06) O ataque na prisão

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   Era cedo o Sol mal tinha iluminado as gramas da penitenciária, estava faminta então tomei um café-da-manhã reforçado e fui para a torre de vigia principal, fiquei sentada vigiando com Michonne, a mulher negra da noite passada que decidiu se juntar ao nosso grupo, de repente avistei Rick correndo para algum lugar, levantei-me ele parecia surpreso com algo, quando parou estranhei estava fora de si. Voltei a sentar e apreciar a vista do Sol chegando cada vez mais perto da penitenciária.

Enquanto isso pensava em como havia deixado minhas armas com o governador, pensar nele fazia-me estremecer e até voltava a sentir o hematoma feito em meu pescoço, engoli em seco, Rick me prometera uma vingança e era por isso que não deixava o medo tomar conta de mim, tudo que eu queria era atirar bem no meio de seu peito para vê-lo se transformar em um monstro, levantei-me cerrando os punhos e voltei para o bloco, ouvi Glenn falando.

— Vou dizer pela última vez, não vamos fugir! Não é uma opção! — gritou.

Percebi que os grupos decidiam como nos proteger do que estava por vir, o governador, ele queria destruir o que tínhamos senti meu coração acelerar e fui para minha cela irritada, ele não podia destruir o que tínhamos, o que conquistamos.

— Trinity, posso dar uma olhada no seu ferimento? Apenas verificar se não abriu nenhum ponto.

Assenti e o deixei vir até mim verificar, Carl veio até a cela e encostou-se na batente da porta.

— Você me costurou?

— Um pouco sim, mas quando cicatrizar mal vai aparecer.

— Tudo bem, eu não me importo — dei de ombros e ele riu.

— Eu acho legal — Carl disse e eu sorri.

Hershel desfez o curativo e passou um remédio que trouxera consigo.

— Vai melhorar, principalmente depois daquele café-da-manhã fortificado que você tomou — ambos rimos —, agora esse hematoma no seu pescoço... pode demorar um pouco mas também vai desaparecer.

Concordei, ele me olhou chateado, tinha pena e até temia pelo que todos passamos com o governador.

— Sente dor quando fala?

— Só uma irritação — disse, já fora pior.

— Ele agrediu demais suas cordas vocais, tente não falar muito alto pelos próximos dias para ajudar na recuperação.

Concordei, Hershel deixou a cela e sentei-me na cama.

— Você sabe que... querem voltar lá, não é? — Carl perguntou vindo até mim.

— Ele tem que morrer.

— Eu sei.

Glenn passou pela cela e o segui, ele estava se armando com colete e recarregando suas armas.

— Vai voltar lá, não é?

Ele assentiu sem hesitar, com ódio nos olhos.

— Sei que entende porque devo fazer isso, alguém precisa matar ele pelo que fez com vocês... com a Maggie — concordei, seja lá o que havia feito com ela talvez fosse ainda pior do que fez comigo.

— Por favor tome cuidado, ele não pode te tirar de nós também...

Ele esticou os lábios e assentiu, fiz o mesmo.

— Minhas coisas estão lá...

— As trarei de volta — disse e eu fiz que entendi.

  Glenn saiu e eu o segui até os portões perto da torre principal, Carl estava lá e chamou minha atenção.

SOLITÁRIA III, The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora