FORAS DA LEI. PART. 1/2

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* Flashback on *


Alto da Sé, Olinda - 16 de Junho de 2012, 23:30


- Você tem que experimentar esse capetinha, sério. - Falei enquanto levava o copo até sua boca.

Ontem, Sexta-Feira, Eu e André comemoramos 1 ano de namoro. Ele me trouxe pra passar o final de semana em Recife para comemorarmos o nosso aniversário e explorar a cidade. Nossos planos era turistar em Recife e Olinda.

André é nascido e criado aqui em Recife, mas faz 2 anos que se mudou para o Rio de Janeiro, onde abriu uma academia de Artes Maciais. Ele ensina todo tipo de luta.

Essa ideia que ele teve de me trazer aqui, foi uma das melhores. Conheci vários lugares como:  Marco Zero, Mercado São José e o Parque Dona Lindu. Sem falar da sua família. Conheci sua mãe e seus dois irmãos. Eles me receberam super bem. Nossa ultima parada foi o Alto da Sé, onde estamos agora.

Aqui tem várias Lojinhas de artesanato e antiguidades. Comprei várias coisas legais. Mas o que gostei mesmo, foi da vista daqui. É uma das vistas mais bonitas que já vi. Dá pra ver Olinda praticamente toda.

- É bom mesmo. Eu ainda não tinha experimentado ele. - Falou André enquanto tomava mais um gole. - Amor, chega de beber por hoje, né?

- Ah, qual é. Vamos aproveitar. - Falei dando mais um gole no meu Capetinha. - Esse lugar é bom demais. Não quero mais ir embora daqui. - Ele riu tirando o copo da minha mão e me puxando pra dançar. Estávamos numa espécie de bar e escola de samba, cujo o nome é "Preto Velho". Um pagode rolava.

- Obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo. - Falou de repente me abraçando. Eu não tive outra reação à não ser abraçá-lo de volta. - Obrigado. De verdade. - Falou em meu ouvido.

- Não tem que agradecer, é um prazer fazer de você o homem mais feliz desse mundo. - Ele riu me beijando.

Eu estava completamente apaixonada por esse Homem.

...

Quando deu 03h da manhã, resolvemos ir embora. Subimos em sua moto e descemos as ladeiras de Olinda.

Quando paramos no sinal fechado, perto da orla, uma moto  se aproximou da nossa. O homem estava sozinho. Ele nos encarou e ficou acelerando a mesma.

Eu sabia o que aquilo significava. Já fui em muitos rachas.

- Amor, faz esse cara comer poeira. - Falei enquanto agarrava sua cintura.

- Quê? Você ta louca? A gente nem deveria estar em cima dessa moto, Camila. - Revirei os olhos. As vezes ele é certinho demais.

- Para de ser frouxo e acelera a porra dessa moto. - Assim que falei isso, o sinal abriu. A moto do nosso lado deu partida e André continuou parado. - ACELERA ESSA PORRA, ANDRÉ.

E ele acelerou.

O cara da outra moto, estava numa vantagem boa. Eu não iria perder isso nem fodendo. A pista estava praticamente vazia, o que facilitou.

-UHUULL, ACELERA, AMOR, ACELERA. - Falei gritando e ele o fez. Em menos de 1 minuto, passamos o cara da outra moto. - CHUPA, PORRA. AQUI NÃO. - Gritei rindo. Eu nunca mais tinha experimentado essa sensação de adrenalina. Nem lembro a ultima vez que andei acima de 140 km/h.

Nossa moto só parou quando chegamos em um semáforo fechado. A moto do outro cara que estava correndo contra a gente, parou ao nosso lado. Ele estendeu a mão em um cumprimento. André o apertou e fez um movimento possitivo com a cabeça. Quando o sinal abriu, cada um seguiu um caminho.

Jovem, Burra & Quebrada.Onde histórias criam vida. Descubra agora