O sequestro

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POV Ben (ou Isaac)

Ilha dos Perdidos

- Então, você mora aqui mesmo? – eu pergunto para Melanie. O lugar onde ela disse ser sua casa era uma espécie de apartamento. Era no último andar de um "prédio" enorme. Tivemos que subir uma enorme escada para chegar lá, quase tive um ataque de falta de ar no caminho!

- É que a minha mãe tem um lance esquisito com lugares alto. Ela adora! – ela me responde rindo e abre a porta da casa.

Até que era um lugar ajeitado. Não era lindo mas era ajeitado.

- Olha, eu ofereceria o meu quarto para você dormir mas a minha mãe teria um treco – ela começa – sabe, ela ainda me vê como "sua bebezinha". E toda vez que eu tento contestar, ela diz que ela sabe mais. Aff, não aguento mais isso.

- Então, onde eu vou ficar? – eu pergunto

- Serve o sofá? – ela diz apontando para o sofá velho e empoeirado

- Tanto faz – eu respondo – e onde está sua mãe?

Eu pergunto mas ela nem precisa responder pois nesse exato momento, uma mulher velha entra no lugar. Ela é daquele tipo de gente que não aceita a idade e fica querendo se achar linda. Ela estava com uma maquiagem fortíssima e com roupas super curtas. Seu cabelo, que claramente estava pintado, estava preso em um rabo de cavalo.

- Querida, você acredita que eu fui até a Ilha dos Condenados e minha flor da juventude não estava lá! Alguém a roubou! Agora vou ter que comprar outra tinta para o meu cabelo que já está ficando branco novamente – ela se lamenta mas quando me vê muda o rumo da conversa – nossa, Melanie. Quem é o seu amigo? – ela diz piscando para mim

- Mãe, se enxerga, por favor. E ele é o Isaac. Um amigo novo. Eu o encontrei no restaurante e ele está sem memória. Não lembrava nem seu nome. Então eu decidi oferecer nossa casa para ele passar um tempo – Melanie responde para a mãe

- Fez muito bem, minha filha – a mãe responde e se aproxima de mim – aceita ficar no meu quarto, gracinha?

- Não mas obrigada pela oferta. Acho que o sofá é uma opção melhor – eu digo rapidamente. Ela se aproxima mais e sussurra em meu ouvido

- Você não sabe o que está perdendo – ela diz e sai rindo pelo corredor

- Desculpe por isso. Ela está bêbeda. Quase sempre está. – Melanie diz cabisbaixa

- Tudo bem, não tem problema – eu digo – mas sabe, se ela fosse tipo uns 40 anos mais jovem, até que eu a pegaria.

- Que horror! Ela é minha mãe! – Melanie diz rindo e rio também – a propósito, eu não gosto muito do meu nome, Melanie. Acho ele muito esquisito. Me chama de Mel.

- Ok – eu digo

- Má noite que você tenha sonhos maléficos. Divirta-se com seu sofá – ela diz e vai embora

Aquele jeito que ela pediu para eu chamá-la "Mel", não me é estranho. Acho que já ouvi um nome parecido em algum lugar. E aquilo que ela me disse "sonhos maléficos", também é familiar para mim. Será que ainda tem um pouco da minha memória?

Não. Deve ser só fruto da minha imaginação.

POV Heitor

Auradon

- Onde você estava? – eu pergunto da minha prima assim que ela chega em casa.

- Eu te disse. Fui tomar um ar e passear por Auradon – ela responde

- Você está mentindo para mim. Eu vou te dar mais uma chance. Onde você estava?

- Eu estava passeando por Auradon

- Se você não quer me contar, tudo bem. Mas saiba que eu já sei toda a verdade – eu digo e vou para o meu quarto, deixando-a sozinha no corredor.

Começo a planejar o meu plano o qual eu o executei quase corretamente.

Quando anoiteceu, esperei todos da casa dormirem e então fui, de carro, ao lugar onde segui Lucy hoje de manhã. Vi que as luzes estava todas apagadas e decido entrar em ação.

Escalo pela parede de fora e observo por todas as janelas até encontrar uma em que vi uma garota dormindo. É nesse janela que eu entro.

Só que quando eu invado o quarto silenciosamente, percebo que tinham duas meninas dormindo naquele quarto (N/A: só para constar, tinham duas camas no quarto). Os cobertores estavam cobrindo suas cabeças então eu não sabia qual era a filha da Mal e do Ben. E agora, o que eu faço?

Eu decido ir pelo caminho mais fácil: o mamãe mandou.

Ma-mãe man-dou eu es-co-lher es-se da-qui. Mas co-mo eu sou tei-mo-so eu vou es-co-lher es-se da-qui.

Acabo escolhendo a menina da esquerda. Faço nela um movimento que aprendi no kung fu, que faz a pessoa desmaiar na hora. A enrolo no mesmo lençol que ela estava coberta e a carrego até fora da casa e a prendo no porta malas do meu carro (N/A: zente, esse Heitor é ninja)

Eu a levo até o lugar onde a minha mãe havia prendido os pais deles durante a execução de Ben.

Jogo o corpo dela, ainda coberto, em um canto e escrevo uma cartinha

"Se quiserem a princesa de volta, precisam me dar a poção.

-H"

Volto na casa dela e coloco o bilhete na frente da porta. Depois, volto para o lugar abandonado onde eu havia prendido a menina.

Até agora, o meu plano estava sendo executado perfeitamente. Porém, eu fui abrir o coberto e percebo que a menina que estava lá, não era a filha da Mal e do Ben. Eu dou um tapa em seu rosto e ela acorda. Ela fica assustada e tenta correr mas eu a seguro e a prendo em uma cadeira.

- Quem é você? – ela grita – espera um pouco, não é a filha da Uma?

- Sim, sou eu. Você é a filha da Mal e do Ben?

- Não! Meus pais são Evie e Doug

Droga! Como eu posso ser tão incompetente ao ponto de seqüestrar a pessoa errada

- Me solta! AGORA! –a menina grita

- NÃO! – eu grito de volta – olha, não importa quem eu seqüestrei. Eu vou conseguir o que eu quero!

- Do que você está falando, garoto?

- Não te interessa! – eu falo irritado

- O que eu te fiz?

- Eu não ia te seqüestrar. Queria a outra

- A Chloe?

- Sei lá, não sei nome dela

- E quando você vai me soltar?

- Quando seus pais me derem o que eu quero.

Descendentes: A Vingança De UmaOnde histórias criam vida. Descubra agora