanguínea causando uma dor imaginável.
Mesmo com uma dor horrível não consigo gritar como se um instante eu tivesse perdido a voz.
Em questão de segundos a porta do quarto é quebrada e por ela surge Dilan e Ian. Sem conseguir pensar com clareza apenas noto que Sidney não conseguirá terminar de injetar o tal líquido preto em mim.
Em um piscar de olhos Sidney some e o véu negro que me segura na cadeira some.
Sem poder controlar meu corpo, caio ao chão e Ian em um piscar de olhos para ao meu lado antes de Dilan. Vejo Scott surgir indo rumo à Melissa e antes de eu falar algo sinto uma ânsia chegar.
Ian fala algo para mim, mas não o escuto devido a tamanha dor que predomina meu corpo.
  Ian me pega no colo e não consigo ouvir e nem falar nada pois tudo derrepente se torna negro.

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