PASSOS LENTOS

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Esse capítulo foi tão gostoso de escrever... Eu amei escrevê-lo. Espero que gostem.

E não esqueçam de avisar em caso de erros.

Aproveitem.

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Apartamento - 08 de Fevereiro, 20:00


Um mês havia se passado desde aquele episódio no estacionamento. Eu e o Lucas não podíamos estar mais ligado um ao outro. Nossa amizade cresceu bastante. Mas obvio que teve aquele drama leve.

* Flashback on *

SIGRE Construção - 20 de Janeiro, 14:00

Hoje o dia na empresa foi tranquilo. Só tive que assinar alguns documentos e rever uns contratos. Estava me preparando pra sair, quando alguém entra na minha sala. Era o Lucas.

- Algum problema? - Perguntei enquanto ele se sentava na cadeira à minha frente. Ele não respondeu, apenas ficou me encarando. - Alô, alguém aí? - Tornei a perguntar, dessa vez, estalando os dedos na sua frente.

- Por que você age como se não tivesse rolando nada entre nós? - Foi direto. Sentei em minha cadeira e o encarei.

- Porque não está? -

- Então porquê me beijou? - Suspirei

- Onde você quer chegar com isso, Lucas?

- Eu so quero saber se você está nessa comigo ou eu estou me iludindo. - Falou tranquilo. Levantei da minha cadeira e dei a volta na mesa indo em direção da poltrona que ficava perto da sua cadeira.

- Olha, eu gosto de você. Você é legal, atencioso, gentil e isso chamou minha atenção. - Falei pegando em suas mãos. - Mas eu não quero me envolver com alguém. - Fui direta. Eu não queria me envolver com ele, porque um: Eu acabei de sair de um relacionamento. Dois: Eu ainda nutria sentimentos pelo André. Foram 3 anos de relacionamento. Isso não passa assim. - Eu não quero que você se afaste de mim. Eu aprecio muito sua amizade. - Sorri acariciando sua mão.

- Tudo bem, eu posso viver com isso. - Sorriu levantando e me levando junto me abraçando.

- Desculpa por não corresponder às suas expectativas. - Falei ainda no abraço. Ele se afastou de mim e me olhou.

- Não tem que se desculpar, está tudo bem. De verdade. - Beijou minha bochecha e se foi.

* Flashback off *

Depois disso, as mensagens viraram ligações, as horas extras viraram uns drinks no bar proximo à empresa, e suas iniciativas de me deixar em casa, vivaram convites para entrar.

Já estávamos no nível dele vim no meu apartamento pra assistirmos um filme ou fazermos maratonas de alguma série.  Eu ir até o seu para experimentar novas receitas que ele estava testando ou só pra ouvi-lo  tocar e cantar.

Nesse meio tempo, descobri que ele veio do Pará ainda novo, tentar a sorte aqui em SP. Onde estudou e se formou. Conheceu meu pai em uma das obras que liderava. Meu pai gostou tanto dele, que resolveu contratá-lo para ser o engenheiro da nossa empresa.

Descobri também que ele dedica dois sábados do mês para tocar e cantar para criancinhas com cancer nos hospitais pediatricos daqui de SP. Aquilo me deixou super feliz. Eu não esperava menos dele. Ele é realmente incrível.

Jovem, Burra & Quebrada.Onde histórias criam vida. Descubra agora