Finalmente descobri o porque não conseguia fazer magia, a minha falta de capacidade mística não era minha culpa afinal, sempre achei que era uma inútil, uma bruxa sem magia é o mesmo que ser rico e não ter dinheiro algum, não adianta nada.
Mas não entendia o motivo da minha mãe nunca ter me dido a verdade, precisava saber então fui ao quarto dela e bati na porta.
- Mãe posso entrar ?
- Sim, entre.
Abri a porta toda e entrei e encostei a porta.
Minha mãe estava sentada na cama com um livro no colo, parecia interessante ela leia com entusiasmo, mais ela o fechou e olhou pra mim.
- Sue você quer conversar comigo ?
- Ah... sim mãe.
- O que foi querida?
- Mãe porque você nunca me contou a verdade ? - Disse em um tom baixo.
- Filha como você queria que eu te dissesse? Olha Sue um bruxo do mal amaldiçoou você, e nunca vai poder fazer magia? Isso é loucura.
- Você podia ter me dito mamãe.
- Sinto muito, querida.
E me abraçou carinhosamente, e abracei de volta, mais não ia desistir do meu plano, então pedi :
- Faz o feitiço do grimório mãe, por favor.
- Filha é um feitiço muito antigo e forte, não vai ser fácil que quebrar.
- Mas tenta, não custa.
- OK.
- Obrigada mamãe.
- Tudo bem, vamos fazer isso.
Vá lá e chame a sua irmã, e me encontrem lá fora, vamos começar agora mesmo.
- Já tô indo chamar - Disse eufórica.
E sai correndo para chamar a Marie, fui no quarto dela mas estava vazio, mais ouvi alguém na cozinha , nesse instante fui até lá.
- Marie! - Gritei.
- Nossa que susto, Sue!
- Me desculpe! - e sorri.
- Ok, mais o que foi ?
- A mãe ta chamando lá fora. - e apontei o dedo na direção da porta.
- Hum... pra que? - Disse curiosa.
- Ela vai tenta o feitiço.
- Hã.... eu já vou, vou comer meu sanduiche de amendoim e tomar meu leite e já vou.
- Ta, vou espera você - me sentei na cadeira.
- Você deve tá anciosa né irmã?
- Bastante, quero fazer mágica.
- Abra kadabra - Marie brincou.
Rimos juntas, mais logo a minha vontade de esperar estava acabando então apressei ela.
- Anda logo!
- Já vou, já vou.
E nós fomos até lá fora, minha mãe já esperava por nós, estava acendendo umas cem velas brancas no local todo, e chamou a Marie perto dela.
- Marie, venha por favor, e me de sua mão - Marie deu as mãos.
- Agora, Sue venha aqui -Segui anciosa.
- Aqui ta bom mãe?
- Ótimo querida - Fiquei de frente com elas de mãos dadas.
Fiquei escutando as instruções da Mamãe para Marie.
- Filha repetida comigo o feitiço, exatamente igual não mude uma palavra, esta bem?
- Sim mãe, mais isso vai funcionar? - Ela disse curiosa.
- Logo vamos saber Marie.
E então uma olhou para a outra e iniciaram o ritual.
- Fes matus tribum, salve sore ridax fes matus elizimo nomimum etridox sorce sotero callux ostara!Do nada começou um vendaval, a um minuto atrás o tempo estava parado, minha mãe e irmã entraram em transe por uns segundos e logo voltaram a si.
Não vi nada além do ventadaval, então não sabia se havia funcionado.
- Mãe funcionou? - Gritei.
- Sue, como havia te dido antes essa maldição é muito antiga e com isso a cada ano que passa ela fica mais forte.
- Então é não né... - abaixei a cabeça.
- Não filha, mais conseguimos saber como podemos quebrar a maldição.
- Sério! E o que vocês viram ? - disse curiosa.
- Bom, consegui ir ao local onde ele lançou a maldição antes de morrer, mais não consegui entrar na casa para procurar por alguma coisa que podesse ajudar.
- E porque não?
- Sue, eu preciso estar morta para consegui o acesso aquele lugar.
- Nãoo, mãe!
- Só tem esse caminho, não há outro jeito.
- Mais porque morta?
- Eu e sua irmã entramos no mundo dos mortos, e somos vivas, eles nós expulsou de lá.
- Hã... então deixa para lá isso.
- Prometi a você Sue então vou cumprir, me ouça tenho um plano.
- Qual mãe?
- Mais vocês duas terão que seguir a risca tudo o que eu disser.
- Sim.
E então ela foi em um prateleira onde tinha varias ervas medicinais, velas e ingredientes de magia e pegou um pequeno vidro transparente, tinha um liquido amarelado dentro, e então ela trouxe até nós.
- O que é isso mãe ? - Perguntou Marie.
- Isso aqui, é uma toquixima vou tomar ela e ela vai parar meu coração por alguns minutos, tempo suficiente para entrar lá e descobrir o que queremos.
- E como vamos fazer para te ressuscitar mãe ?
Ela foi até uma gaveta de madeira branca e a abriu e tirou uma seringa com um liquido branco.
- Escutem, daqui a quatro minutos depois que meu coração parar, vocês injetam isso no meu coração que eu voltarei, mas não se esqueçam só quatro minutos, porque senão eu morrerei de vez.
- Ok mãe.
- Certo, Sue pegue o sal de minério e faça um circulo e coloque duas velas brancas em cada lado.
E assim fiz, e ela se deitou e começou o feitiço:
- Fes matus tribum, ex veras, estas sue sastanance, trasum viso! Mastenas quisa nas metam!
Logo que lançou o feitiço minha mãe tomou a toquixima e seu coração parou de bater, olhei no relógio para marcar os quatro minutos exatos, que ela havia nos dito.
Seu corpo estava ali dentro do circulo, imóvel.
E minha irmã e eu esperando até o fim do tempo, passaram os dois primeiros minutos e tudo estava silencioso, mas minha irmã percebeu algo errado e se levantou.
- Sue você ouviu isso?
- Não Marie, o que é?
- Tem alguém aqui, e varias pessoas, acho que são os vampiros atacando o quartel das bruxas.
- oh não, eles não podem vir até aqui - Olhei para baixo.
- Estão vindo, escute!
- Agora ouço, estão entrando! E agora?
- Vou dar um jeito nisso, cuide da mamãe, aja o que houver, daqui quatro minutos dê o antídoto a ela.
- Ok, eu consigo.
Nesse minuto entraram seis vampiros, eles eram altos e fortes, as pressas deles estavam a mostra, as veias em volta dos olhos estavam altas e os olhos vermelhos como o sangue.
O mais loiro nos olhavam e logo deu um gargalhada alta e disse.
- Hora Hora, as bruxinhas serão uma comida para nós rapazes.
E todos riam e correram em nossa volta, e minha irmã possuída pelo ódio gritou:
- Saiam daqui! é meu ultimo aviso!
E então ergueu a mão e lançou uma mágica.
- Dor - Disse sorrindo.
No mesmo todos estavam de joelhos no chão, estavam gritando para ela parar.
E um vampiro o mais forte correu atrás dela e a mordeu, e Marie, colocou a mão nele.
O vampiro começou a suar e caiu no chão, ele ergueu a cabeça e gritou
- O que você fez comigo sua bruxa maldita?
- Gostou do meu novo truque? Eu fervi seu sangue - e ela levantou a mão e fechou o punho.
O sanguessuga começou a vomitar sangue para todo lado, e peguei uma estaca de madeira que minha mãe guardava na gaveta e enfiei no coração dele.
O matei, e os outros fugiram.
- Covardes! - Marie falou.
- Ah mãe! Gritei.
Já havia se passado mais do que quatro minutos então, enfiei a seringa com o antídoto no coração dela.
Mas não voltou, tinha algo errado.
- Marie, a mãe não acorda!
- Sue, e agora?
- Marie você é a irmã poderosa, faça sua mágica.
- Vou ver o que posso fazer.
- Agora!
Ela colocou as duas mãos encima do coração da mamãe e se concentrou e lançou o feitiço:
- An duca tuas, animus! An duca tuas, animus!
E o coração da minha mãe voltou a bater normalmente, e ela abriu os olhos, nos duas a abraçamos.
E ela em êxtase gritou.
- Consegui! Sei o que fazer!
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Dezesseis luas
VampiriUma jovem que se tornou uma bruxa aos quinze anos, a mais poderosa de seu clã, lutou pra manter a paz entre os seres sobrenaturais, e se apaixonou por um improvável parcerio.