– Judy? – vociferou ela, abrindo a porta habitualmente destrancada.
Nenhuma resposta.
John estava logo atrás, ainda totalmente obstinado com a ideia de deixá-la.
Ele a seguia pelos cômodos da casa de Judith como um filhote perdido.
Na cozinha, um bilhete grudado no balcão e esboçado com a caligrafia maleável da loura dizia:
"Resolvendo problemas no Abbey Carpet, volto ao anoitecer."
– Ao anoitecer... – Katy sussurrou para si, agora arrependendo-se amargamente de interromper seu pequeno momento com John.
– Bem... Você está entregue, mande lembranças para Juds. – cuspiu o rapaz, atrapalhando a linha de pensamentos penitentes dela.
Antes de qualquer resposta, ele já estava atravessando o hall de madeira e sofás de couro da casa, e agora era ela quem o seguia como um filhote.
– Tenha um bom dia. – enunciou de um jeito severo.
– John... – ela o chamou, ainda tentando apurar algo sensato a se dizer.
Ele finalmente parou sob o primeiro degrau da pequena e ruidosa escada de Judith, e esperou impaciente por alguma resposta vinda ela.
– Acho que nós... Deveríamos, bem... Continuar... - em uma voz quase inaudível ela sugeriu.
– O que?
– Você sabe.
– Eu realmente não estou entendendo. – John respondeu erguendo o cenho.
Katy respirou profundamente, antes de tornar a fazer suas sugestões não tão sugestivas. Ela sabia que ele estava se fazendo de difícil, e aquela não era uma hora adequada para isto, especialmente pelo fato de que Judy poderia voltar antes do horário pretendido.
– John? – clamou ela, agora de um jeito firme e extremamente sério.
– Sim?
– Eu quero transar com você.
– O que? – respondeu ele em uma voz levemente exaltada que não havia previsto
– É o que você ouviu. Então ou você vai embora, ou entra nesta casa de uma vez por todas e me fode da melhor forma que conhece.
Irritada e ao mesmo tempo ansiosa para saber qual decisão seria tomada por ele, Katy cruzou os braços em volta de seu próprio corpo e esperou. No fundo, ela temia que a frase soasse um tanto quanto desesperada e inadequada, assim como toda a sua segunda noite na presença dele. Porém com os últimos ocorridos, era quase impossível se ter alguma sombra de dúvida em relação a isto.
John a encarou quase que boquiaberto, mas logo enfiou as chaves do carro em seu bolso, e lhe lançou um de seus sorrisos tortos habituais.
Era óbvio que ele não iria embora.
Ela correu para dentro da casa, e ele fez o mesmo, a acompanhando em um tipo de brincadeira libertina. A morena pisou no primeiro degrau das escadas que levavam para os quartos, sem dizer uma palavra e apenas fazendo um gesto sugestivo com os dedos, ela deu a deixa para que a seguisse. Pouco antes de tocar a fechadura do quarto de hóspedes, ele envolveu uma de suas grandes e másculas mãos sob sua cintura, puxando-a para perto de si. Primeiro, beijou o topo do pescoço dela, que ainda sustentava tenuemente o perfume floral que havia usado na última noite, arrancando-lhe um suspiro baixo. Katy se virou e o acariciou em suas bochechas com o polegar, logo depois aproximando os lábios nos dele de imediato. Com uma das mãos desocupadas, ele tratou de abrir a porta do quarto e a guiar para dentro. Agora não havia delicadeza, mas sim um bocado de feracidade em seu beijo, enquanto os lábios quentes se tocavam e suas línguas se entrelaçavam vigorosamente. Katy desgrudou os lábios dos dele e o puxou pelos cós de suas calças até a beirada da cama, ela fez com que ele se sentasse; e de pé começou a retirar o vestido o provocando em mais um de seus habituais joguinhos perversos e sedutores. John começou a acariciar suas coxas, e quando ela terminou de retirar a peça a beijou pouco acima de seu ventre. Agora, ambos retiravam os próprios sapatos e Katy logo engatinhou sob a cama até ficar suficientemente perto dele. O rapaz perdeu todo e qualquer foco no que estava fazendo, ao admirar o corpo esplêndido e primoroso dela, á mercê de todos seus caprichos naquele momento. Ela mordeu os próprios lábios ao perceber a reação dele, que logo atirou a própria camiseta em um lugar fora de sua visão.
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Montana
FanfictionKaty realmente é o tipo de mulher que confia em seus instintos, e quase sempre tenta seguir o que eles lhe dizem para fazer. Mas nem sempre eles estão certos... Ou será que estão? Seria John Mayer algo que seus instintos enxotariam ou acolheriam?