Capítulo 29 - parte 3

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Bom, como tinha prometido ( eu sei que estou um pouco atrasada, rsrsr, já passou da m eia noite)mas qnd cheguei em casa, já tarde, fiz questão de terminar e revisar o cpt com a tão esperado conversa. Espero que gostem!

Boa leitura e se gostaram deixem suas estrelinhas e comentários. Desde já obrigada!!!

REGINA

- Agora, me fala – o fiz sentar nas espreguiçadeiras de frente a piscina – o que você tem para me falar?

Ele estava ansioso, preocupado; mas estava evitando falar por causa do que contei sobre meu passado e acredito que esse não é o motivo para ter deixado assim.

- Primeiramente, quero te pedir desculpa, por trazer mais um problema. Sei o quanto foi difícil para você revelar seu trauma – buscou minhas mãos – eu juro que não queria trazer mais sofrimentos. Eu pensei muito em como te falar isso sem te magoar ou provocar algo pior entre nós. Mas não posso deixar que você saiba por oura pessoa. Estou pensando na construção na nossa confiança.

- Aí! Você está me deixando assustada. E também não quero que em veja como um bibelô que há qualquer momento pode se quebrar. Eu lutei muito para ser forte e isso não vai mudar.

- Entendo e te admiro ainda mais por isso. Mas sei que você não merece mais angustias e sofrimentos.

- Roberto, presta atenção – pedi atenta ao seu olhar – seja o que for, fale. Não me esconda e se eu tiver que sofrer que seja pela verdade ao invés de sorrir pela mentira.

- Tudo bem! Eu já não aguento mais adiar essa conversa – respirou fundo – tem uma mulher... tem uma mulher com a qual me envolvi, apenas uma vez, isso eu garanto – meu coração disparou com a imaginação do que viria na sequência – ela está grávida e...

Não escutei mais nada do que ele falava apenas zunidos no meu ouvido enquanto formulava todo tipo de situação que essa circunstância poderia trazer.

- Regina, meu amor- estalou os dedos na minha frente – Regina, diz alguma coisa. Me xinga, me bate, grita comigo; mas reagi. Não fica assim.

- Você está me dizendo que vai ser pai? – queria escutar a confirmação de tudo que poderia ser pior para a gente. Ter uma mulher e um bebê entre nós.

- Não. Quer dizer ela diz que sim, mas eu não tenho certeza.

- Não tem certeza? – explodi ao lembrar que ele transa comigo sem camisinha – você me garantiu que nunca transou sem camisinha!

- E é verdade! Eu não menti. Só com você que não uso. Eu juro.

- Não jura por algo que não aconteceu. Essa é a única maneira dessa mulher se dizer grávida de você.

- Eu estou falando a verdade. Naquela noite estava muito mal, bebendo e fui ao bar e encontrei a Kelly e a...

- Kelly? De novo a Kelly?

- Desculpe-me, mas ela me propôs. Não é culpa dela. Eu assumo meu erro. Eu não devia aceitar aquela proposta, mas não pensei direito e me deixei levar...

- Para! Não precisa dizer mais nada. O resto é mais fácil deduzir. Você transou com as duas e não usou camisinha. Meu Deus! O risco que corro...

- Não! Eu usei camisinha! Porra, acredita em mim! Eu não iria quebrar minha principal regra. Sempre tive regras e uma delas, a principal delas, é o uso incondicional da camisinha.

Meu Deus! Aquilo era surreal. Aquela conversa só me fazia ter um panorama da minha vida ao lado dele. E agora?

-Regina, me escuta. Acredita em mim. Estou esperando a criança nascer para fazer o teste de DNA e ficar livre de vez dessa acusação.

- Ou se prender ainda mais a essa mulher e o filho. E eu? E nós como ficará? Nós iremos resistir a uma mulher recalcada e articulosa, porque ela pode arrumar muitos jeitos de se fazer presente entre nós.

- Eu sei que não posso te exigi nada, mas não me deixa, por favor. – sua voz era sofrida. Era de doer o coração, mas estava perdida com esse avalanche de informações.

- Roberto, vou ser muito sincera – ele afirma com preocupação – isso é muito difícil. Você sempre vai sempre escolher a criança. É o certo a se fazer. E não estou me colocando em posição de competição com a criança, mas está mulher será sempre uma sombra entre nós.

- Não, claro que a Fernanda nunca foi confiável, mas sempre a manti...

-Espera! Espera – levantei. Não conseguia ficar quieta – Fernanda? Não me diga que a Fernanda que trabalhou na clínica. Meu Deus, eu lembro da Vale me falando da sua gravidez e dela ter ido à clínica tentar recuperar o emprego, mas nunca mais voltou – ele segurou o olhar em mim – Roberto?

Seu silêncio era mais do que a resposta da minha pergunta, mas quis confirmar.

- É ela?

- Sim – falou sem me olhar – eu não sabia da briga e do que ela foi capaz de fazer com a Vale. Eu nunca me envolvi com mulheres do trabalho, primeiramente por sua causa e segundo pela aproximação e convívio. Essa foi a única e maldita regra que quebrei e pago um preço muito alto por isso. – olhou-me com sinceridade. Eu sei. Eu sinto – ela não retornou porque paguei e ainda pago seu salário para que ela ficasse em casa e não voltasse a perturbar a Vale. Ela tinha uma gravidez de risco e você – respirou fundo – não queria que você tivesse que conviver com ela sabendo da sua gravidez. Ela faria de sua vida um inferno, só pelo prazer de espezinhar em alguém, pois ela sabe que é você que amo. Eu conheço minhas falhas e me arrependo por tudo. Se no início eu tivesse a coragem de confrontar a verdade e esclarecer logo que era para ser eu a receber sua declaração. Nada disso estaria acontecendo.

- Não adianta ficar relembrando o passado. O que passou, passou. Tem-se que viver o presente – falei cansada. Minha cabeça doía e só conseguia imaginar a confusão que seria nossa vida.

- Meu presente é você, mas não posso te exigir nada e tampouco esperar por sua compreensão. Entendo que a situação é extremamente complicada. Porém só pelo fato de ter sido eu a te contar já me deixa aliviado. Você não sabe o alivio que sinto. Se vamos ficar juntos ou não, isso é você quem decide. De minha parte garanto que nada e nem ninguém ficará entre nós. Você sempre será minha prioridade. Se for pai dessa criança serei completamente responsável e cuidarei do seu bem estar assim como lutarei por você, pelo nosso amor. Mas serão amores diferentes cada um terá o melhor de mim. Eu posso ser completamente, inteiramente seu e ainda ser pai. Mas apenas isso. De mim a mãe dessa criança não terá nada.

Ele estava em minha frente tão transparente que me sentia segura de enfrentarmos juntos aquela situação, todavia tinha que digerir tudo. Me firmar frente aquele compromisso que era ser madrasta, pois essa era a possibilidade. E o peso do positivo requeria muita força e preciso me reestabelecer para aguentar o tranco. Eu gosto de crianças. Isso não seria problema para mim, mas se essa vir até mim será com muita responsabilidade.

- Eu preciso de um tempo – falei com o olhar nele – preciso me reequilibrar emocionalmente. Você entende? – Ele afirmou com a cabeça.

Aproximei-me e acariciei seu rosto. A barba rala me espetava um pouco, mas sensação era gostosa.

- Entendo e vou deixar você pensar sobre tudo. Também não esperava uma decisão assim de imediato.

- Eu já tenho minha decisão, Rô – falei mais complacente possível – só quero colocar meus pensamentos em ordem.

- Tchau – beijou meu rosto – estarei pronto para o que você decidir.

O que vcs acharam? 

o Que vcs fariam nessa situação?

Não era você?!Onde histórias criam vida. Descubra agora