— Yuuuuri!
Foi o que o ômega ouviu ao se aproximar da porta do escritório do corretor de imóveis, sentia-se inebriado pelo cheiro de Otabek e não hesitou em abrir a porta sem bater. A visão que teve, de início o deixou surpreso, o alfa estava sentando na cadeira enquanto se tocava, gemendo por Yuri, a cabeça pendida para trás. O pomo-de-adão subia e descia na garganta arrepiada, os poros da pele não eram tímidos em expelir o cheiro do maior. O corpo de Yuri tremeu em reflexo, a virilha fisgou.
— Be-Beka? — Sua voz saiu trêmula como um gemido quando chamou pelo outro, tentando entender o que acontecia. O moreno levantou a cabeça assustado, os olhos ainda nublados pelo desejo, e só aquela visão fez com que a região entre as pernas de Yuri ficasse molhada. Seus dedos contorciam em luxúria.
Otabek estava sem reação. Assustado e com vergonha por ter sido pego naquela situação, sem saber como controlar a respiração que estava arfada e descompassada. O loiro lambeu os lábios e semicerrou os olhos com a idéia que lhe surgiu, virou-se costas em direção a porta.
— Yuri não vá, eu...Eu posso explicar...Eu...
Mas diferente do que o cazaque achava, ele não ia sair. Oh, não mesmo. Os dedos finos passaram pela chave, trancou a porta. Soltou o capacete e mochila que segurava no chão e se virou, caminhando lentamente em direção ao outro. O rosto determinado e a pose confiante não combinavam com o esteriótiopo de ômega, pensou Otabek. Ele é lindo, concluíram juntos por fim.
— Explique. — Aproximou do rosto do maior, sussurrando em seu ouvido. Passou a mão de leve pelo membro duro ainda fora da calça, Otabek gemeu longo, os olhos teimaram em apertar. O nó que se formava fisgava e ansiava por mais contato.
— Eu estava com saudade... Eu estava louco, você sumiu e eu... Eu...— A fala foi interrompida por um gemido abafado, rouco, quando o russo envolveu o falo com as mãos e começou a mexê-las lentamente. Otabek tinha certeza que estava sonhando. Yuri era perfeito demais, ele era quente demais.
— Eu posso ajudá-lo com isso. — Sussurrou ainda em seu ouvido, passando a língua levemente pelo local, mordiscando de leve o lóbulo que se avermelhava pelo corar do tesão. — Você quer Otabek? Quer que eu te ajude?
— Si-sim, por favor! — A visão de um alfa a sua mercê, deixava Yuri excitado como nunca esteve, se ele não se sentisse tão cansado poderia sentar e cavalgar no moreno até não andar mais.
— Então peça, implore para que eu te chupe! — O movimento antes lento que fazia com as mãos, começou a ser mais rápido e com mais pressão. O alfa jogou a cabeça novamente para trás, aproveitando o que recebia, e então Yuri parou. — Peça Otabek!
— Yuri, por favor... Por favor...
O advogado abaixou-se em frente a cadeira, ficando de joelhos, a respiração batendo contra o pau de Otabek. A extensão era convidativa, pulsava em sua mão. Lambeu os lábios, queria sentir seu gosto, mas não cederia até que ouvisse o que queria. Sua boca já salivava.
— Por favor o que? — Passou a língua de leve ao redor da glande, fechando os olhos em deleite ao sentir o sabor do alfa, era fodidamente perfeito, assim como o cheiro. Otabek gemia, o ômega o estava torturando e ele estava adorando. A textura da língua em seu membro apontava, seu corpo tremia embargado pelas sensações.
Otabek levou uma mão até a nuca do outro, segurando firme em seus cabelos finos.
— Me chupe Yuri. Por favor.
Sem conseguir se controlar mais, o loiro o abocanhou, passando a língua em torno da cabeça, para só então levar o que podia até o fundo da garganta. Otabek mordeu os lábios, jogando a cabeça para o alto novamente.
Pressionou firmemente a extensão do membro, a língua sentiu os contornos das veias. Fitou o nó que estava praticamente formado. Algumas horas antes ele estaria surtando em busca daquele nó. Riu abafado lembrando do acontecido. Olhou para cima, não viu os olhos de Otabek. Soltou o membro, falando o mesmo de forma ritmada com as mãos, próximo ao seu rosto.
— Beka... Olhe para mim... — O moreno obedeceu, estava mordendo os lábios. Seu corpo retorcia, o arrepio atravessava todas as células como uma corrente elétrica. Yuri riu de canto, voltando a enfiar o falo do outro em sua boca. A caverna úmida o abrigava bem, Otabek sentiu sua excitação chegar próximo ao máximo.
— Yuri, por favor... Estou quase... — Otabek gemeu longo, apertando e segurando melhor o cabelo do outro, sem o forçar.
O loiro apertou o nó com os dedos, o calor da mão fez Otabek perder sua sanidade. Gemeu alto, as pernas contraindo em prazer. O líquido viscoso derramou-se pela garganta de Yuri, que engoliu de bom grado. Soltou o membro que terminava de pulsar, e aguardou o moreno aproveitar seu pós-gozo enquanto arfava. Otabek ainda via tudo nublado, o prazer ainda corria por suas veias.
Yuri jogou-se no chão, escorado na mesa. Observava o maior normalizar sua respiração e arrumar suas roupas.
—Bom, agora que resolvemos as questões iniciais do nosso contrato, eu queria saber se o senhor alfa estaria disponível para arrastar essa sua bunda até os apartamentos. — Yuri brincou com um tom de voz extremamente, formal, o que fez Otabek gargalhar.
Levantaram-se e após receber olhares e risadas de Jean e Isabella, seguiram até o local destinado. O clima estava quente entre os dois, sorriam sem mesmo falarem nada. Apenas a presença alheia já os aquecia, os fazia querer cada vez mais.
Definitivamente, eles cativaram um ao outro.
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I can't Fly
FantasyCOAUTORIA: @Jaine_Nina Seria possível ter tanto azar? Fazia anos que Otabek não encontrava alguém interessante de verdade. Não esperava que encontraria naquele mercado, também. Devia ser um castigo divino que, justamente quando sentiu aquela famosa...