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Por um momento mordi meus  lábios bem forte, balancei a cabeça negativamente antes de desabar, chorava e negava com a cabeça várias  vezes, meu pai tentava me abraçar em alguns momentos mas estava muito abalada para isso. Só queria ficar sozinha, gritar, chorar  ainda mais, e tentar entender toda essa história.

-Você t-tem que entender meu l-lado filha!
Eric pedi tentando se recompor.

-Não fale comigo!
Rosnei com uma agonia no peito.

-Me deixe explicar toda a história!
Murmurou o homem.
-Eu p-posso fil..Eliza?
Perguntou se afastando um pouco.

O olhei profundamente, com aqueles olhos sem vida, mostrando-o como estou machucada.

-Tudo b-bem!
Suspirei e coçei a garganta.

Ele deu um meio sorriso antes de respirar bem fundo, suspirou com toda força.

-Então Eliza, sua mãe e eu nos conhecemos em Londres.
Ele coça a garganta quando se refere a cidade no qual tem sido o motivo de nossas brigas esse tempo todo.

Mas espera ?

-Londres?
Pergunto confusa.

Claro, sempre soube que o meu primeiro sobrenome "Evans" era de nacionalidade britânica, porém nunca parei pra perguntar.

-Sim!
Continuou.
-Foi um primeiro encontro bem conturbado!
O meu "Pai" de criação balançou a cabeça.
-Estava saindo do supermercado quando me deparei com ela chorando!

A cara de Eric era ilegível neste momento.

-Ela vinha sem rumo, e logo fui ajuda-la.
Ele ergue a cabeça e sorri por um momento.
-Teimosia era o que a definia, tive que insistir muito para leva-la a onde eu estava hospedado.
-Sua mãe confiou em mim, então  ela me contou a verdade, toda a  verdade.
Seus olhos estavam prestes a ficarem molhados novamente.

-Quero saber qual a verdade.
Me mantenho fria e apenas o encaro.

- Ela já estáva grávida de você. Estava bastante agoniada e assustada com algo e a todo momento.
Eric passava as mãos nos cabelos repentinamente, esse assunto mexia mesmo com ele.
-Então, após  alguns meses no mesmo ambiente, a cada dia, percebia que sua mãe era especial e linda.
Seu sorriso era enorme enquanto se lembrava de cada detalhe físico de minha mãe.

Meu peito apertava, queria poder ter conhecido ela.

-Elizabeth sentia o mesmo que eu, foi quando decidimos ter um relacionamento. No seu 8 mês de gravidez, concordamos em morar no Brasil.
Eric da uma pausa, suspira e volta a falar.
-Portanto, chegamos ao Brasil, e também no outro mês chegou o seu dia, quando você nasceu meu amor!
Ele sorriu e retribui um pouco emocionada.
- Bom, ela te pegou no colo, e a primeira coisa que Elizabeth disse foi seu nome.
Eric pausa novamente, vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto.
- Depois....D-dep...

-Tudo bem!.
O interropi.
-Eu..S-sei oque aconteceu depois.
Falo baixo.

Sinto meu peito arder, uns calafrios só de imagina-la naquele momento.

-Seu verdadeiro pai...
O homem triste tenta falar.

-Quem é ele?, mora em Londres ?.
Pergunto rapidamente.

Eric me olha com desânimo.

-Seu pai é um monstro.

Monstro?

-Monstro?
Questiono confusa.

-Ele a expulsou quando soube da gravidez, os pais dela não a aceitavam a gravidez.
Explica.
-E o babaca quis matar Elizabeth, e-ele é um drogado.
Conclui com frieza.

Meu pai um drogado?

Meu pai não quis saber de mim?

Será que ele se arrependeu?

Como ele é?

Mas espera aí, ele tentou matar minha mãe?

-Mas ela não denunciou ele?
Pergunto.

-Não, mas soubemos pela Anne que ele andava atrás dela.
Indaga ele.

-Hm.
É só oque consigo emitir.

Preciso saber algo deste homem, saber o motivo de ele ter expulsado minha mãe, saber onde ele vivi, se o mesmo também quer me conhecer. Mas pra isso, preciso que meu pai de criação saia do meu quarto.

-Preciso ficar sozinha.
Falo depois de uns segundos.

Ele me olha, balança a cabeça e se levanta, caminha até a porta e para, fica uns segundos parado até se virar para me olhar.

-Independentemente de qualquer coisa, sempre vou te amar
Suspira.
-Você sempre será minha filha.
Sorri.

-E você sempre será meu pai.
Digo sorrindo.
-Independentemente de qualquer coisa.
Balanço a cabeça e dou um meio sorriso.
-Eu te amo pai.
Abro os braços.

Seus olhos brilham de alegria, e Eric vem rápido para meu abraço. Ficamos  agarrados por uns minutos.

- Até mais tarde filha.
Diz caminhando em direção  a saida.

- Até pai.
Aceno.

Quando ele bate a porta, minhas mãos vão diretamente em meu laptop.

- Passagens para Londreees!
Começo a Controlar.

Faço uma averiguação nos preços das passagens, e corro para tirar meu passaporte.

Se Eric souber, estou morta!

Aliás, ele nem vai notar eu saindo de mansinho!!

                                  ...





Desculpem a demora, mas estou ocupada  com os  preparativos da minha formatura.

Amooo vocês ❤❤


Meu Mundo AZULOnde histórias criam vida. Descubra agora