Capítulo 3

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Como havia prometido, retornando as postagens do Livro da Rê.

Espero que gostem da leitura e não se esqueçam da estrelinha. Comentem quero muito saber a opinião de todos vcs.

BJx...

Dias atuais

- Tem certeza que estou bem? – perguntei ansiosa quando avistei ele na boate.

- Hum... deixa eu ver – falou pensando – cabelos...ok, maquiagem, batom...ok, Roupa? Vestida para matar! Aliás, mon amour essa calça jeans super colada e esse cropped caíram como uma luva em você. Até eu se gostasse da fruta cairia de boca...gostosa. Relaxa não foi você mesma que falou que não estava nem aí para aquele escândalo. - falou cobiçando o Roberto.

- Assim você não ajuda, bebê- respondi ao Giba.

Guilherme Barcellos ou Giba para os mais íntimos é meu amigo da noite, minha fiel companhia pelos bares, baladas e festas já que minha melhor amiga e irmã Valentina depois que se enfiou num luto eterno por aquele imbecil do Edgar não me acompanha em mais nada. Eu bem que tentei traze-la hoje comigo, mas ela para variar não quis vir, porém no próximo final de semana ela não me escapa.

Mas voltando ao Giba chamei-o para sair comigo e ele logo topou. Primeiro porque nunca saio sozinha, segundo hoje é sábado dia de sair e se divertir, terceiro ele nunca me desapontou. E depois da Vale ele é a minha best friend forever.

Mais voltando ao assunto inicial. Há poucos minutos vi que o Roberto chegou a mesma boate que eu. Não sei o que acontece comigo porque para onde quer que eu vá, encontro ele. E o que é pior ficar toda nervosa ansiando que me note, mas isso eu jamais afirmei para ninguém. Eu prometi para mim mesma que jamais encheria a bola daquele cretino novamente. Não depois de ter me dado o maior fora de todos os tempos.

- Alô! Terra chamaaando- Giba estalava os dedos em minha frente – Não faz isso, bebê. Você não pode ficar assim babando esse cara toda vez que o vê.

- Eu trabalho com ele, Gui. – virei meu copo de uma vez o que fez minha garganta queimar – Eu sei disfarçar bem.

-Não aqui nesse lugar que cheira a pegação. Meu amor, a gente precisa circular. Ver outros bofes- virou-me conduzindo para outro lugar. – vem, hoje não quero voltar sozinha para casa.

Saímos por entre as pessoas na pista de dança e dei uma última olhada para o lado em que ele estava e já estava com uma ruiva pendurada em seu pescoço.

- Arrr! Como eu odeio isso! - falei com raiva. Eu nunca pude fazer isso.

Minutos depois o dj que animava a noite disparou com o sucesso do momento "despacito" e meu amigo ficou louco.

- Para tuuudo! Rê! - gritou – vamos que essa é nossa!

E me puxou mais para ao centro. Já começando mover-se ao som da música sensual. Posicionou-se todo pomposo e se te uma coisa que adoramos fazer juntos é dançar. Esse sempre um dos meus hobbies favoritos e o meu amigo adora ser o centro das atençoes, então ele capricha na coreografia.

Posicionei-me imaginando está pisando e esmagando a cara daquela ruiva dos infernos que não saiu do lado de dele. E como eu sei? Isso mesmo, não tenho como não deixar de nota-los. Eu sei sou dessas mesmo que gostam de sofrer.

Olhei mais uma vez disfarçadamente e já tinha ganhado o olhar de Roberto, mesmo que de longe. Isso me deixou satisfeita. Ora meninas, quem não ficaria? Ele não está tão ligado "aquelazinha" não, senão não teria me notado.

Deixei a música entrar pelo meu sistema e rebolei como se fosse ele a segurar minha cintura. E fazendo os passos e movimentos da kizomba. Deletie-me do momento. Eu sentia o olhar dele queimando em mim e queria que ele sofresse assim como eu sofri com o seu desprezo.

O olhar de Gui era sensual, aliás, ele exalava sensualidade e como era muito vaidoso com o corpo era bastante malhado e de longe parecia um homem que levaria qualquer mulher ao delírio, mas ele gostava de ser levado ao delírio e não o contrário. O que era uma pena porque eu pegaria fácil, fácil.

Terminamos a música e ele já estava bem próximo a mim. E sorri com a vitória em cima da ruiva que já não a via em lugares próximos.

- Você como sempre arrasando, Gui – falei ao seu ouvido.

- Sempre, mon amour, mas hoje você quem foi bastante admirada. Eu contei pelo menos uns três gatos te cobiçando. E um deles é o advogato que vem vindo falar com você.

- Sério?! E agora? - eu não sei se depois de uma música dessas vou ficar imune a ele.

- Agora você respira, respira a flor – esperou-me sugar o ar – agora apaga a vela – soltei o ar. - e aje naturalmente como se não já o tivesse visto.

- Regina... - senti sua mão em minha cintura e seu hálito próximo ao meu rosto.

Virei-me e quase nossos lábios se chocavam. E então vestindo minha máscara de "você não me abala" e cumprimentei-o.

- Roberto – dois beijinhos nas laterais do seu rosto - não sabia que estavas por aqui. Você conhece o Gui? - vi seu semblante leve de sempre se fechar levemente. 

E me perdi naquela perfeição de homem. Queria despir seu corpo com beijos devagarinho. A letra da música era perfeita para o meu desejo. 

- Não. Não conheço - falou apertando sua mão - Roberto.

- Guilherme – meu amigo respondeu o cumprimento sério. Sem demonstrar sua sexualidade. E ao olha-lo percebi onde quer chegar – amor, vamos? - puxou-me pela cintura – precisamos terminar o que começamos na música - e me beijou nos lábios.

Era um selinho. Era sem sentimento. Meu amigo é gay. Eu sei que ele fez para provocar. Mas eu queria isso? Eu queria que o Roberto pensasse que nós estaríamos transando após sairmos daqui?    

Não era você?!Onde histórias criam vida. Descubra agora