Capítulo 2 - parte 1

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Oi, pessoas lindas do meu coração!!! Ontem a noite não tive como postar porque minha net caiu a noite (quando finalmente cheguei em casa), mas aqui está o capítulo.

Ah, o capítulo de estreia do Roberto será divido em três partes, porque ele será um pouco mais complexo que a Rê e ele vai ter mais "aventuras" para contar no início. Se vocês me entendem.

Espero que gostem e boa leitura...



ROBERTO

Eu sou o Roberto. Advogado, cível e criminal, eu sei que é pouco usual na minha área ter duas especialidades, mas como sempre tenho duas vertentes dentro de mim. Eu sempre fui dual. Escolhi a área cível por paixão e a criminal como zona de escape. Não que não goste da área, contudo é onde posso me desvincular totalmente dela, na qual eu sinta a adrenalina percorrer por toda extensão do meu corpo. O desafio é sempre mais envolvente para mim e assim me dedico ao máximo e ela não consegue impregnar minha mente com aqueles olhos de tigresa.

Desde a minha adolescência sentia algo dentro de mim como uma fera querendo escapar. Eu e meu irmão gêmeo, o Rodrigo, fomos criados por uma família tradicional e para sermos tradicionais, educados. E disso minha mãe sempre tomou conta a mãos de ferro. Na infância éramos conhecidos como os irmãos certinhos, os educadinhos que nem palavrões proferiam. Vivíamos sempre muito bem alinhados, perfumados e penteados, sem nenhum fio fora do lugar. Eu sei que vocês devem está achando minha mãe uma chata de galocha, mas ela não é assim. Ela é a mulher mais sensível e delicada que já conheci e sempre nos ensinou a sermos bons moços e como deveríamos tratar uma mulher.

O fato é que com todo aquele ensinamento e tratamento ao passo que ia crescendo foi me enviando e me despertando prazeres totalmente contrários aos ensinados por mamãe. O Rodrigo não tinha esses questionamentos, mas eu vivia numa confusão de sentimentos tremenda até que descobri como lidar com minha perturbação. Era através do sexo que me permitia ser eu mesmo. E a cada vez que descobria isso mais envolvente essa prática era. Então, socialmente era o filho perfeito da mamãe e em quatro paredes era senhor de minhas próprias vontades.

Foi nesse momento que conheci a garota mais espetacular de toda a minha vida, a mais bela e dominante de todas. Sempre me sentia preso ao enigma daquele olhar perturbador. Todas as vezes que seus olhos me prendiam algo quente surgia em mim. Era pimenta sendo esfregada em minha pele que ardia e queimava de uma maneira prazerosa que jamais tinha sentido nem mesmo quando fazia sexo a meu jeito.

Eu tinha dezoito anos e estava no primeiro período na universidade, cursava direito. E enquanto as outras garotas se atiravam nos meus pés eu só queria ficar com ela. Provar da boca dela, da pele dela, da boceta dela; mas não sei o que me acontecia que bastava estar ao seu lado e um medo avassalador me acometia. E se meu prazer fosse o meu algoz? E se ela me rejeitasse? Perto dela minha segurança se esvaia e até hoje é assim. Por isso entrei nesse mundo paralelo, por não tê-la para mim, dediquei-me ainda mais em aperfeiçoar minha arte e desisti de investi nela até o dia que não aguentei mais o tesão que me percorria e resolvi me declarar. Essa foi a pior catástrofe da minha vida.

NOVE ANOS ATRÁS

- Irmão, vamos logo ou vamos chegar atrasados! – gritava o Rodrigo ao pé da escada.

- O Roberto ainda está lá em cima, filho? – a mamãe perguntou beijando meu irmão no rosto.

Ela era uma morena linda e carinhosa, sempre foi.

- Não, mamãe, estou aqui – falei do alto da escada.

- Como sempre você é o mais desatento. Você não penteou esse cabelo não? – falou já com as mãos neles e como sempre fazia curvava-me um pouco para ficar mais baixo para ela.

Não era você?!Onde histórias criam vida. Descubra agora