A manhã de hoje passou muito rápido, nos três havíamos estado ocupadas matando vampiro e tentando salvar minha mãe da sua quase morte.
Não tínhamos notado que meu pai sumiu, ele nunca fica longe de nós por tanto tempo assim, era estranho, mais só percebemos usa ausência quando minha mãe chamou por ele, ao se levantar do chão, quando minha irmã conseguiu acorda -lá.
- Cadê o Marcus? - Mãe disse olhando para nós.
- Não sei - Disse.
E Marie olhou para o chão e continuou a conversa.
- Pensando bem mãe, não o vi desde essa madrugada.
- Como assim Marie? - Minha mãe olhou espantada.
- Levantei para beber água e ele estava abrindo a porta, perguntei onde ele ia, e disse que ia se sentar na varanda.
- Ele deve estar passeando aqui mesmo no quartel das bruxas - Disse a elas não acreditando no que disse.
Olhei para mamãe e ela claramente estava preocupada por o sumiço do nosso pai, ele nunca nos deixa tanto tempo assim, analisei o rosto dela, apesar de muito bonita, estava com olhar cansado, e com olheiras em volta dos olhos, e sua pele estava suada.
Num tom autoritário disse:
- Vamos procurar ele no quartel todo! Chamem as bruxas e vamos caça - lo!
- Tomara que ele esteja aqui, senão pode ser tarde - Marie abaixou a cabeça.
- Porque ?
- Sue, é muito perigoso lá fora para nosso clã há muitos vampiros lá fora e na floresta alguns montanhistas que caminhavam por lá desapareceram e os que fugiram falaram que viram lobos grandes lá.
- Ele vai estar bem - Disse esperançosa.
- Muito bem, vamos procurá-lo.
Avisamos e perguntamos para todos que víamos na rua, pedimos informações.
- Por favor você viu meu pai?
- Não o vi hoje.
E essa foi a resposta que todos deram, um a um do nosso povo.
E então minha mãe nos levou para casa, não queria ir.
- Não mãe, devemos procurar ele, pode estar ferido! - Gritei.
- Calma Sue, nós precisamos ir para casa, vou fazer o feitiço de localização.
- Mas mãe você usou muito seu poder hoje, tá fraca demais.
- Vou tentar e sua irmã ira me ajudar.
- Droga! Sou tão humanamente inútil.
- Sue, não é hora para isso - mamãe me advertiu .
- Desculpe, mas mãe o que você viu no ritual de hoje de manhã?
- Depois falaremos disso ok?
- Claro, claro.
- Certo, Sue vá lá no meu quarto e do seu pai e peguei algo que pertença só a ele e me traga e pegue umas velas brancas no sótão e um mapa da cidade, nós vamos acha -lo.
- Ok, mas pegar o que ? -Disse pensativa.
- Uma escova de cabelo, um livro algo assim.
- Certo mãe, vou ver .
E sai em disparada para minha pequena missão, fui no quarto e peguei a escova de cabelo dele que estava dentro do guarda roupas bege e cheio de espelhos da mamãe, e depois fui ao sótão e peguei tudo do que precisava e levei até a sala, e ela pegou o mapa e pois na mesa e acendeu as velas, no mesmo instante pegou uma pequena faca e cortou a ponta do dedo e pressionou para o sangue sair mais rápido e cair no mapa.
Fechou os olhos e pronunciou o feitiço de localização:
- Fes Matus tribum, Nas ex viras sequitas sanguine Emines Asten Mikah egah petous !
E o sangue que caiu do dedo dela começou a se mover no mapa, como se tivesse procurando por ele, então um círculo de sangue parou no complexo dos vampiros.
E minha mãe abriu os olhos e apontou o dedo para o mapa.
- Ele tá aqui! - um segundo depois ela disse - não espere a algo errado.
- O que foi mãe ?
- Veja o círculo está se formando em todos os lugares da cidade!
- O que isso significa? - olhei para Marie.
- Ele está em todo lugar, ou em lugar nenhum.
- Isso Marie, ou tem bruxas escondendo ele para que nós não o ache.
- Droga! - murmurei.
- E o que vamos fazer ? - minha irmã perguntou.
- Esperar, não sabemos o que querem com ele e nem quem esta.
Nesse instante chegou uma mensagem no celular da minha mãe que estava escrito.
- Acho que vocês tão procurando pelo Marcus não é? Estamos com ele.
Minha mãe respondeu rapidamente :
- Quem são vocês ? O que querem com nos? Como posso saber que vocês tão com ele?
A mensagem foi enviada e no mesmo instante mandaram uma foto do meu pai, amarrado numa corrente aparentemente fraca, e com dois bonecos penteados em cima dele.
Observei a paisagem no fundo para tentar saber onde ele estava, se eu reconheceria o local atrás da foto.
Só tinha verde, para todos os lados, e árvores no fundo, só tinha um lugar assim aqui.
- Ele tá na floresta! - Gritei.
Marie olhou com um jeito meio desconfiado e disse:
- Pode ser uma armadilha, tá muito fácil.
- Sim, filha se eles tão jogando com nos.
- As correntes são tão fracas, porque ele não foge?
- Aquelas correntes neutralizam os poderes mágicos, a magia não funciona .
- Mas ele pode forçar e sair, elas são finas, dá para arrebentar.
- Sue, olhe para cima da foto, está vendo os bonecos ali em cima? Eles são bonecos de voodoo, eles protegem e dão força para as correntes
- Oh não, e o que faremos?
- Esperar o ancião Marcel nos guiar - Mamãe disse insatisfeita.
- Não ! -Gritei.
- Sue, se acalme.
- Não vou procurar ele! E virei as costas.
- Espere, vou lhe dar uma coisa. - Marie sorriu.
Ela tirou do bolso, um anel prata e com uma única pedra de cor preta e colocou no meu dedo, sem entender nada eu perguntei.
- Sério isso? Me parou para me dar um anel de mil anos?
- Tola Sue, esse anel é da imortalidade se você morrer e estiver usando ele, ele tratará você de volta a vida.
- Isso é possível? - Disse incrédula.
- Sim, mas você só voltará a vida se morrer sobre causas sobrenaturais, se morrer por acidente não funcionara.
- Como isso acontece?
- Só quem é humano pode usar, e como você não tem magia, você é humana ainda, então servirá bem para você.
- Quem te deu isso Marie?
- Nossa avó.
- Incrível!
- Espero que não precise usar ele.
- Obrigada irmã.
-Sue, não faça besteiras fique aqui no quartel.
- Ok.
Mesmo eu ter prometido a ela não podia esperar, então segui meu primeiro plano e segui uma trilha que dava para a floresta, com um pouco de sorte acharia meu pai .
A floresta estava em festa, até os minúsculos animais saíram de suas casinhas, para passear, galhos das árvores no chão e muita lama, andei um pouco e tropecei e sai no chão, minhas mãos sujas e os joelhos.
Me levantei e segui em frente tentando me lembrar o lugar exato daquela foto, mas tudo era tão verde e tão igual que me perdi.
Fui entrando no meio da floresta e então ouvi uma pedra caindo de cima de uma árvore.
Olhei para cima e vi um vampiro ele era pálido, cabelos pretos e lisos, os olhos vermelhos cor de fogo, ele sorriu para mim é um pulo desceu até o chão e dei um passo para trás na defensiva.
- Não tenha medo, doçura - ele disse animado.
- Não tenho - menti.
- Olha que corajosa, expedido! - gargalhou.
- O que você quer?
- Teu sangue, o seu cheiro é tão apetitoso - e passou a língua nos caninos amostra.
Dei um passo para trás e corri, e num estante ele chegou na minha frente, e me empurrou e cai no chão molhado.
- Não corre, amor será rápido.
Ele se virou e ficou olhando no meio da floresta, parecia estar procurando alguém ou ouvindo algo.
Ergueu a sombrancelha e falou:
- Essa não, que droga!
E foi se distanciando de mim e correndo para longe.
De início não vi nada, apenas o verde da floresta fechada, mas ouvi um rosnado um grande animal preto saindo dos arbustos, parecia um urso, mais ele era tão grande, com olhos tão espressivos pareciam humano é uma boca gigante e os dentes a amostra.
- O que é isso! - Gritei.
O animal virou para mim e correu atrás do vampiro e atrás dele vieram mais três ursos, um cinza e outro amarelado, e outro avermelhado eles eram menores que o primeiro.
Não podiam ser ursos, muito grande.
- Talvez um tipo de lobo -murmurei.
Quando vi estava sozinha ali, entao comecei a correr o mais rápido que pude, com isso cai várias vezes tentando fugir, afinal se os lobos voltassem e me fizerem de almoço.
Corri em direção a luz e sai na trilha que ia para o quartel das bruxas.
Cheguei lá e segui rapidamente para minha casa e contei tudo o que tinha acontecido.
E minha mãe disse:
- Não são lobos, querida.
- São o que?
- lobisomens.
- Nossa, mais o vampiro correu dele, porque?
- A mordida de um lobisomem mata um vampiro, o veneno deles, é mortal.
- Ah, faz sentido.
- Sim, mais os lobisomens estão em extinção
- Eles me salvou, só não sei porque.
- Eles odeiam vampiros, e protegem as bruxas, mais os sanguessugas mataram muitos deles, com medo de sua mordida.
- Mãe isso é tão irreal.
- Sue nós vivemos num conto de fadas de terror.
- Sim.
E fui para meu quarto pensar em tudo, como salvar meu pai e depois minha mãe me ajudaria a reivindicar meu poder.
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Dezesseis luas
VampireUma jovem que se tornou uma bruxa aos quinze anos, a mais poderosa de seu clã, lutou pra manter a paz entre os seres sobrenaturais, e se apaixonou por um improvável parcerio.