- É, liberaram a NamHye faz uns meses. Ela recebeu alta depois de dois anos e me pediu para começar aqui de novo.
Ela fica atrás do pai e coloca as mãos em seus ombros, parece bem calma pra quem acabou de ser confrontada.
- Que absurdo - ela murmura. Jooheon, Hoseok e eu estávamos do outro lado da mesa, todos em pé esperando que alguém falasse alguma coisa.
- Olha, eu não sei por que isso está acontecendo - senhor Jung. - Mas tenho quase certeza que isso é culpa sua. - ele aponta pra mim.
- Quase certeza? - Jooheon pergunta - Sua até mandou baterem nela e a culpa é da Jagiya?
O pai dela se levanta furioso.
- Até agora não há fundamentos nem provas.
Tiro meu telefone do bolso e coloco no play. A gravação da nossa conversa ecoa na sala. Quando acaba, observo a expressão preocupada dos três. Bingo.
- A parte do "meu amigo não vai só te espancar dessa vez" é a que eu mais gosto. - digo colocando o celular de volta no bolso.
- NamHye - o pai dela começa a falar - Você me jurou que não ia mais fazer isso, lembra?
Nessa hora a imagino dizendo "papai, não vou mandar matar ninguém.
- Eu não fiz nada. Acha mesmo que eu mandei espancarem ela?
- NamHye! - ele levanta a voz - É a sua voz - ele se vira pra mim outra vez - Por favor, não leve isso pra polícia.
- A intenção nunca foi essa - respondo - eu só quero ficar em segurança mantendo meu emprego e e não morrendo.
NamHye pega o próprio celular. Eu não entendi o que ela faria com o celular no meio dessa discussão.
- Por que o senhor não me ouve? Eu não fiz nada.
- Eu não devia ter deixado você trabalhar de novo, ainda mais como staff, do mesmo jeito que antes.
Hoseok toma a palavra.
- Mantenha sua filha longe dela e da gente. Sorte a nossa que consegui resolver o problema da foto sem muito alarde.
- Entendido. - Remove a gravata como se estivesse se sentindo sufocado e suava como se tivesse corrido quilômetros. - Ela não vai causar mais problemas. Vem, NamHye.
Ele a chama e ela anda ao seu lado de cabeça baixa, mas quando vai passar por nós se joga por cima de mim e nós duas caímos no chão. NamHye não tem tempo de me bater, Jooheon e Wonho a tiram de cima de mim.
- Me soltem! Eu vou matar essa puta! Aaah, me soltem! Fica longe deles! Você vai morrer! Você vai morrer! - ela grita muitas e muitas vezes até a voz dela sumir porta a fora.
Jooheon e Hoseok oferecem a mão pra que eu me levante, mas Hoseok logo se afasta e me apoio em Jooheon.
- Parece que o três terços do plano foram concluídos, né? - Falo rindo alto. - Vamos comemorar?♡♤♡♤♡
Depois de beber meio copo de soju, ficar bêbada e voltar a ficar sóbria, decido voltar pra casa. Jooheon me acompanha ao meu apartamento e andamos em silêncio até que finalmente chegamos.
- Você tem mesmo que ir? - pergunto puxando-o pra dentro.
Jooheon entra. Não precisei insistir muito, estávamos com saudades um do outro e as coisas chegaram a esse ponto naturalmente. Na verdade nós nem tínhamos nos beijado ainda, nem mesmo andamos de mãos dadas e eu tinha medo de ter estragado tudo.
- Desculpa - eu falo quando sentamos no sofá - Falei muita coisa aquele dia na casa de praia.
- Eu não devia ter te ouvido. - ele espreguiça e coloca um braço atrás de mim no sofá.
- Clichê - digo olhando os lábios dele fixamente.
Nos beijamos. Um beijo calmo, tranquilo, nem por isso menos intenso. Sinto a familiar sensação de eletricidade percorrendo a minha pele, mas não aprofundo o beijo.
- Eu te amo, mas você foi bem otário. Mesmo que você tenha sido otário por minha causa, isso me machucou.
Ele suspira e me abraça forte.
- Vamos começar de novo, então. - Jooheon faz carinho nos meus cabelos e depois cheira minha cabeça. - Você precisa lavar o cabelo. - ele ri me apertando nos seus braços
- *Porra*, Jooheon, respeita nosso momento romântico.
Ele ri alto, mesmo assim não deixa de me abraçar.
- Se eu te soltar agora posso te perder de novo.
- Se não me soltar você vai me matar asfixiada e namorar um cadáver.
Mesmo que eu me tornasse o cadáver asfixiado (?), eu seria o conglomerado de ossos mais feliz desse mundo.
- Você tem mesmo que ir? - Pergunto levando-o até a porta.
- Sim. - Ele segura meu rosto com as duas mãos e beija minha testa e meu nariz antes de chegar a minha boca. Eu não tinha ideia de como sentia falta dele, do corpo dele, mas é aquilo, a gente tinha começado de novo e isso significava ir devagar. Tá, mesmo que eu estivesse louca pra dar, estamos tentando criar uma relação de confiança aqui e isso queria dizer que não, nada de sexo, nem a cabecinha.
O que diabos eu tô pensando?
- Tchau. - Digo enfim quando nos separamos.
- Até.
E assim ele vai embora e me deixa boba e sozinha com um sorriso no rosto.
Ouço batidas na porta e volto correndo. Será que ele tinha esquecido alguma coisa? Vejo seu celular no sofá e sorrio. É, ele tinha esquecido o telefone. Abro a porta, mas logo tento fechá-la desesperadamente. O homem de antes dá um empurrão e consegue entrar. Eu corro pra sala e fico girando o sofá, sempre de frente pra ele.
- O que você tá fazendo aqui?
- Eu falei que ela tava perdendo a paciência.
Eu reviraria os olhos se pudesse parar de encará-lo.
- A NamHye foi pega, sabia? A essa altura ela já está internada.
- Ela mandou mensagem hoje e foi bem clara. "Pode matar".
- Aish, é sério? Mas isso foi antes de pegarem ela - a lembrança dela mexendo no celular no meio da discussão me vem a mente. - Vamo comer um pouco antes de partir pra morte. - vejo que minha frase tem duplo sentido e xingo mentalmente.
Ele salta o sofá e corre até conseguir me pegar. Ele me segura com um gancho e vai me puxando de volta pro sofá, começo a sufocar.
- P-Por fav- - ele me joga no sofá e tira o cinto da calça.
Eu estava perdida.
Ele fica sobre mim e eu começo a chutá-lo e me debater.
- Aaaaah, me solta! - a voz finalmente sai da minha garganta.
Não entendo o que acontece em seguida. O homem está no chão e Jooheon está em cima dele, socando o rosto do maldito repetidas vezes.
- Jooheon... - minha voz embargada de choro o chama.
E é no abraço dele que esperamos a polícia chegar.♡♤♡♤♡
Pra todo caso esse homem era um maníaco perseguidor. Sim, antes que você pergunte, mentimos pra polícia. Não queríamos que o acordo com o pai de NamHye ficasse invalido. Claro que a gente não tinha como saber se ele cumpriria com a palavra antes, mas agora sabíamos que ela realmente estava se tratando agora por causa dos emails do senhor Jung. O senhor pai da louca disse também que eu não me preocupasse com o falso testemunho que dei, por que se algo vazasse ele dava um jeitinho.
Já fazia uma semana desde que tudo isso tinha acontecido. Finalmente consegui minha transferência pros trabalhos na sede da empresa, então eu não sairia do prédio da Starship tão cedo. Meus dias de staff tinham acabado.
Jooheon e eu estávamos mais unidos do que nunca, mesmo assim não tinhamos transado. Eu sempre tentava seduzí-lo, mas ele se esquivava. "A gente falou que ia devagar", fica lembrando.
Nós dois chegamos no meu mais novo apartamento que, tcharan, é do lado do apê dos meninos. É isso aí, consegui me mudar de volta já que ninguém queria morar no cenário de um assassinato.
- Eu ainda tenho arrepios quando entro aqui.
- É? - pergunto - no outro apê também teve morte, por isso eu aluguei.
- Aaaarg! Como você consegue?
- É só pesquisar os assassinatos recentes da região e pronto.
- Não, Jagiya, não é isso. - ele olha pro chão a nossa frente e estremece outra vez.
- Tá com medo, Honey? - pergunto puxando-o pela mão.
- Não, nem um pouco. - ele estreita os olhos ainda mais - Espera, você não tá me levando pro quarto, né?
- Tô sim.
Ele para no meio do corredor e tenta dar meia volta.
- Não, não, não. - Digo com um sorriso no rosto e o empurro pra parede do corredor. Coloco as mãos dele na minha cintura e envolvo seu pescoço com os meus braços. - Dessa vez você não foge.
De repente, ele me levanta em seus braços e me beija profundamente.
- Foi você quem pediu.
Jooheon me leva em seu colo até o quarto e me joga na cama, tirando a camisa em seguida.
- O que eu faço com você? - ele fica entre as minhas pernas. Por baixo daquela calça jeans eu o sinto duro, se pressionando contra mim. Jooheon me puxa pela nuca em um beijo tão quente, tão ansioso, tão forte. A língua dele pedia passagem e eu cedia, aceitava, passeávamos pela boca um do outro, todo o nosso corpo se pedia com desespero.
Fazia muito tempo que não tínhamos momentos assim. Agora a saudade e o tesão voltaram com tudo.
Jooheon tira minha blusa com força e escuto um som de tecido rasgando, mas não podia me concentrar nisso agora.
Ele apenas abaixa parte do meu sutiã e morde meu seio. A mão apertando forte minha coxa ao mesmo tempo em que ele lambe e morde meus seios. Sinto-o se pressionar em mim e me empurro pra ele. Arqueio a coluna, o quadril. Queria senti-lo meter em mim.
Ele abre meu short e puxa com força junto com a calcinha.
- Você me deixa louco. - ele diz me beijando enquanto desabotoa a própria calça. Quando desce a boxer, seu membro já ereto fica exposto.
Ele me coloca de quatro e me toca com seus dedos. Eu já estava tão molhada e excitada que me contorcia toda só com os seus dedos metendo na minha vagina. Sem aviso ele me penetra de uma vez e já começa rápido. O contato forte do corpo dele contra o meu fazia barulho.
Meus cabelos são puxados pra trás. Levanto mais a cabeça, gemo alto sem controle algum da minha voz ou do meu corpo. Só conseguia sentir que ele estava dentro de mim, suas mãos pareciam tocar todas as partes do meu corpo ao mesmo tempo e aquilo me deixava louca.
- Jooheon... hmm - ele me vira de frente e levanta minha perna para voltar a me penetrar. Forte, rápido e fundo, bem fundo.
Ele me beija profundamente e me olha nos olhos, o olhar mais safado e mais romântico que alguém podia dar.
- Agora, amor.
Era a primeira vez que ele me chamava de amor.
Cravo as unhas nas costas dele quando começamos a ir ainda mais rápido que antes.
Ele geme. Gememos. Estremeço em seus braços sentindo o orgasmo e ele vem logo depois.
E então, suados e cansados, deitamos juntos e ficamos quietos, ofegantes.
"Amor". Ele disse "amor" enquanto me levava ao orgasmo. "Amor" enquanto a gente trepava. Se eu não amasse esse homem, se eu não amasse o Honey, quem mais eu amaria?
- "O que eu faço com você, Jagiya?" - imito o tom de voz dele cutucando suas covinhas com o indicador. - Você soube bem o que fazer, né?
As orelhas dele ficam vermelhas.
- Aish, por que você fica lembrando das coisas depois? Que vergonha... - ele murmura baixinho olhando pro teto.
- Amor, né?
Ele ri e deita de costas pra mim.
- Vamos dormir.
- Por que, amor? - o abraço por trás e coloco a perna sobre seu corpo.
- Dormir. - ele tirava meu braço, mas estava rindo. - Jagiya, vai pro seu lado.
- Não, eu quero dormir com você.
Ele vira de volta rendido e uso seu braço de travesseiro.
- Eu tô tão feliz. - Falo sonolenta, bocejando.
Jooheon beija minha testa e boceja em seguida.
Dormimos juntos. Eu não sabia o que seria do nosso futuro, mas uma coisa era certa.
Enquanto tivéssemos o presente, o hoje, o agora, aproveitaríamos ao máximo nosso amor. Eu estava completamente envolvida pelos encantos de Lee Jooheon e podia enfrentar cinco staffs loucas de uma só vez pra protegê-lo. Completamente apaixonada, excitada, feliz e decidida a amá-lo com tudo que eu tinha.
Completamente.
All in.
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All In
FanfictionSão cinco anos de intercâmbio e, acabado esse primeiro ano, decidi me mudar. Não aguentava mais a residência e, mesmo que meu novo apartamento ficasse um pouco longe da faculdade, ficava perto do meu emprego de meio período. Além de ser um lugar óti...