Desejo

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_Qual seu nome?

Quebro o silêncio.
Entre uma garfada e outra, sinto seus olhos azuis me observarem com cautela.

_William Sins.

_O meu é Fabíola Mors.

_Eu sei! - Olho pra ele pedindo uma explicação e seu olhar fica escuro.

_Cameron passa alguns dados de todas acompanhantes que trabalham para ela.

Acompanhante?
Oh meu Deus!
Ele acha que sou uma e que estou aqui porque quero o dinheiro? NÃO!
Abro a boca para contar tudo.
Que fui sequestrada, que sou inocente, que não quero isso e que...
As palavras ficam presas na garganta. Cameron surgem na minha mente lembrando que não posso fazer isso.

Termino de comer e sigo desanimada para meu quarto.
Como vou sair daqui?
Seguir minha vida?
Voltar pro Brasil?

_Hoje você irá dormir no outro quarto. - A comida embrulha no meu estômago.

Estou nervosa!
Putz! Muito nervosa.
O perfume masculino amadeirado invade minhas narinas me lembrando que estou no abatedouro.

A porta se fecha e com passos firmes, ele vem até mim.
O roupão vai de encontro ao chão. Seu olhar solta faíscas quando pousa sob meu corpo seminu.
Vergonha? Sim! Mas meu nervosismo é tanto que nem dou bola para isso.
Não sei o que esperar dele. Tenho medo dele fazer algo que eu não queira ou me machucar nesse momento.
Me sinto vulnerável.

Ele beija meu pescoço e alisa meu corpo.
Não consigo me sentir confortável. Droga! Estou mal.
Os movimentos param e ele me preocupado.

_É sua primeira vez? - Pela primeira vez, vejo em seus olhos preocupação comigo.

Me deu vontade em dizer que sim! Que era virgem e que ele devia ir devagar. Mas seria a maior mentira furada.

_Não, mas mesmo assim estou nervosa! - Confesso com receio.

Ele parece respirar aliviado. Suas mãos grandes voltam a agarrar meu corpo com vontade. Percorrem meus braços, alisando minha pele e me fazendo girar de costas pra ele.
Ele suspira!
O sutiã cai, deixando meus seios livres. As mãos descem e vão ao encontro da minha bunda que ficou enorme nessa calcinha minúscula.
Ele aperta com vontade.
Parece estar gostando muito disso, pois a anaconda acordada não para de cutucar minha bunda.
Depois dele apertar e desferir alguns tapas na minha bunda, me viro de frente querendo sentir seus lábios. Num impulso de beija-lo, ele me detém.

_Não beijo! - Corta meu impulso e se abaixa beijando meu pescoço.

Por que ele não beija?
Está com nojo de mim?
Fico intrigada, mas sua boca me tira dos pensamentos quando suga meu seio direito.
Oh Céus! Me seguro para controlar as emoções desse corpo traidor que está se deixando levar, por este pedaço de mal caminho.

_Deite no centro da cama.

Ainda nervosa e ao mesmo tempo excitada, sigo sua ordem.
Evito olhar em seus olhos.
Eles são duros e me deixam sem reação. Então olho para seu corpo. E diga-se de passagem, um belo corpo. Mas não consigo ver muito, afinal, ele ainda está vestido.
Ele anda até o closet e some do meu campo de visão. Fico apreensiva esperando ele retornar. E nesse momento minha mente fica um turbilhão de pensamentos.
Estou aqui nua à mercê dele. Até penso em sair correndo do quarto e fugir, mas como sairia daqui?
Ele retorna.
Em suas mãos, trás vendas e cordas.
Cordas?
Me sento na cama assustada.

_O que você vai fazer?

_Te amarrar. - Fala tranquilamente, como se fosse algo normal amarrar alguém.

A IntercambistaOnde histórias criam vida. Descubra agora