Meu Mundo AZUL

19

ELIZA

- Já disse que ficarei bem! - grito saindo do quarto.

- E eu disse que te ajudaria...- Não precisa desse emprego! - Sam resmunga atrás de mim.

Estou querendo achar um jeito de ganhar dinheiro sem ter que encher o saco dele, mas é impossível. Odeio ter que depender sempre de algo ou alguém, porém, esse dia chegou ao fim.

Eu paro e me volto pra ele com a cara mais feia que a normal, Sam para com uma expressão bem engraçada.

- O que ? - pergunta confuso.

- Não é sendo orgulhosa ou algo do tipo...- Só não quero depender de ninguém dessa vez! - suspiro.

- É serio isso ?... - Eu quero ajudar, caramba! - ele diz com a voz alterada.

- É, EU SEI! - digo com firmeza. - Entenda, já sou maior e posso  me cuidar sozinha! - explico claramente.

- NÃO FOI ISSO QUE ACONTECEU QUANDO TE CONHECI! - Sam grita.

Dou um passo pra trás assustada e me desequilibro caindo no chão.

O que deu nele?

Ele vem rapidamente em minha direção, seu rosto parece molhado, como se ele estive...

Sam está chorando?

- Você está bem ? -  pergunta todo desajeitado. - Me desculpe, ando estressado.

- Não se preocupa!- respondo.- Não vou mais estressar você!.- falo bem próximo ao seu rosto.

Me viro e continuei o meu caminho o mais rápido para não escuta-lo chamar meu nome, agora sou somente eu, sem família  falsa, sem amiga falsa,sem namorado falso e sem o quatro olhos com suas preocupações falsas.

SAM 

DROGA!

Estraguei tudo por culpa do que estou sentindo e não tenho coragem de falar!

Não sei pra onde Eliza tenha ido, ela saiu com tanta raiva de mim que agora  quero cavar um buraco e me enfiar lá dentro, só pra não ter que olha-la nos olhos. Tenho que ir atrás dela, da um jeito de me desculpar.

Pego minhas chaves o mais rápido possível e vou até a garagem.

- SAM MILLER! - ouço a voz de minha mãe, que parece está brava.

Eu a olho e a encontro parada com um avental ridículo, seu rosto está vermelho e pelo visto vou ter que me preparar para um sermão.

- A Liza saiu tão transtornada, como se estivesse chorando...- ela para o que estava fazendo e se aproxima.- Qual o motivo?

Ela estava chorando?

- Discutimos!- digo sem jeito.- Só estou preocupado com ela!.

- Meu bem, é somente preocupação? - suas belas mãos encontram meu rosto me torturando ainda mais.

Merda, ela sabe como tirar tudo de mim, é impossível esconder algo desses olhos azuis enormes.

- Eu gosto dela - sussurro.

- QUE? 

- EU GOSTO DELA!..- dessa vez gritei com minha mãe, assustando ela que logo abre um sorriso.- E esse sorriso?.

- Vai atrás dela agora! - Ela me roda e dá dois tapinhas me empurrando pra garagem. - Só não vai bater meu carro!- escuto ela gritar da cozinha.

Sinto muito, se for possível, explodirei esse carro pra ajudar a mimadinha.

- Cabum!