Jovem, Burra & Quebrada.

MAIS QUE UM MERO POEMA

Esse capitulo é um turbilhão de sentimentos. Eu não sei nem o que falar. Só leiam e aproveitem.

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São Paulo, SP - 30 de Abril, 20:00

Hoje em dia existem muitas mães solteiras. Desde as que são por opção, até aquelas que não optaram por isso.

E eu fui uma delas.

Existem mães que sofrem com essa situação, por não saber como vai ser criar e sustentar uma criança sozinha e sem nenhum tipo de conhecimento no assunto. Muitas mulheres não tem idéia do que seja isso. Do que é ser mãe. Elas apenas idealiza o tipo de mãe que quer ser. E nas suas idealizações, o pai sempre está presente. É aí que elas se vêem sem saída. Tem que dar a cara tapa e entrar nisso sem nem pensar em como. Não tem tempo pra isso. Você simplemente não tem tempo e nem escolha. O pequeno ser já está ali, esperando só a hora de poder vir ao mundo.

Mas sabe o que conforta? Saber que tem pessoas maravilhosas ao seu lado pra lhe ajudar. Que te dá todo o suporte e o medo, acaba virando um tipo de motivação. Você só levanta a cabeça e vai a luta visando apenas a vitoria.

* Flashback on *

Eu estava feliz, sabe? Feliz porque finalmente iria contar para o André que ele iria ser pai. Eu pensei muito sobre dar ou não a noticia sobre o bebê. Pensei bastante porque eu não queria me magoar nisso tudo

Pena que querer não é poder.

Depois de passar em minha cabeça os pros e os contras sobre dar essa noticia, eu resolvi que iria sim contar. E seria pelo telefone mesmo. Porque...

Um: Ele estava do outro lado da Ámerica

Dois: Se eu fosse esperar ele voltar, iria demorar 3 anos pra isso.

Três: Não queria problemas por ele pensar que eu havia escondido a criança dele.

Peguei o telefone, sorrindo e disquei o numero que a Aless havia me passado. Chamou uma, duas, três, quatro... Até que a voz se fez presente.

- Alô - Essa voz sempre iria me transmitir sensações inexplicáveis - Alô? - Tornou a falar. Só então me dei conta que estava calada

- Oi, André. Sou eu, Camila - Disse timida

- O que você quer? - Perguntou de forma rude - O que você quer comigo, Camila?

Sua voz áspera me fez estremecer. Ele nunca tinha falado assim comigo. Aquilo foi como um choque.

- Eu só queria conversar com você - Falei baixinho e do outro lado uma risada era que se escutava

- Faça-me o favor, Camila - Sua voz era puro deboche - Eu estou bem, sabia? Eu estou vivendo minha vida, provando novas experiências... Eu estou bem.

- Eu só quero te contar uma coisa

- EU NÃO QUERO SABER O QUE VOCÊ TEM PRA ME CONTAR - Gritou do outro lado - Eu não quero saber de mais nada que venha de você. Esquece que eu existo, finge que eu morri. Eu só te peço isso. ME ESQUECE. Será que é dificil?