Lembranças

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Dois dias depois.

Point Of View Justin Bieber

Tirei os contratos de minhas mãos, o largando na mesa. Passo a mão sobre meu cabelo, o puxando para trás.

Frustrado.

Fazia exatamente dois dias. Dois dias que me arrependo de ter batido "acidentalmente" em Lorena. Sei, pode parecer ridículo ou não, mas eu me sinto culpado, e ainda mais por estar me afastando dela ao poucos. Idiota é a palavra certa para o meu caso agora. Charles ficava mais lá em casa do que na empresa. Eles se aproximaram bastante desde o começo do ano. Não sentia ciúmes, e nem poderia. Lolo me mataria por sentir ciúmes de Chaz. Aliás, eu também não poderia sentir ciúmes dele, já que era casado. É, também nesses dois dias, Blair mal falava comigo; e quando falava eram apenas "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite", mas apenas quando eu estava em casa que ela falava comigo, e se falava, era quando Lore estava por perto. E por falar nelas duas, elas estão num grude que só. Ter me afastado delas foi o senso do ridículo.

Havia vários outros contratos em minha mesa, teria que revisar todos eles; e quem me ajudava era Chaz. Ryan nem sequer falava comigo desde daquele dia. Ele também se aproximou de Lorena. Ponho minhas mãos sobre meu rosto deixando o mesmo apoiado em minhas mãos. Mordo meus lábios com força. Me sentia um inútil. Pousei meus olhos sobre o retrato de Lorena sobre a mesa. Ela está tão linda na foto! Em meu celular havia fotos dela de cada momento, antes de tudo ter acontecido.

Encostei meu corpo sobre a cadeira de couro e fechei meus olhos. Lembrei do nosso primeiro beijo. Foi tão inesperado... tão mágico... Lembro-me de tudo, até quando o beijo inesperado aconteceu.

— Está entregue. — Falei em um sussurro. Cheguei perto dela, quase encostando nossos rostos. Encarei seus olhos castanhos, que estavam mais escuros que antes. Passei minhas mãos em seu rosto e logo ela fechou os olhos, sorrindo. Me aproximei de seu rosto e respirei fundo. — Desculpa.

— Por...? — Selei nossos lábios em um selinho demorado, colocando as mãos em sua cintura e apertando-a fraco. Senti sua mão em minha nuca, pedindo passagem com a língua e, rapidamente, dei. Sua língua quente entrou, como se estivéssemos lutando em uma guerra. Mordi seus lábios, me separando dela calmamente. Foi ótimo. Abri os olhos e a vi ainda de olhos fechados e sorrindo. — O que foi isso?

Ela abriu os olhos, ainda sorrindo.

— Foi... Maravilhoso, Justin. — Falou, corando e rindo baixo. — Porque isso?

— Amanhã falo, ok. — Lhe dei um selinho. — Não fica estranha comigo, por favor.

— Claro. — Selou nossos lábios outra vez e logo entrou. Entrei no elevador com um sorriso bobo. Saí do mesmo assim que parou e abriu, entrando no carro e o ligando. Pisei no acelerador; em poucos minutos havia chegado em casa. Tomei um banho e me deitei na cama. Coloquei meu dedo nos lábios, ainda podia sentir os dela sobre os meus. Foi mágico...

Foi tão magnífico aquele beijo. Só provou as coisas dentro de mim.

Voltei o meu olhar para os papéis à minha frente e os peguei, dando uma lida. Estava assinando alguns documentos. Quando a porta se abriu, elevei meu olhar para frente e vi saltos vermelhos. Reconheci o perfume. Fechei meus olhos brevemente ao lembrar de que ela viria aqui. Leio o papel, assino e o largo sob a mesa.

— Chegou cedo. — Falei, a olhando. Ela estava muito mudada, o que já era de se esperar. A vi sentar na cadeira à minha frente e largar sua bolsa no chão.

— Disse que viria, mas não em que horas. — Em seus lábios havia um batom avermelhado.

— Certo. — respirei fundo, a olhando. — O que queria falar comigo que não poderia ser em minha casa? — arqueio uma sobrancelha.

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