- Você está enlouquecendo Will!? - perguntou Senhorita Elisabeth.
- Como assim? Não estou lhe entendendo. - estava um tanto confuso o professor.
- Eu vi seus projetos no laboratório. Isso é loucura!
Kitto, Scotty e Peter pararam de brincar e ficaram ouvindo a conversa atentos com aqueles grandes e puros olhos esbugalhados de crianças.
- Não é loucura. É ciência. É uma esperança.
- Isso é impossível!
- Tudo é impossível até que alguém prove o contrário.
- Sem filosofia no momento Will. Isso é muito arriscado, onde vai achar gente de confiança pra isso?
Ele ficou calado a encarando até ela virar o olhar aos filhos dele e perceber quem seriam as cobaias para o experimento.
- Will, por favor, não me diga que é o que eu estou pensando!? - perguntou Senhorita Elisabeth voltando seu olhar para o professor.
- Papai, do que ela está falando? - perguntou Kitto ficando do lado de Will.
- Papai precisa ter uma conversa muito séria com vocês dois, pode ser? - disse Will a pondo em seu colo e se virando para Scotty e Peter.
- Sim papai, o que houve? - perguntou Scotty atento no que ele iria falar.
- Eu tenho passado muito tempo no meu laboratório trabalhando em um grande projeto, um projeto que irá revolucionar todo o mundo. Bom, vocês sabem que a muito tempo os Beatos estão literalmente fazendo a festa - disse ele e ergueu as mãos de Kitto e as balançou -, mas infelizmente, os Hominum não foram convidados, e sabe de onde vem o recurso da festa deles?
- Dos Hominum? - perguntou Scotty.
- Exatamente. Eles estão de aproveitando e se achando superiores por terem poderes e nós não e acabam usando de nossos esforços para sua felicidade, isso é errado, isso é preconceito. Eles são maus. Temos que fazer algo.
- Fazer o que papai? - perguntou Kitto levantando a cabeça para o olhar nos olhos.
- É exatamente nesse ponto que eu queria chegar. Esse é meu projeto. Criar de Hominum, ciborgues que protegerão os normais desse beatos corruptos. Que eles possam trazer a paz a esse mundo novamente. E vocês dois me deram a resposta a última pergunta que eu tinha para terminar esse projeto.
- Nós? Como assim? - perguntou Kitto.
- Eu precisava de organismos novos e dispostos que aguentariam a mutação, mas meus cálculos não me respondiam, nada, mas vocês me deram a resposta. Quando vocês disseram 15 e 17, eram os números exatos. Quantos anos vocês tem?
- Eu tenho 9, esqueceu papai? - perguntou Kitto.
- Eu tenho 11. - respondeu Scotty.
- Não, eu não esqueci, muito pelo contrário. Mas tenho uma pergunta muito importante a fazer para vocês dois.
- Diga papai. - disse Kitto.
- Vocês aceitariam se tornar esse ciborgues?
- Will, eles são apenas crianças, não podem decidir essas coisas! - afirmou Senhorita Elisabeth um pouco furiosa.
- Podemos fazer uma reunião? - perguntou Kitto saindo do colo de Will e indo até Scotty.
Eles sussurravam até se virarem de volta e o olhar sorrindo.- Nós aceitamos. - disseram eles juntos.
- Muito obrigado meus filhos. - respondeu Will abrindo os braços - Vem aqui abraçar o papai.
- Que absurdo! Você é louco Will. - disse furiosa Senhorita Elisabeth que se levantou e seguiu para dentro de casa - Não farei parte disso, amanhã cedo estarei partindo.
Eles continuaram brincando enquanto Will explicava o resto de seu plano, o seu desejo.
Logo que o dia raiou, eles acompanharam Elisabeth até a saída de sua casa. Kitto e Scotty ainda estavam de pijama e Will, como sempre, de jaleco. Ela carregava uma mala com suas roupas e logo ao abrir o pequeno portão, Will a chamou:
- Senhorita Elisabeth?
Ela apenas o encarou calada e séria.
- Será sempre bem vinda em nossa casa.
- Passar bem, Dr. Will James Rock. - respondeu ela que logo fechou o portão e saiu.
Eles o encaravam até ela sumir ao horizonte. Logo que eles não podiam mais a ver, seguiram para dentro, porém, antes de fecharem a porta, Peter chegou correndo e parou ofegante no portão.
- Will! - gritou ele.
- O que houve Peter? - perguntou Will se virando de uma vez e seguindo em direção a ele que abriu a porta e entrou.
- Eu quero fazer parte. Eu quero ser um ciborgue também. - respondeu Peter de cabeça erguida o encarando sério e decidido.
Logo Will se abaixou e pôs as mãos sobre os ombros de Peter.
- Tem certeza disso? É algo muito perigoso.
- Tenho! Tenho certeza!
- Pois bem, mas tenho um projeto diferente para você.
- Farei o que for preciso pra ajudar a humanidade.
- Pois seja bem vindo.
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Guardiões: Filhos Da Lua
AdventureApós a desordem e caos causados pela ingenuidade dos Beatos, meros humanos abençoados com poderes e habilidades dadas pelos próprios anjos, que por si mesmo, se fazem superiores aos Hominum. Porém, o professor e cientista Victor Frankenstein, com s...