Capítulo quatro.

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Personagem Principal Maria

Confesso que eu odiava aquela nova "vida" eu preferia minha família unida como sempre foi, na minha casinha com meu paizinho. Minha mãe achava que por eu ter apenas seis anos, aquilo não ia me machucar, mas ela achou errado aquilo foi a pior das dores pra mim.

Me separar do meu paizinho, vê-lo acabado sem motivos pra viver. Mas eu tinha que pelo menos tentar engolir aquela nova vida. Aonde a gente morava era lindo, a escola era super perto e pequena pois era apenas para o fundamental 1.

Comecei a estudar lá, logo outras crianças fizeram amizade comigo, mas eu tinha duas melhores amigas. Ah como eu amava aquelas meninas se chamavam Victória e Verônica, Victória calma, doce e super-protetora, já Verônica, essa Verônica tinha seu jeito único de ser, dócil mas patricinha.

Na escola, elas me ajudavam a esquecer mais a dor de estar longe de meu pai amado e, em casa eu me divertia brincando, na maioria das vezes brigando com minha irmã mais nova, e minha mãe com seus cuidados.

A sogra da minha mãe é evangélica, e sempre que podia, falava de Jesus pra minha mãe e seu marido. Até que um dia, minha mãe aceitou a Jesus e passamos a ir à igreja. Lá tinha muitas crianças, mais socializar nunca foi o meu forte. Então elas me receberam muito bem e duas delas se apegaram mais a mim e eu gostei delas, depois de um certo tempo indo a igreja, eu já considerava-as minha melhores amigas Viviane e Micaele.

Eu era uma criança né, nada mais justo que tentar ter uma vida normal. Agora eu tinha minha cabeça totalmente ocupada. Mais todos os dias eu me esforçava pra não demonstrar a dor que carregava em meu peito. Eu amava demais meu pai, ele era tudo pra mim, e não vê-lo todos os dias como de costume era inaceitável.

Coisa demais pra uma criança de seis anos não é? Mas eu era mais forte do que pensava. Afinal ele não tinha morrido ou ido pra outro país, eu poderia ir vê-lo sempre que quisesse. Pois bem, coloquei isso na cabeça e como toda criança, eu me divertia com qualquer besteira. Tipo passar todo o dia correndo e admirando a mansão que nós fomos morar, sim lá minha mãe e o marido dela eram caseiros e a casa era enorme e muito linda. Aquilo era um castelo pra mim, mas por ser tão grande, parecia mais uma prisão eu não tinha pra onde sair, ficava meio que presa, mais por incrível que pareça, eu nunca me toquei disso.

Se eu pudesse voltar atrásOnde histórias criam vida. Descubra agora