Capítulo Vinte e Um

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P.O.V Bruno Azevedo.

—— Que desgraça, inferno —— Falei enquanto tentava andar com a muleta. —— Trouxa, tomou tiro por causa daquela peste.

—— Tudo bem Bruno? —— Perguntou Isabella parada na porta.

—— Se eu estivesse bem não estaria aqui —— Respondi e ela bufou.

—— Vai me tratar assim até quando? —— Perguntou —— Não vai me perdoar?.

—— Perdoar eu até perdôo, mas esquecer não dá, confiar em você não dá —— Falei e ela engoliu a seco.

—— Já sabia a consequência quando corresse atrás do meu passado, eu perderia meu presente e futuro, não vou desistir de você.

—— Quando vou voltar a andar normalmente? —— Perguntei.

—— Quando você se acostumar, foram sete anos sem andar e sem se mexer.

—— Ah, se eu soubesse que ia ser assim eu nem vinha.

—— Você tinha que voltar, tem pessoas que lhe amam.

—— Engraçado, não lembro de ter sofrido amnésia e pelo o que eu lembro não pedi sua opinião.

—— Já comeu alguma coisa? —— Falou me ignorando e meu pai adentra a sala quando ia responder.

—— Vou falar com você, querendo ou não —— Me encarou sério —— Sabe, eu vou no banheiro dor de barriga, Deve ser porque fiquei anos sem fazer cocô —— Falei caminhando.

—— Chega de graça Bruno Azevedo —— Falou minha mãe aparecendo

—— Tchau e Bença —— Falei entrando no banheiro.

Cê é louco tio, esperei uns vinte minutos e sai eles ainda estava lá.

—— Acabou? —— Perguntou Minha Mãe.

—— Infelizmente —— Sussurrei.

—— Bruno, ficamos sete anos sem vê-lo acordado, só víamos você nesta maldita cama, sabe o quanto eu chorei? Pensei que você não ia voltar.

—— E?

—— Cadê aquele Bruno? Meu Bruno.

—— Mãe, dá um tempo, só um tempo mesmo.

—— Te dei sete anos.

Botei a muleta encostada na cama e deitei ela bateu a porta saindo e meu pai fez o mesmo, peguei o controle ligando a televisão e botando em um canal aleatório

Isabella entra com uma bandeija da Bob’s.

—— Trouxe o seu sanduíche que você tanto pediu.

—— Valeu aí.

—— Porque você se jogou na minha frente? Levando aquele tiro?.

—— Foi impulso —— Falei dando uma bocada no Sanduíche —— Quanto tempo sanduíche, quantas saudades.

—— Bom já vou indo.

—— Cadê o guri… Pietro o nome dele, né isso?. —— Perguntei.

—— Tá bem… E por incrível que pareça tem o mesmo humor que você.

—— Já casou com Eduardo? —— Dei outra mordida no Sanduíche.

—— Não, pretendo casar com você —— Falou e saiu.

—— Mina direta, gostei, tem mais atitude —— Sussurrei jogando o papel do sanduíche no lixo.

Peguei a muleta e resolvi passear pelo Hospital fui abrindo um monte de sala só pra pirraça, e quando abri a sala de limpeza me deparei com uma mulher nua cheia de curvas

—— Que gostosa —— Sussurrei e ela se virou arregalou os olhos.

—— Sai seu pivete —— Jogou um produto de limpeza em mim.

Fechei a porta, porra tô sedento de sexo rir do meu comentário e balancei a cabeça rindo voltei ao meu quarto e sentei no sofá.

P.O.V Isabella Araújo.

Termino minhas consultas e saindo do Hospital e entrando no meu carro indo em direção a escola de Pietro, parei o carro esperando ele na Porta do colégio o mesmo vem correndo.

—— Bom dia amor da minha Vida —— Beijei seu rosto e botei ele na cadeirinha.

—— Bom dia mãe, vamos ao shopping —— Perguntou.

—— Vamos, depois vamos em um lugar especial —— Falei.

—— Eu estou com tanta preguiça —— Falou e eu rir quando lembrei da última vez que eu falei que iria a um lugar especial na verdade fui a igreja.

—— Hoje não vamos a igreja.

—— Nem falei nada.

—— Mas pensou.

—— Pensei nada, virou vidente mãe?

—— Virei.

Dei partida no carro o trânsito estava livre então chegamos rápido ao Shopping, estacionei o carro e tirei ele da cadeirinha e entramos fomos primeiro a Girafas pra almoçar.

Fiz o pedido e liguei pra Giovanna que também estava no shopping.

—— Cadê você.

—— No brega, gemendo e gozando.

—— Venha pra Girafas tou em frente.

—— Tá, tou indo.

Pego o meu pedido e entrego o prato a Pietro que pega a colher já botando tudo na boca, peguei a minha e botei na boca Giovanna chegou e se sentou.

—— Bom Dia meus amores —— Falou depositando um beijo em Pietro.

Ficamos lá conversando até umas horas e decidimos passear pelo shopping..

—— Olha mãe, um carro, compra pra mim —— Falou Pietro grudado no vidro.

—— Pietro, você tem sete anos, esse carro não cabe você, e eu não trouxe dinheiro.

—— Eu quero —— Bateu o Pé no chão —— Eu vou chorar, me jogar no chão se a senhora não comprar.

Cruzou os braços.

—— Eu não vou comprar, e se você chorar vai chorar com gosto porque eu vou bater.

Ele começou a berrar e se jogar no chão, eu nem sabia onde enfiar minha cara Giovanna se escondeu em uma loja de tamanha vergonha.

—— Pietro, eu vou contar de um até três —— Ele continuou se debatendo no chão, peguei meu salto e dei uma no braço dele que levantou.

—— Ai.

—— Se prepare, quando você chegar em casa o pau te acha. —— O fitei já planejando sua morte.

O Filho Do Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora