Capítulo Dezenove.

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Sete anos depois.

A claridade da luz invade meus olhos parecia que havia uma eternidade que eu estava dormindo, sinto uma dor no ombro que já é normal pra mim, meu ombro deve tá fudido de tanto tiro que já tomei.

Um Bip-Bop ao meu lado e fios mais fios colados em mim, um soro do outro lado

A primeira coisa que penso é na comida

Queria gritar que eu quero comer mas a voz saiu falha

Observo uma jovem dormindo no sofá e a marca de quem não dormiu a muito tempo estava presente isabella olho para aquele teto entediante quero comer porra que fome merda! Fechei meus olhos deixando o sono me levar.

Ouço um choro e resolvo não abrir os olhos.

—— Me perdoa, por ser fraca, por fracassar com você quando você sempre acertava em tudo, até no pedido de namoro na praia que eu tanto sonhava você fez por mim, me deu sua família de presente, sua casa e me deu sua vida, enquanto eu estava correndo atrás de quem nunca faria isso por mim, me desculpa eu sinto sua falta, não só eu sua mãe também seu pai nem se fala….. Eu me culpo todos os dias por isso te amo Bruno….. Amanhã desliga os aparelhos, os médicos acharam que você não vai acordar e se você estiver me ouvindo volta pra mim.

—— Os médicos não vai desligar nada, tô vivo —— Sussurrei com os olhos fechados.

—— Bruno? —— Indagou Isabella.

—— Tô vivo, tô com fome, acredite a única coisa que sinto falta é da comida só quero comer —— Sussurrei abrindo meus olhos e Vejo ela com um Jaleco branco me olhou.

—— Irei buscar —— Falou.

—— Fritas, X-Burger e Refrigerante —— Falei.

—— Você precisa de nutrientes.

—— Estou a seis anos….

—— Sete anos…

—— Dormindo e não posso comer as coisas que eu quero? Então já posso dormir novamente.

—— Vou Ligar para sua mãe ela ficará feliz

Em te ver….

—— Não quero ela aqui…. Nem você, nem meu pai só quero pedigree….. Chama ele.

—— E seu pai e sua mãe…..

—— Meu melhor amigo, é deus o segundo melhor é pedigree…….

—— Bruno? Você está bem?

—— Tou, já que não vai comprar minhas coisas, vaza….. Sai.

—— Você está tão mudado.

—— O sentimento, é a única coisa que muda o ser humano de forma tão tremenda que nem nós mesmo nos reconhecemos…..Não posso estar te beijando e pedindo pra ficar quando eu não quero que fique…. Não posso dizer saudades, se eu não sinto saudades nem de meu pai e minha mãe, o único que eu sinto falta é quem colou comigo errado ou certo e sempre contou comigo foi Pedigree quero vê-lo.

—— Irei chamar os médicos, para ver se você ficou com algum problema durante esse tempo —— Seus olhos lacrimejando. —— Depois chamo pedigree.

Saiu.

P.O.V Isabella Araújo.

Esse é o meu pagamento por tudo que fiz Lívia disse toda a verdade.

— Bruno é o ser humano mais fantástico que eu e você poderia conhecer eu não mereço ele, nem você.

Eu nunca o mereci mas vou fazer de tudo pra tê-lo novamente, enxugo minhas lágrimas e vou até o balcão.

—— O paciente da sala dez acordou —— Falei pra recepcionista. —— Me dê as consultas que eu tenho hoje, me mantenha informada sobre o paciente Bruno e ligue pra esse número e fale que o paciente acordou.

Leio o nome no papel e Vejo Úrsula Montenegro, meu deus ele voltou? Soube que ele havia ido embora dei graças a deus e tive mais certeza do que eu sentia que era Absolutamente Nada.

Me encontro com Vinte anos e  sou formada em pediatra consegui concluir

Desde aquele dia minha vida mudou, todos botavam a culpa em mim e eu sabia que era verdade.

Vejo uma garota toda empolada nos braços de Eduardo.

—— Me acompanhe —— Falei caminhando até minha sala e abri a porta, ele se senta —— Aqui diz que ela começou com uma coceira, certo?.

Ele assentiu.

—— Quando começou ?

—— Hoje pela manhã —— Falou e eu levantei botando ela em cima da maca e pegando a lanterna clínica verificando os olhos dela e a boca.

—— Não contêm nenhuma inflamação, provável que seja alergia a alguma substância do alimento, tecido ou tinta. —— Tirei ela da maca —— Vou recomendar a você um dermatologista aqui mesmo.

Assinei os papéis e o entreguei e ele me olhou.

—— Obrigado.

—— Não fiz mais que minha obrigação —— Falei.

—— Como está Bruno.

—— Lamento, mas aqui é um local de trabalho, se tiver alguma dúvida sobre isso pergunte a recepção esse não é meu trabalho —— Falei e ele saiu.

Atendo mais dez pacientes e vou para casa que fica perto do hospital, me mudei pro asfalto seria melhor pra Pietro, estacionei o carro e fui até o elevador clicando no meu andar cheguei e abrir minha porta.

Pietro está sentado no sofá assistindo Show da Luna enquanto a babá está arrumando os brinquedos.

—— Boa Tarde, meu amor —— Falei abraçando-o. —— Boa noite Liz.

—— Boa Bella.

—— Eu me comportei bem mamae —— Falou na voz mais fofa do mundo.

—— Eu sei meu amor —— Falei Beijando suas bochechas.

—— Posso ir? —— Perguntou Liz.

—— Pode, não vou sair hoje.

Ela arruma sua bolsa e saí, ligo pra Giovanna avisando que Bruno acordou e faço o mesmo com Liara que só falta gritar no telefone de alegria.

—— Vamos pro parque mamãe? Meus Coleguinha estão lá brincando —— Me pediu e eu sorrir.

—— Claro meu príncipe —— Apertei suas bochechas.


O Filho Do Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora