Capítulo 28

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Como havia prometido no grupo do zap mais um cpt com muito carinho. Espero que gostem! A partir deste uma sequência que culminará todos os segredos dos dois. Preparem os corações. Aproveito o ensejo para fazer um enquete: Qual deve ser a reação da Rê ao descobrir a possível "paternidade" do filho da Fernanda? 

REGINA

Ouço o som da campainha e busco meu relógio jogado no centro de mesa da sala. Quando cheguei sai tirando tudo e jogando em qualquer lugar. Queria me lavar e tirar todo aquele ódio que sentia da vadia ruiva. Tomei um banho mas não tive tempo de me vestir, pois a campainha não para de tocar. E o pior ele ficou lá! Que raiva estava sentindo dele. Enrolei-me numa toalha e fui ver quem era. Vou até a central de câmeras e observo quem é o visitante. Roberto.

Confesso que meu coração disparou. Ainda podia sentir o ódio e o ciúme percorrido minhas veias como quando estava na frente dos dois na sala do seu apartamento. Era para ele ter vindo atrás de mim já que sou tão importante para ele. Mas o que ele fez? Ficou lá! Agora vem até aqui?

O som irrompe meus tímpanos novamente e volto a realidade. Eu poderia fingir que não estou em casa e deixa-lo desistir, mas ele está descalço?! Como assim descalço? Deve está muito quente lá fora há essa hora.

- Ai, meu Jesus Cristinho o que eu faço? Abro ou não abro.

Fico olhando-o mais um pouco e ele parece ansioso observa a câmera em sua frente com cara de cachorro que caiu da mudança. Eu não deveria ser tão volátil a ele. O Roberto vai até a calçada com as mãos no bolso, vagueia por lá e parece está disposto a me esperar abrir ou chegar. Meu dedo está no interruptor repousando à espera da minha decisão. Um lado meu quer abrir o portão e literalmente me abrir para ele e outro medroso tem receio de se magoar ainda mais nessa história.

- Regina Alcantara você nunca foi de se intimidar com nada. Pelo menos ouça que o fez a vir até aqui. Não era isso que queria? Que ele viesse atrás de você? Aí...

Vamos saber porque ele demorou tanto e me deixou chegar até em casa?

Pressionei o botão e o portão elétrico se abriu. Vejo seu sorriso também se abrir. Ele trava o carro e percorre a distância até a porta principal correndo.

Vou até a porta ao mesmo tempo que ele termina os poucos degraus.

- Oi...

- Oi, Roberto – tentei ser o mais fria possível. Ainda estou com raiva dele.

Ele me conferiu com os olhos e sorriu.

- Eu diria que você está muito sexy, mas acho que você não quer ouvir isso.

- É para eu agradecer o elogio?

- Não, mas gosto quando fica zangada.

- Veio fazer o que aqui? Testar minha paciência?

- Calma. Não vai me convidar para entrar?

- Depende do que veio fazer aqui. Fala logo que estou ocupada. – cruzei os braços.

- Você não sabe como corri para encontrar você – puxo-me num abraço, mas não descruzei meus braços. – você é bem veloz!

- Não sou veloz coisa nenhuma. Você que preferiu atender sua visita – sai do seu abraço e lhe dei as costas entrando em casa, pois estava nua enrolada numa toalha.

- É sim! Não sabe o quanto corri para te encontrar. Foi só tempo de colocar uma roupa – analiso-o – e nem me preocupei com sapato. Meus pés estão fritando.

-Por que você entrou? Eu te convidei?

Virei para empurra-lo e ele me tomou os lábios. Aqueles lábios quentes, viciantes. E logo estava cedendo a atração que o ímã dele exerce sobre mim.

- Perdoa-me – falou logo após o beijo – perdão. Eu juro que não sabia que ela iria lá em casa e muito menos fiquei lá fazendo sala. Vim correndo te ver. Eu só quero você. Só você – deu-me um selinho.

- Disso eu duvido. Vou sempre ter que lidar com alguma mulher do seu passado? Não sei se quero isso para mim.

- Bobinha. Fico feliz que sinta ciúmes, mas você está entendendo errado. E também não vou permitir que qualquer mulher te ofenda ou te destrate.

- Entendendo errado? – sai de suas mãos – eu não sou burra. Aquela mulher te quer se é nunca te teve.

- Calma, Regina. – pediu tentando me abraçar novamente, mas fugi.

- Então, explica! Por que não quero me machucar mais do que já me machuquei. – já estava falando mais alto que deveria.

- Primeiro, você está certa. Eu e a Kelly já fomos muito íntimos, mas nunca tivemos ou temos um relacionamento – ouvi o nome dela me fez aumentar ainda mais a raiva – e antes de mais nada nunca significou nada para mim. Éramos apenas dois adultos, ou mais, mas tudo em comum acordo em busca de prazer.

- Safado! – esta conversa estava apenas aumentando a minha raiva – como você tem coragem de me confessar isso?

- Réu confesso. – ergueu as mãos – mas tudo isso foi antes de ficar com você, aliás, esse foi um dos motivos de não ter investido na atração que senti quando te conheci. Eu sempre fui criado para ser um bom rapaz, era muito polido e educado. Não estou recriminando mamãe, mas me sentia preso em meus próprios sentimentos. Eu queria ser feroz e não recatado. E quando descobrir que podia ser o que realmente desejava no sexo adentrei cada vez mais nesse mundo do prazer. E sim a Kelly foi uma das pessoas que conheci nessa época e com quem compartilhei muita coisa no passado. Mas só isso – pegou nas laterais do meu rosto – é você é que é meu presente e quero um futuro com você.

- Mas preferiu ficar com sua "amiguinha" lá – acusei – ela é apaixonada por você e quer me tirar você.

- Não é nada disso. A Kelly nunca sentiu nada por mim. Muito pelo contrário. Ela sempre arrumou...

- Arrumou o quê?

- Nada. Esquece.

- Nada, não! Começou agora conta tudo. Não quero que ela tenha ainda mais vantagens sobre você.

- Ela... pense que isso foi no passado. Nada disso faz sentindo para mim agora, no presente...

- Fala logo! – ouvi minha voz sair mais alta.

- Ela encontrava algumas mulheres para dividir comigo, ou melhor, algumas vezes transava com as duas. – falou com medo da minha reação.

- Legal – andei para longe dele – é daí que vem seu apelido – não tinha dimensão de como as coisas aconteciam – meu Deus onde foi que me meti? – foi um pergunta retórica.

- Você me pediu a verdade e estou sendo sincero. É tudo que quero ser sincero, mas não quero te perder.

Meu Deus como quero ficar com esse homem. Eu não quero me magoar. Mas qual seria o martírio pior: sofrer por não tê-lo ou sofrer pelo seu passado? Será que é passado mesmo?

- Você está sendo sincero? Eu não quero me magoar. Gosto de sinceridade e verdade. Para conviver com alguém eu preciso confiar. Eu preciso me senti segura.

- Eu não pareço confiável? – me puxou para seus braços novamente – eu não pareço forte para você?

- Não é disso que estou falando. – alertei para o caso dele não ter entendido.

- Eu sei e pode confiar em mim – beijou-me no pescoço – jamais te trairei e nunca – levantou meu olhar no dele – nunca vou permitir que qualquer mulher fique entre nós.

- Vou te dar um voto de confiança, mas te peço não quebra meu coração.

- Pode deixar – beijou meu lábios. Era um beijo tão bom, envolvente. Sofreria muito mais se estivesse longe dele.


Não era você?!Onde histórias criam vida. Descubra agora