Capítulo 15 - parte 2

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Cheguei!!!! Quase que não saia!! Meu note bugou. Consegui um emprestado. Minha net caiu desde ontem por causa da chuva e só pude vir agora. Espero que gostem.

Apreciem a leitura




ROBERTO

Eu não posso quebrar minha palavra. Eu prometi que assim faria se ela me pedisse. Eu só não contava com esse pedido. Eu nunca precisei forçar uma mulher a nada e não será essa a primeira vez.

Fracassado é assim que me sinto por não ter conseguido falar o que deveria. Como posso ser dono de tantos argumentos nos tribunais e com essa mulher me deixar intimidar? Eu não posso aceitar que ela tenha razão não sem antes me ouvir. Que culpa tenho que ela me trocou com o Rodrigo? Disso não posso levar a culpa.

No fundo tinha esperança de que ela ficasse curiosa em saber que não era eu quando já na porta prestes a sair me apeguei a revelar que era o Rodrigo e não eu naquele fático dia pensei que iria querer que me explicasse. Mas isso não aconteceu. Idiota!

Agora preciso ir embora e nem ao menos sei o endereço daqui. Poderia pedir um táxi ou chamar um "uber". Não sei como sair desse lugar. Olhei pelas janelas e a noite estava quase a cair.

Vou em direção à cozinha a Carmem pode me ajudar me passando o endereço. Melhorei minha cara de derrota e simulei um sorriso.

- Carmem, você poderia me passar o endereço daqui? – entrei já perguntando.

- Claro – respondeu rapidamente, mas me observava atentamente – tenha paciência com a Rê. Ela é muito explosiva e diria que o pouco precipitada...

- Tudo bem. Estou apenas cumprindo minha palavra. Esse era o nosso combinado. – falei para acalmar a mulher. – talvez eu mereça isso. Eu cometi muitos erros e devo já está pagando por eles.

- Ela precisa de alguém que lhe transmita segurança, que esteja sempre ao seu lado. – olhou bem fundo dos meus olhos. Ela parecia ler minha alma – e quanto a você talvez venha pagar por seus erros, mas é não agora que começará a ser cobrado.

Aquela mulher era uma estranha, mas parecia saber do que estava falando.

- Dê tempo ao tempo – deu batidinhas no meu rosto – eu conheço essa menina. Daqui a pouco ela se arrepende e ...

- CARMEM! – ouvi de longe seu grito.

- Não falei?! – estava admirado.

- CARMEM! – agora sua voz vinha acompanhada do som dos seus sapatos vindo em nossa direção. Meu coração que parecia ter ganhado mais vida ao ouvir sua voz novamente.

- O que foi menina? Que desespero! – a Carmem parecia se divertir.

- Nada – ela tinha os olhos em mim e pude ver a preocupação se transformar em alívio – estava procurando o Roberto.

- Então se era só isso estou indo ver meu velho. – e saiu nos deixando a sós.

- Que bom que você ainda não tinha saído!

- Estava tentando pegar o endereço daqui e pedir um táxi. – respondi. Tinha vontade de agarra-la e enche-la de beijos, mas esperei ver sua atitude.

- Me explica melhor essa história – como era ela é linda. Estava ainda mais nervoso. Não podia deixar tudo se atropelar e tudo dar em nada de novo.

- Primeiro quero que fique bastante claro que não te cobrei nada lá dentro. Você era solteira, livre e desimpedida poderia fazer qualquer coisa.

- Como assim era solteira? Ainda sou solteira. – ela me sorriu desafiando.

- No que depender de mim, não será mais. E já era para ser minha desde aquela noite.

- Ainda não consigo entender como fui trocar vocês. Não era você?! Eu sempre ajudava os demais a diferencia-los. O sinal – apontou para meu pescoço – você não tem.

- Não. – sorri - Não no pescoço. Você ainda vai ver onde é. Mas agora você precisa entender que no início era eu, mas no fim da noite você saiu da sala e fui te procurar, queria falar dos meus sentimentos por você, mas foi nesse momento que vi se declarando para o Rodrigo e depois o beijando. Fiquei arrasado. Eu não podia entende? Não podia me meter mais uma vez num relacionamento do Rodrigo.

- Como assim de novo? Você já o traiu?

- Não, não com intenção. Ele tinha uma namorada que não sabia que éramos gêmeos e quando me viu no clube veio em cima de mim e eu não sabia dela. Eu... eu transei com ela e ele nos flagrou. Foi o pior momento da minha vida. Brigamos muito sério e passamos muito tempo separados, não nos falávamos mais. Eu sofri muito e quando finalmente, depois de meses sem nos falar, fizemos um pacto de um não se intrometer na vida amorosa do outro.

- E você achou que nós tínhamos um caso? –afirmei com a cabeça – era por isso que você me evitava? – se aproximou mais de mim.

- Sim. Eu não podia cobrar nada. Nem de você e nem dele. Eu não tinha o direito. Foi por isso que quando ele nos viu na sua sala fui correndo falar com ele, mas ele me ignorou.

- Aquilo doeu muito, sabia?

- Eu reconheço que sim, mas não sabia do seu sentimento por mim. E tive medo. Medo de perder meu irmão.

- Nesse momento eu deveria ter te exigido explicações, mas ... mas quando estou perto de você...

- Não sabe como agir. Eu entendo. Eu também fico assim. As palavras fogem e... – ela envolveu meu pescoço.

- E eu quero muito essa boca fazendo outra coisa além de falar. – Seu hálito quente estava me embriagando, me envolvendo.

- Eu ainda tenho algo para... – deu-me um selinho.

- Depois. Agora – outro selinho – eu quero recuperar o tempo perdido. – minhas mãos envolveram sua cintura.

Nossos lábios se fundiram. Sentia-me mais vivo que nunca. Seus beijos me seduziam, dominavam e a cada segundo que passava mais queria sentir seu corpo. Minhas mãos tinham vida própria. O controle já não existia mais.

Separamos nossos lábios para respiramos melhor. Nossas testas unidas. Olhar dentro do outro.

- Vamos para o quatro – falamos juntos.



Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo... que será?... quando gente?

Não era você?!Onde histórias criam vida. Descubra agora