Boa noite, Daryl

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Confesso que imaginar ficar cara a cara com aquele louco, me aterrorizou, mas se todos estavam de acordo, o que a minha opinião interferiria? Nada, pois acabo sendo a minoria.

Ainda continuava no quarto, pensando sobre aquilo no maior silêncio até baterem na porta.

— Quem é? — perguntei.

Só porque queria hibernar para o resto da vida ali.

— Sou eu, Carl. Abre a porta, por favor. — pediu e não tinha como negar nada a aquele menino.

Me levantei da cama e fui destrancá-la, Carl deu um meio sorriso ao me ver.

— Quem te mandou aqui? — olhei para os dois lados do corredor.

— Ninguém, só vim conversar contigo sobre aquele negócio denovo. — ele adentrou meu quarto sem ser convidado.

— O sexo com a Enid? — fui direta.

— É... Eu sinto que vai acontecer a qualquer momento, mas estou com medo de fazer algo errado e acabar ferrando com tudo! Eu adoro ela! De verdade!

— Primeiro, pare de andar em círculos, está me deixando tonta. Segundo, você não precisa se acanhar com isso! Vem, senta aqui. — o puxei até a cama, fazendo-o sentar ao meu lado. — Enid gosta de ti, não gosta? — ele assentiu — E está mais do que claro que você também, ninguém conseguiria ter dúvidas disso. — ele sorriu — Sexo não é só o ato, nem só o fato de estarem fazendo aquilo. Sexo é toque, momento, estar junto e reparar em cada detalhe, pois será sua primeira vez! Enid vai querer se lembrar de como foi, então se acaso vier acontecer, não tenha pressa, deixa rolar, tudo que é forçado sai errado e não quer que ela reclame disso anos depois, quer? — ele negou, prestando a atenção — Só relaxa.

— Como foi sua primeira vez?

— Ahn... Ok, não estava preparada para essa pergunta, mas vamos lá! — limpei a garganta, trazendo de volta o dia em que transei pela primeira vez — Foi na faculdade, tinha dezenove anos e o cara era calouro... Não gostei, pois não teve sentimento, tudo rolou com bastante frieza, mas em compensação depois vieram outros que souberam dar conta do recado.

— E o meu pai? Ele deu conta do recado? — Carl começará a rir.

— Acredite ou não, mais do que os anteriores, muito mais mesmo. — só de lembrar ficava impressionada do quanto ele dava conta.

— Ok, não quero detalhes, é nojento.

— Nojento, mas está querendo fazer. — empurrei ele pelo ombro.

— Só que saber sobre meu pai é bem estranho.

— Foi você quem começou. — me defendi, rindo e bagunçando aquele cabelo dele.

— Obrigado, Alessa. — Carl me deu um abraço surpresa — Vou seguir seu conselho e só... Deixar rolar.

— Com certeza, deixa rolar. — nos levantamos juntos — Vai dar tudo certo! — falei passando boa vibrações para ele — Carl, antes de ir... — impedi dele cruzar a porta — Está sabendo do plano do pessoal?

— Sobre o Negan? — confirmei com a cabeça — Eu estou sim, meu pai disse há algumas horas.

— O que acha disso?

— Não formei uma opinião sobre isso, mas se é para ferrá-lo, eu aceito, pois é exatamente o que ele merece. Sei que deve ser difícil para ti, mas tenta enxergar o lado positivo disso, pode dar certo. — me incentivou.

Ou errado. — completei com sinceridade.

— Nunca saberemos se não tentarmos. Até mais! — saiu, deixando-me sem saber o que fazer.

Ela é tudo | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora