We can't fly while it's raining

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Yuri sentia seu interior se contorcer em desejo ao ser beijado e tocado por Otabek, o cio do alfa havia desencadeado o seu próprio e o pensamento de que pela primeira vez não passaria por aquilo sozinho era excitante. Suas pernas escorriam como nunca, seu corpo arrepiado era marcado de forma carinhosa com os beijos do outro.

O moreno apesar de estar afetado pelos hormônios do cio ainda tinha todo o cuidado para não ultrapassar os limites do ômega, e Yuri amava isso nele, o fato de Otabek pensar nele como uma pessoa normal, acima de seu segundo gênero.

Já estavam nus, sentindo os corpos quentes se chocarem, Otabek beijava cada parte do corpo de Yuri, segurando-se para não se enterrar de vez nele e o machucar, nunca se perdoaria por isso. Ele gostava de fazer devagar, com calma. Gostava de experimentar cada reação do outro. Seu cio queimava em seu baixo-ventre.

— Yura, você está tão lindo assim. - o moreno dizia entre os beijos que dava pelo rosto do menor descendo por seu pescoço e ombros. A pele de Yuri era quente comparada com a boca macia fina e fria do maior. O contraste de temperaturas arrancou do loiro um gemido sôfrego.

— Mas que porra? Eu não sou lindo sempre? - o loiro impaciente levou a mão pequena até o falo rijo do alfa, sentindo que seu nó já tinha se formado. Seu canal contraiu e piscou em desejo por ter aquele pedaço farto de carne dentro de si. - Enfia isso logo em mim Beka, eu não aguento mais.

— Tem razão, você é a criatura mais linda do mundo, eu poderia passar o tempo todo olhando seus olhos de soldado, Yuratchka! - Otabek desceu os beijos, passando pelos mamilos do loiro, chupando um e depois o outro. Cutucou os botões cor-de-canela e desceu a língua por sua barriga, até chegar no membro melado, abocanhando de uma vez, fazendo com que o loiro gritasse em êxtase. - Mas vamos com calma, é o nosso primeiro cio juntos, eu quero que seja perfeito.

Yuri não entendia como Otabek conseguia manter a calma naquele momento. Ele só queria foder, e rápido.

— Beka por favor! E-eu, preciso de você, dentro... Eu... - teve a fala cortada quando Otabek enfiou dois dedos dentro de si, estava devidamente lubrificado devido ao cio, então entraram sem dificuldade, Yuri inconscientemente passou a rebolar contra os dedos do cazaque, sabendo que aquilo não seria suficiente para aplacar o desejo sufocante que sentia.

E então Otabek parou, e o russo pensou que finalmente teria o que queria, mas indo contra isso, Otabek levantou-se, pegando o menor no colo, como uma donzela.

— Caralho, me põe no chão idiota, eu não sou uma princesa, porra!

— Eu quero te foder Yuri - Otabek sussurrou grosso em seu ouvido - Com força. E não quero estragar o sofá, nós vamos pra cama. Alguma dúvida?

Sentindo cada célula de seu corpo se arrepiar em excitação ao ouvir a voz rouca do alfa soando tão autoritária, tudo que o loiro pode fazer foi, levar os lábios até os do outro e beijá-lo com carinho. Otabek queria que fosse especial, e ele podia lidar com isso. Mesmo com seu corpo gritando, aflorando-se em meio ao suor e desejo.

O cazaque o colocou na cama, e deitou se sobre si novamente, sem parar de beijá-lo, esfregando seu pau contra o do ômega, Yuri levou as mãos até as costas de Otabek, o arranhando se dó, sentindo que definharia caso não fosse preenchido logo. As pernas de ambos se enroscavam, buscando pelo mínimo de contato que podiam, Otabek sentia Yuri fechar os dedinhos dos pés contra sua panturrilha.

O moreno pegou as mãos de Yuri que antes estavam em suas costas e agora eram levantadas acima da cabeça loira, entrelaçando os finos dedos aos seus. Otabek ergueu o torso, ficando numa posição que ampliasse a profundidade da penetração. Yuri cruzou as pernas na cintura de Otabek, que aproveitou a posição para escorregar dentro do interior do ômega sem dificuldade, sentido seu membro mesmo com o nó formado ser engolido pela entrada quente e apertada do ômega.

Yuri gritou alto, sentindo ser totalmente preenchido como tanto desejara, otabek colocou os lábios aos seus e começou a estocá-lo com força, como havia prometido, apertando com força as mãos sobre as do loiro, fazendo-as de apoio para que pudesse ir cada vez mais fundo e mais forte.

— Isso Beka... Mais, eu quero mais...

— Você é tão fodidamente perfeito Yura...

— Cala a porra da boca e me fode mais forte idiota! Fode, Beka!

Yuri começou a rebolar contra as investidas de Otabek, que grunia sons animalescos contra a boca do menor. O maior soltou uma das mãos e a desceu para a coxa do loiro, apertando de forma volúpciosa a carne farta. Desferiu um tapa na mesma, arrancando um gemido de aprovação do menor.

— De quatro pra mim, gatinho. - Yuri arregalou os olhos pela ousadia do outro, rindo internamente da tentativa do maior de soar dominador. Porém obedeceu, virando o corpo que ansiava por Otabek.

Otabek sorriu ao ver a entrada exposta, desceu a cabeça mordendo uma das bandas da bunda macia, apertando com vontade.

— Me fode logo!

O moreno riu da impaciência do menor, voltando a guiar seu pau rígido para dentro, estocando de forma ritmada. O barulho dos quadris se chocando ecoavam, e eram somados aos gemidos de ambos.

Otabek puxou os cabelos do loiro, fechando-os ao redor de seu punho, fazendo com que Yuri ficasse de joelhos assim como ele. Sem parar de estocá-lo, passou a língua pela glândula que soltava aquele cheiro ao qual estava viciado, roçando de leve os dentes, seus instintos gritando para que cravasse-se naquela pele leitosa, para que o marcasse, o fizesse seu. Mas ele nunca o faria, Yuri nunca o perdoaria, e ele não saberia viver com Yuri o odiando. Então virou a cabeça do menor para que pudesse beijá-lo de forma lasciva, levando a mão livre até o membro inchado do outro, começando a masturbá-lo de forma lenta, preguiçosa, enquanto o fodia com força.

— Be-beka, se você fizer os dois e-eu v-vou... Eu vou gozar...

— Goza pra mim Yuratchka , vamos juntos.

Otabek sentiu o nó fisgar, sabendo que logo teria seu ápice, empurrou Yuri para baixo, fazendo-o ficar de quatro novamente, e segurou de forma possessiva sua cintura com uma das mãos, sabendo que a pele branca ficaria marcada. A mão ainda trabalhava em masturbá-lo, agora de forma mais incessante, debruçou o tronco sobre o alheio, dando mordidas de leve em seus ombros, sentindo o corpo do ômega tremer, e logo se desfazer em sua mãos. Yuri se contorcia embaixo de si, e gritava algo em russo que Otabek não fez questão de ouvir porque jogava a cabeça pra trás sentindo seu próprio orgasmo o tomar. Sua visão nublou enquanto seu nó fazia o trabalho de preencher Yuri com o líquido quente.

Yuri respirava pesado, os batimentos descompassados. O atar do nó mantinha os dois firmemente presos, fundidos, como se fossem apenas uma pessoa. Os hormônios do cio se dissipavam junto aos outros hormônios, o que garantiria que os dois pudessem descansar um pouco. Otabek gemeu rouco, sentindo todo o nó se desfazer dentro do menor.

— Dá pra você sair de dentro de mim? Eu quero deitar. -- Yuri reclamou, cansado pelo dia longo e pelo ato com o amante. O maior soltou uma risada abafada, retirando-se do interior do ômega.

— Venha Yura, eu vou te dar um banho primeiro! - Otabek puxou o menor pela mão, mas Yuri gemeu em protesto, sentindo que não conseguiria levantar, Otabek riu da carinha de gatinho dodói que o mesmo fez, e não demorou para pegá-lo novamente em seus braços e guiá-lo até a banheira.

I can't FlyWhere stories live. Discover now