Será que realmente estava enlouquecida? Provavelmente sim.
O que o vampiro todo poderoso está fazendo na minha janela? Só podia ser alucinação.
Porém todas as pessoas que vi nas minhas ilusões estavam mortas.
Mas vampiro entra nessa categoria? Já que era um morto vivo? - Pensei.
Minha mente me levou pra longe em alguns segundos e logo voltei a si e fechei a janela, antes que o mostro entrasse no meu quarto.
Um piscar de olhos ele estava pendurado na minha janela, fazendo sinal pra abrir, decidi abrir pra manda -lo pra longe.
Coloquei a mão na vidro, e puxei pra cima e disse :
- O que está fazendo aqui Aro? - Disse enfurecida.
- Me convide pra entrar .
- Não!
- Não vim te matar, quero conversar - Sorriu de lado.
- Você não conseguiria - Disse erguendo a mão como uma ameaça.
- Quanta pretenção da sua parte, jovem aprendiz de bruxa.
- Não sou aprendiz - Disse revirando os olhos.
- Vamos me convide a entrar.
- Não! você mandou matar minha amiga e eu morri de certa forma.
- Não é pessoal, guerra é guerra.... E porque morreu de certa forma?
- Hãm... Você mandou seus vampiros matarem nos, e morri... Mas meu anel me trouxe de volta... E bem tô vendo coisas..
- Oh, que maravilha! - Gargalhou.
- Seu estúpido! Eu morri.
- Tá viva agora.
Fiquei com tanto ódio que ergui um dedo e comecei a movimentar o vento e aumentando a força até jogar o vampiro no chão, caindo do outro lado, fora da minha casa.
Na super velocidade dele se levantou e voltou a sua antiga posição pendurado na minha janela.
- Bom truque bruxa.
Ergui uma sombrancelha e sorri.
- Você não tem ideia do que posso fazer agora.
- Me mostre.
- Você não ia gostar.
Aroh apesar de tudo, era um vampiro que matou minha colega, e mesmo assim me atraia.
- Entre Aroh!
Ele flutuou até dentro do meu quarto, e foi em minha direção e mordeu meu pescoço, e um minuto depois ele cuspiu meu sangue no chão.
- Envenenei meu sangue, que tal?
- Há bruxa você é esperta, é admirável.
- Eu disse que posso fazer muita coisa.
- Seu cheiro.. e como uma Droga... Não consegui...
- Saia!
Num piscar de olhos, ele sumiu, e corri fechar a janela.
Me agalhei no chão, e coloquei minha cabeça entre meus joelhos, tudo estava fora do seu lugar.
Ouvi uma voz novamente :
- Mate Marie! - Sabrine disse.
- Não!
E sai do quarto e fui até meus pais para contar o que estava acontecendo, sabia que brigariam comigo porque não contei antes.
Mas essas vozes não iam embora.
Bati na porta da biblioteca e meu pai disse :
- Filha , entre.
- Pai tenho que falar uma coisa séria.
- Diga amor - disse ele.
- Tô tento alucinações... Sabe... Vendo coisas e ouvindo...
- Oh não ! O anel - disse papai.
- Sim.
- Quem ele quer que você mate?
- Marie.
- Sue não!
- Não vou fazer nada pai.. acho...
- Ouça, as visões vão piorar, você vai ver coisas piores...
- Já notei pai.
- Vamos dar um jeito.
- Como pai?
- Deite no sofá, por favor.
Me deitei, imóvel.
- Vai doer mas será suportável.
- Vamos lá .
Papai colocou as duas mãos no ar em cima de mim e pronunciou o feitiço de banir fantasma.
- Fes matus, ridax !Ridicius tera!
Meu corpo flutuou no ar pesado, e depois cai no sofá novamente.
- Aí!
- O que foi filha?
- Assustei.
- Se acalme.
- Funcionou ?
- Sim, você ficará bem querida.
- Obrigada.
Contei a ele sobre aroh .
- Mas o que ele queria Sue?
- Na verdade eu não sei.
- Mesmo? Não foi nada?
- Nada, ele só .. ham... Me mordeu..
- E?
- O joguei pela janela.
- Cuidado querida
-Pode deixar.
Achei melhor não contar detalhes e subi ao meu quarto e fechei a porta.
Me virei e Aroh estava deitado na minha cama.
- Saia! - Disse levantando a mão .
- Espere.. quero um favor ..
- Você tá brincando é?
- Quero um anel do sol.
- E o que eu tenho com isso?
- Você é bruxa, pode fazer isso.
- Não conte comigo.
- Faça senão mato sua família!
- Não sei que feitiço é.
Ele tirou um papel do bolso e deu a mim.
O li atentamente.( ...)
Coloque o anel na luz do sol, e concentre -se.(...)
Não tinha ideia que daria certo, mas não me esforcei muito.
- Pronto ! Experimente - Dei a ele .
- Vou sair no sol e ver se funciona.
- Ok.
Ele foi até o sol e nada aconteceu, não queimou vivo.
- Deu certo - disse.
- Você é incrível - Deu um beijo no meu rosto.
- Modéstia a parte sou Incrível mesmo, tenho tanto poder... Acho que posso ...
- Pode o que?- Disse Aroh.
- Acho que posso controlar os elementos da natureza..
- Bruxa talentosa - Rimos juntos.
Ele me olhou e colocou a mão no meu queimo, sua mão era tão fria, e dura como o mármore.
No mesmo instante tirei a mão de gelo de mim e me levantei e disse:
- Já ouvi muitas lendas sobre vampiros, que eles não podiam sair na luz do dia, porque o sol os mata.
Eram só histórias, não tinha certeza..
- É verdade, não é lenda.
- Os vampiros não saem de dia, só alguns que dêem anéis como esse - Ergueu o dedo.
- Humm...
- Obrigado - Disse ele.
- Ah tá, como se você tivesse me dado alguma escolha.
- Ah me desculpa por ter dito que mataria eles.
- Agora pode ir .
- Até breve senhorita. - E voou pela janela

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Dezesseis luas
VampirosUma jovem que se tornou uma bruxa aos quinze anos, a mais poderosa de seu clã, lutou pra manter a paz entre os seres sobrenaturais, e se apaixonou por um improvável parcerio.