Capítulo nove.

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Part. Claudia

Como será que anda minha menina a essa hora? Será que ela esta se comportando? Será que está dando trabalho? Naldo vai saber cuidar dela direito? São tantas perguntas sem respostas. O pior que ela é muito pequena e não tem celular pra eu poder ligar pra ela.

Eu poderia ligar pra Naldo, mas tenho medo que ele me diga coisas desagradáveis, pois ainda está muito chateado comigo. Será que um dia ele vai me perdoar? Eu espero que sim, afinal, temos duas filhas e vamos ter que manter contato. Isso ele não pode evitar.

Part. Naldo

Minha menina é uma criança amável, doce, adora viver. Esta sendo muito bom esses dias que eu estou passando com minha filha. Me tornei um novo homem, meu olhar agora é outro. Queria estar com minha outra filha, mas ela é muito pequena, ainda precisa do colo da mãe.

Maria já é diferente, ela é decidida sabe o que quer, apesar se ser criança, sua mentalidade é avançada demais pra idade dela, é madura demais pra uma criança. Isso é bom, significa que ela só erra uma vez porque aprende rápido com as dores e os erros.

Part. Maria

11:00 AM Hrs. Olho no relógio, corro pra casa tomar banho. Me arrumei, peguei a mochila e fui almoçar na casa da minha vó Hilda. Lara e Gerusa, minhas primas, estavam prontas também almoçando. Sentei na mesa pra comer, ai lembrei que meu pai sempre vinha almoçar em casa.

- Vó, meu pai vem almoçar em casa hoje?
- Vem, já era pra ele ter chegado - ela respondeu olhando pela janela.
- Tá. Vou esperar. Quero almoçar com meu pai.
- Não Maria você vai perder o escolar assim - Lara falou impaciente.
- É minha filha coma, seu pai almoça comigo - falou minha vó.
- Não, já disse que vou esperar meu pai. Vocês esqueceram que meu pai tem moto? Ele pode ir me deixar.

Não demorou muito até que meu pai chegou.

- O que esta acontecendo aqui? - meu pai perguntou tirando o capacete da cabeça.
- Maria não quer almoçar pra esperar o senhor tio, assim ela vai perder o escolar - falou Gerusa.
- Tudo bem meninas, podem ir. É o primeiro dia de aula dela, vou deixa-la - ele falou olhando pra mim.

Ele foi lavar as mãos se sentou e almoçamos, eu, meu pai e minha vó. Terminamos de almoçar, meu pai pegou minha mochila, deu um beijo na minha vó e fomos.

- Chegamos Maria - disse meu pai.
- Tudo bem pai - falei triste.
- Não fique assim pequena, vai dar tudo certo. Qualquer coisa suas primas estão ai.
- Tá. Bênção pai - falei dando a mão pra ele.
- Deus te abençoe filha. Agora vai.
- Tchau Pai.

Fui pra aula, me perdi no meio da escola pra variar, mais consegui achar. Foi normal, não posso dizer que foi boa porque eu não estava gostando nada. Como já falei, por mim, eu ficaria o tempo todo com meu pai. Na volta, eu tinha que voltar no escolar, mas não sei o que houve que não apareceu. Então eu e minhas primas voltamos a pé, junto com alguns alunos que iam pelo mesmo caminho.

Se eu pudesse voltar atrásOnde histórias criam vida. Descubra agora