Sol e Lua

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    A noite estava tenebrosa, uma leve chuva caia anunciando uma tempestade por vir. Uma moça encapada se aproximara do mosteiro com uma cesta, nada poderia ser visto nela, pois está a de capuz.
   Colocou sua cesta em frente a entrada do mosteiro e logo um choro pode ser ouvido de dentro da cesta. Então ela bateu no grande portão de madeira e sumiu na escuridão daquela noite.
   Logo um senhor barbado, com um grande chapéu de palha e um manto longo abriu o portão e pegando a cesta olhou ao redor vendo que nada havia ali.
   Ele tirou o pano que cobria algo que barulhento que havia dentro da cesta.
   Ao ver, descobriu que havia um pequeno bebê com poucos meses de vida. Estava totalmente enrolado em um pano que deixava exposto apenas seu pequeno rosto, parecia um espécie de casulo.
   — Tudo bem. Não precisa mais chorar. Está tudo bem agora. — disse o velho monge olhando novamente ao redor e pondo o bebê nos braços e a cesta sobre seu chapéu. Então entrou fechando o portão.
   Haviam ali vários monges na chuva fazendo meditação e ao ver que ele entrou no templo com um bebê que chorava em seis braços, se puseram em direção a ele.
   O velho monge retirou o pequeno bebê do seu casulo e a segurou nos braços. Era uma linda menina de cabelos mesclados entre preto e branco, seus pequenos olhos que choravam, logo se puseram a olhar olhará para o velho monge que retirou seu chapéu e sorriu para ela e logo o pequeno bebê retribuiu o sorriso. Tinha um olho roxo tão escuro quanto a noite e o outro amarelo quase branco como o sol.
   — Como a chamaremos? — perguntou um jovem monge de frente para a pequena menina.
   — Eclipse. A união da lua e do sol. — respondeu o velho monge passando sua mão cansada sobre os olhos da garota.
   Eclipse sorriu denovo e pegou no dedo dele e aperto com força.
   — Você gosta desse nome? — perguntou o velho monge e Eclipse soltou uma leve risada.
   O tempo passava e com pouco menos de 1 ano e meio, os monges descobriram que Eclipse era uma pessoa quimera, por isso seria tão difícil encontrar a mãe, já que a garota não tinha apenas 1 e sim 2 DNA's.
   Numa bela noite de lua cheia, o velho monge e a pequena Eclipse saíram para contemplar a lua. O velho sentado observava atento a lua e Eclipse brincava. Os dois admiravam a lua.
   Porém, o brilho da lua aumentou drasticamente causando uma leve e rápida cegueira no velho monge que ao olhar a lua, viu sobre ela uma bela moça que ao abrir seus braços Eclipse começou a brilhar e então, uma menina se tornou duas. Como se o efeito quimera fosse tornado normal, separando os dois DNA's.
   Uma linda garota de cabelos negros com uma mecha branca, olhos roxos e outra idêntica à ela, porém, seus cabelos eram brancos com uma mecha preta e seus olhos brancos e dilatados como de um peixe.
   A garota de olhos brancos se levantou e tentou andar, porém esbarrou em uma pedra grande,como se não a visse.
   Logo um outro monge se aproximou ao ver aquela situação e levou todos para dentro. Nada daquilo fazia muito sentido, até que o velho monge que testemunhou tudo acordou e disse tudo.
   As garotas foram treinadas com rigidez e amor. A garota de olhos brancos, com um tratamento especial, aperfeiçoou seu olfato e audição e não precisa mais de guia.
   Logo essas garotas foram renomeadas, seus nomes agora são Sol e Lua.
  

Guardiões: Filhos Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora