Capítulo 10

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Dias e noites se passaram, e nada de aroh.
Esperava que ele aparece como sempre fazia, deixava a janela aberta pra que ele entrasse.
Mas sumiu da minha vida, acho que o mandei embora tantas vezes que ele resolveu partir de vez.
Essa abstinência dele era horrível, era como ter um buraco no lugar do coração, precisava saber se tinha acontecido algo, então fui aos grimórios da minha vó e procurei algo que pudesse me ajudar.
Virei algumas páginas amareladas e achei algo interessante.
(...)

Enviar mensagem : uma magia que exige que o escreva a mensagem,em um pedaço de papel e coloque em sua mão  e segure sobre uma chama aberta, que iria enviar a mensagem através do tempo e do espaço.
Requisitos : um fio de cabelo e um pedaço de papel  (com a mensagem escrita)

(....)

Fechei o livro e fui procurar na minha cama, onde ele tinha se deitado a uns dias atrás, e talvez tivesse um fio de seu cabelo lindo e sedoso perdido em meus lençóis.
Achei um fio de cabelo claro, amarelado da cor do sol, sabia que era dele.
Aquela cor era inesquecível aos meus olhos.
Coloquei o fio do cabelo em cima da minha penteadeira e peguei um pedaço de papel na minha gaveta e escrevi :

-   Aroh me encontre na floresta hoje quando o sol se pôr precisamos conversar.
Assinado : Sue deveroux.

Segurei o papel na minha mão junto com o fio de cabelo dele e apertei sobre a chama de uma vela e fechei os olhos.
Quando percebi o papelzinho na minha mão tinha sumido.
- Funcionou! Espero que ele vá - murmurei.
Então fui a sala para atender a porta, alguém batia nela com muita força.
- Já vai!
Abri a porta e arregalei os olhos .
- Bill? Oi .
- Oi, Sue.
- Você prometeu me ver na floresta e não foi então vim.
- Nossa é verdade, me esqueci... Desculpe..
- Ha sem problemas, só Achei que tivesse gostado de mim. ..
- Ah eu gostei...
- Mesmo sendo um cachorro grande?
- Mesmo .
- Tem alguem aí?
- Sim, mais não se preocupe entre.
Ele balançou a cabeça e entrou e bateu a porta de leve e nos sentamos no sofá.
- Tô preocupado com você  .... Com a história do aro ....
Arregalei os olhos assustada, ele sabia.
Mas fiz que não estava entendendo o que ele quis dizer.
- Que história? - Perguntei irritada.
- Bom, as paredes tem ouvido e ouvi as bruxas falando do seu suposto envolvimento com ele é bem...
- Não tenho nada com ele! - Gritei.
- Ah isso é bom, então não tenho que me preocupar com o que as bruxas fizeram...
- O que fizeram?
- Pegaram Aroh, estão com ele a alguns dias.
- Não ! Porque isso?
- Ele é um vampiro, e as bruxas tão com medo do seu envolvimento com ele.
-Não sabia de nada! Elas não podem.. .
- Sue você não pode se meter nisso..
- Eu vou, e se você é meu amigo me ajude !
- Não posso envolver minha matilha em coisa de vampiro.
- Mas por mim você pode.
- Ok.
- Bill você sabe onde estão o escondendo?
- Vi um movimento estranho no meio da floresta, mas não sei se é lá .
- Vou fazer um feitiço de localização.
- Já como é bom ter uma amiga bruxa!
- Posso fritar seu cérebro, acho que isso não é muito bom.
- É não é - Ele disse rindo.
- Olhe vou pegar as coisas que preciso e iremos fazer isso em outro lugar ... Minha mãe ...
- Certo - Disse ele.
Minha mãe apesar de uma boa pessoa, era bruxa e ela estava envolvida na causa.
Não podia arriscar que ela ouvisse meus planos.
Fui até o quarto dela e bati na porta:
- Mãe? - E fui entrando.
Ela se assustou e atirou o livro que estava lendo no chão.
- Oi querida.
- Vou sair com o Bill, uma volta sabe..
- Oh, é claro querida, vá.
Dei um beijo na bochecha dela e desci as escadas e  sai com bill pelas ruas do quartel.
- Vamos Bill , não temos tempo.
- Estou bem atrás de você Sue.
Acenei a cabeça, e continuei a seguir por um rua que me levava a uma casa abandonada.
- Onde nós estamos indo?
- Me siga Bill.
- Tá bom, está longe?
- E bem ali - apontei para casa sem pintura e sem portão.
Corri pela porta velha e entrei na sala suja e coloquei o mapa em cima da mesa e o fio de cabelo dele em cima.
E conjurei o feitiço de localização:
- Fes matus tribum, Nas ex verás sequinas sanguine, ementas Asten  Milan ega Petous!
E o fio de cabelo dele parou em cima da floresta, perto do rio .
- Achei! - Apontei pro local.
-Vamos!
Coloquei o mapa dentro da minha mochila e peguei a mão de Bill e sai correndo até a mata.
A trilha era estreita e a cor verde estava presente em todo o lugar.
O chão era cheio de imperfeições e buracos.
Tropecei a cada minuto e Bill ia me puxando para que não caísse, as folhas das árvores estavam caídas no chão camuflando os buracos e pequenos animais que passavam pelo chão de terra.
Conforme ia entrando mas para dentro da floresta, mas densa e fechada ela ficava, os galhos arranhavam meus braços e pernas.
O sangue ia caindo dos pequenos machucados  mas isso não ia me parar.
Aroh havia me salvado, agora farei isso por ele.
De longe Avistei uma velha cabana feita de palha e cimento .
Sabia que ele estava ali.
- Vamos Bill! Vamos pega- ló !
- Espere! Ouço mais pessoas aqui.
- Quem?
- Bruxas.
Decidimos esperar até elas ficarem em menos número.
Esperamos alguns minutos até que Bill disse :
- Vamos saíram da casa.
- Ok.
Fomos até a cabana e a porta estava trancada, mas não com uma chave, e sim com uma magia antiga.
Me concentrei para usar toda a força dentro de mim e pronunciei o feitiço de abrir portas encantadas.
- Festa Matus tribum, melancia in verás ,et vasa quisa , exu quisa!
Quando terminei o feitiço a maçaneta começou a tremer e a porta ficou entre aberta.
Bill a abriu e corremos para o interior da casa.
- Aroh! Aroh! Aroh! - Gritei desesperadamente.
- Sue, silêncio podem nos ouvir!
- Ops, desculpe.
Procuramos na pequena casa mais não havia nada ali.
- Acho que me enganei ele não está aqui.
- Espere, sinto cheiro de sumulo !
- Onde? - Gritei .
- Ali - E apontou para o outro pequeno cômodo.
- Sumulo é usado quando uma bruxa quer esconder algo e deixar....
- Invisível - Bill completou a frase.
- Ele está aqui - e bati a mão em cima de um escudo invisível.
- Você pode quebrar? - Disse Bill.
- É forte....
- Me canalize Sue, sou bastante forte.
- Certo, venha aqui e segure meu braço.
Ele colocou sua mão quente e grande em cima do meu pequeno braço.
- plasmatus oculacs! - Lancei o feitiço forçando minha mão no escudo, senti ele se quebrado estava rachando.
- Aroh! - Gritei.
Pode ver ele, mais a rachadura era pequena ainda e então puxei com a mão para abri-la com o encantamento.
- Plasmatus oculacs!
- Caiu ! - Gritei.
- Aroh saia! - Bill falou.
Aroh olhou para nós arregalando os olhos e sem entender nada, ele flutuou para fora .
-Vamos embora  - Bill alertou.
-  Vamos!
- Não espere! - Aroh disse.
-  O que dói?
- Ouço corações batendo em volta da casa!
- Oh não ! estamos cercados - Bill concluiu.
-Vamos fugir pela janela!
- Não da!
Corri ate a porta do fundo mais não abri, a corrente de bruxas colocaram barreira em volta da casa.
- E agora?
- Silêncio Sue, estou ouvindo.
- O que?
- Estão começando a murmurar um feitiço, vao nos queimas vivos.
- Mas esse é meu cla!
- Eles não estão se sentindo seguros com você e Aroh juntos...
Olhei para Aroh e abaixei a cabeça e disse.
- Nos não  estamos juntos.
- Hãm claro, claro.... Disse Bill.
- Agora as ouço lá fora!
- Shutua incentia!  - Num coro elas pronunciaram o feitiço.
A casa pegou fogo por fora, e a fumaça me fez cair no chão, Aroh me pegou e disse :
- Como podemos para esse feitiço delas?
- Elas estão de mãos dadas , uma canalizando a outra, você tem que separar uma, para quebrar o feitiço, a matando - Disse tossindo.
- Matar bruxas! Perfeito -Ele sorriu.
Me levantei e coloquei a mão no nariz para não inalar muita fumaça, mas era inútil.
Tossi mais forte, caindo de novo e Aroh um piscar de olhos estava do meu lado me ajudando.
- Estou bem, vá lá e quebre o feitiço.
Ele só acenou a cabeça e pegou um guarda - chuva e foi até a janela e com a mão quebrou o vidro e o fogo ardeu mais ainda dentro dos meus pulmões.
Ele lançou o guarda chuva com uma velocidade não humana, e a ponta foi direto no pescoço de uma bruxa que caiu no chão no mesmo minuto.
O feitiço acabou, e elas sumiram.
Estamos sozinhos agora.
- Estão todos bem? - Bill perguntou.
- Sim - Respondemos.
- Então vou embora.
- Adeus Bill.
Ele se foi , sumindo pela mata em minutos.
- Obrigado - Aro disse.
- Te devia essa.
Ele me abraçou, apesar do seu corpo de mármore me sentia expressamente confortável em seu peito.
Ele olhou para mim, fixou o olhar para dentro da minha alma.
Não consegui desviar o olhar, e nem queria .
Seu rosto perfeito foi chegando perto do meu rosto molhado de suor, e tocou minha bochecha.
- Suas bochechas rosadas, me fascina.
- Mesmo?
- Sim, sua cor é vívida.
E preciomou seus lábios dos meus.
Havia doçura no beijo, algo angelical, não consegui me afastar dele por alguns minutos, sua mão dura estava cravada na minha perna de porcelana.
Mas não o tirei, apenas deixei me levar pelo momento.
Mas o barulho do meu celular quebrou o clima, olhei e era minha mãe.
- Oh tenho que partir!
- Espere! - Disse Aroh.
- Você é tudo para mim Sue.
Sorri e disse:
- Você também
- Se mantenha segura, por mim.
- É acho que minha mãe não vai gostar do que quiz ... Hoje...

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