Capítulo 18

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Voltei!!! Ah, finalmente não é?

Nessas duas semanas passadas pensei numa mulher que não teve tempo e nem inspiração para escrever. Primeiro porque foi semana de prova e tive muitas para corrigir e segundo ando me sentindo muito depressiva e com lembranças do meu paizinho que morreu e nesses dias ano passado lutava com ele nos hospitais, não consigo parar de pensar nisso. 

Mas vamos deixar de lamurias. Estou de volta e com mais um cpt e como o livro trata dos dois irmãos um pouco do Rodrigo e da Milena.





RODRIGO

Quem em pleno carnaval deixa a dispensa e a geladeira quase a zero? Eu! Só poderia ser eu. Hoje, segunda-feira da festa que mais movimenta os brasileiros, estou prestes a enfrentar as ruas com blocos e o trânsito modificado e complicado. Sem falar nos funcionários mal-humorados que preferiam ter ido à folia. Porém tenho que enfrentar tudo isso  para ter o que comer em casa. Até porque não dá para fazer as todas as refeições em restaurantes.

Fui a um grande supermercado, pois os riscos de encontra-lo fechado é mínimo. Dona Rute se orgulharia de mim nesse momento. Eu um homem cumprindo minhas obrigações de dono de casa e confesso que gosto de fazer compras, de escolher meus próprios produtos.

Passava pela seção de frutas quando a vi passar. Linda, vestido leve, florido totalmente diferente do visual do seu trabalho. De longe parecia a mulher mais meiga e gentil. Gostei de ver seu estilo fora da delegacia onde tem que mostrar firmeza. Agora não sei dizer qual das versões gostei mais.

- Bom dia, bela dama – cumprimentei-a. Ao me aproximar seu perfume me envolveu. Era muito bom, mas parecia ter um cheiro a mais que me prendia e me atraia.

- Bom dia – respondeu sorrindo. Um sorriso claro, aberto... genuíno.

Será possível me apaixonar por uma pessoa assim? De repente.

Acho que sim por qual motivo eu estaria me sentindo tão bem em sua presença? Não sei o que ela acharia se confessasse meu deslumbre por ela, mas sei que quero saber mais desse sentimento que está tomando meus pensamentos.

- Coincidência nos encontrarmos. Em poucos dias os reencontramos. - Parece coisa do destino. Quis acrescentar, porém me contive.

- Em situações muito difíceis para você, diga-se de passagem.

- Concordo, mas elas me apresentaram a você. Então não foram de tão ruins.

- Vejo que está mais falante hoje, mas tenho que ir – falou tentando fugir de mim.

- Não – segurei seu braço. Aquela pele macia parecia me ar um choque – espera. Eu gostei de você. Quero muito te ver novamente. Quem sabe um passeio ou um jantar?

- Não estou interessada em sair com ninguém. – falou seca. Eita mulher difícil!

- Mas eu não sou ninguém. Você sabe quem eu sou. Me conhece. És uma bela dama e me encantei por você. – confessei e que se dane se ela me achar um louco. Não sou mesmo de guardar sentimentos.

- Você deve dizer isso a todas que encontra – tentou soltar o braço. Mas eu não queria. Estranhamente não queria deixar de sentir a maciez da sua pele.

- Não me julgues assim. Não sou nenhum mal caráter. Sou um bom moço e criado por dona Rute para saber tratar bem uma mulher.

- Desculpa. Não duvido que sua mãe tenha lhe ensinado e isso não significa que você aprendeu. Agora dá para soltar meu braço! – falou as últimas palavras mais alto para quem começou a falar tão mansa.

Não era você?!Onde histórias criam vida. Descubra agora