"Ele vai conhecer o nosso lado malvado"

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POV Lucy

Fui até a casada tia Uma para tentar encontrar Heitor, no entanto, chegando lá, ela me informa que ele não aparece em casa desde da noite passada

- Ele sabe se virar - ela responde quando eu pergunto se ela não estava preocupada.

Estava voltando para a casa de Evie para informar que não havia conseguido nada. No caminho, fico imaginando onde meu primo poderia estar mas não consigo pensar em nada.

Me aproximando da casa de Evie, acabo trombando com uma pessoa. Ao levantar minha cabeça para ver quem era, vi que era alguém bem conhecido.

- O que você está fazendo aqui, Heitor? - eu pergunto

- Eu? - ele se faz de desentendido

- Tem outro Heitor por aqui?

- Não precisa ser grossa, prima. Eu só estava passando e parei para observar essa linda casa

- Ela é bem bonita mesmo

- Legal agora eu já vou, tchau Lucy

- Negativo. Você vai me explicar porque você sequestrou a Sofia e onde ela está

- Não sei do que você está falando

- Não se faça de sonso. Eu sei que foi você que a sequestrou e deixou aquele bilhete na porta e provavelmente esse papel que está na sua mão agora é outro bilhete

- Você está louca

- Então me deixa ver esse papel

- Não!

- Me fala logo, Heitor! Eles não merecem sofrer, deixe a Sofia em paz

- Eu também não mereço sofrer, Lucy! Seus pais nunca te pressionaram para ser malvada mas os meus sim. Eu tenho que mostrar para eles que eu sei fazer mais do que partir corações.

- Você não tem que provar nada a ninguém. Se você quiser ser bom...

- EU NÃO SOU BOM! Eu sou um vilão e não vou libertar a princesinha até que vocês me deem a poção

- Mas nós não temos a poção. Freddie a destruiu

- Se virem - ele diz, vai até a porta da casa, deixa o papel que segurava lá, aperta a campainha e sai correndo. Eu tento alcançá-lo mas não consigo.

Evie abre a porta desesperada e abre o bilhete. Eu corro de volta para a casa de Evie e lhe dou um abraço. Ela estava chorando. Eu peço para ler o bilhete e ela me dá.

"Estou com a sua filha.

Não quero machucá-la

Mas eu preciso da poção

-H."

- Você falou com ele? - ela me pergunta com um tom de voz tão triste que faz meu coração partir

- Sim, Evie

- E?

- Ele disse que só vai libertá-la com a poção - eu digo e ela volta a chorar - Nós vamos dar um jeito, Evie

- Que jeito, Lucy? Que jeito?

- Calma, Evie. Vamos entrar - eu digo e a levo para dentro de casa onde todos ainda estavam.

- O que houve, meu amor? - Doug pergunta quando vê a esposa chorando

- Outra carta dele - ela diz entregando o bilhete ao amado o qual lê rapidamente e vai passando para os outros

- O que a gente vai fazer? - Adam pergunta

- Não sei vocês. Mas eu acho que esse garoto se meteu com a família errada - Evie começa - eu sou boa agora mas não me esqueci que vim da Ilha. Se ele não devolver minha filha, ele vai conhecer o meu lado malvado

- Não, Evie - Jay começa a dizer - vai conhecer o nosso lado malvado. Não é pessoal? - ele pergunta aos outros VK's que assentem e Evie dirige um sorriso para todos

- Podem contar comigo para o que precisar também, Evie e Doug - Jane oferece

- Comigo também - Lonnie diz

- Nós também - Adam, Emma e Josh falam juntos

- Ela é minha melhor amiga, nunca a deixaria na mão. Estou aqui para o que precisar, tios - Chloe diz e de repente, todos começam a olhar para mim

- Eu adoro a Sofia. Mas Heitor faz parte da minha família. Eu ainda acho que dá para resolver isso conversando com ele. Eu tenho certeza que ele voltará para casa hoje. Eu falo com ele e se, somente se, ele recusar novamente, nós atacamos - eu digo

- Ninguém falou nada sobre atacar, querida - Evie começa - eu não sou muito fã da violência

- Mas vocês disseram que ele conhecer o lado malvado e tals - eu digo confusa

- Lucy, já diria minha amiga Mal Bertha, "There's so many ways to be wicked" (N/A: tradução: existem muitas maneiras de ser malvado)

~*~

POV Heitor

Fico pensando em tudo que Lucy me disse. E se eu não quiser ser malvado? E se eu só estiver fazendo isso para chamar a atenção dos meus pais? E se eu quiser ser bom?

Essas perguntas invadiram minha cabeça e não quiseram mais sair. Isso me perturbou tanto, que eu decidi voltar para casa para ter uma boa noite de sono e amanhã acordar sem toda essa confusão na minha mente.

Chegando em casa, mamãe é a primeira a me "cumprimentar"

- Onde você estava? Por que passou o dia inteiro fora?

- Você se importa? - eu falo com ignorância

- Não muito, só quero saber se você está bem

- Estou, mãe. Agora eu vou comer alguma coisa e dormir, tá? Estou tão cansado

- Tá bom. A Lucy passou o dia te procurando

- Eu sei - eu digo e ia saindo mas lembrei de uma coisa que queria perguntar para a mamãe - Mãe, se eu decidisse ser bom, o que é só uma suposição, uma hipótese, algo bem difícil de acontecer, você e o papai ainda me amariam?

Ela começa a gargalhar

- Querido, se você virasse bom, você seria renegado dessa família - ela continua rindo mas de repente fica séria - você não está pensando em se converter não, não é?

- Claro que não, mãe. Foi só uma perguntinha básica

- Acho bom - ela diz e eu saio de lá e no caminho para o meu quarto, encontro alguém que eu não queria encontrar

- Pode sair da minha frente, por favor, Lucy? - eu pergunto

- Precisamos conversar. Agora!

Descendentes: A Vingança De UmaOnde histórias criam vida. Descubra agora