"Darlin' tell me something I don't know
be my baby, be my GTO
Call me something no one else calls me
I forget how I want it
That electricity
My heart was breaking and got left unlocked
Didn't see you sneak in but I'm glad you stopped
Tell me something I don't already know
Like how you get your kisses to fill me with
Electricity"Já estava embriagada e sem noção do que eu fazia quando ouvi alguém chamando meu nome no meio de uma música tocando tão alto que tremia a pista. Me virei procurando pelo dono da voz mas uma mão me puxou e acabei me chocando contra um peitoral musculoso.
- Ei, bebê. Ainda não acabamos. - e então uma boca se juntou a minha. Não tive tempo pra pensar, acabei dando espaço a sua língua mesmo sem saber de quem era.
Tinha um hálito de cerveja muito forte, chegando a ser enjoativo. Depois de alguns segundos empurrei-o para longe e limpei minha boca com as costas da mão. Agora a voz que estava me chamando está mais alta, talvez até mais perto.
- Alice!
Cambaleei até o bar e me sentei. Minha cabeça deve estar inventando coisas, provavelmente deve ser um efeito colateral do álcool, apoiei-a no balcão e senti minhas têmporas latejarem. Uma mão gelada entra em contato com as minhas costas nuas, percebo que perdi meu casaco em algum lugar, bom não vai adiantar de nada procurar por ele, giro meu corpo e percebo quem está atrás de mim.
- Ah, oi Will. - tento fazer uma pose no banco mas quase caio, acabo decidindo por ficar sentada de pernas cruzadas mesmo.
- Quanto você bebeu? - seu semblante parecia preocupado. Há, ele preocupado comigo, que gracinha. - Você não deveria beber desse jeito, Alice.
- Quem é você pra me dizer se devo beber ou não. - minha voz sai completamente enrolada enquanto eu bato meu indicador no peito dele. Nossa como é duro parece um muro.
Ele afasta meu dedo e segura minha mão, estou começando a ficar com sono, muito sono. Hey onde está Patrick? Ele que ia pagar a volta do uber.
- Patrick! - comecei a gritar no meio de vozes e uma música ensurdecedora, mas que porra é essa? - Cade você sua bicha vulgar!
Desço do banco e volto para a pista a procura do meu melhor amigo. Tá tudo girando, me apoio numa caixa de som perto da mesa do DJ e parece que meus ouvidos vão estourar. Cerro meus olhos e encontro uma cabeça vermelha na área VIP, na merda do segundo andar, Patrick eu vou te esganar quando subir esse lance de escadas.
- Que que cê ta fazendo garota?! - William se aproxima de mim e segura minha cintura para que eu não caia no chão. - Aonde você vai?
- Área VIP, segundo andar. Me leva agora. - disse ofegante. Puta merda não estou me aguentando em pé, exagerei na dose hoje.
- Você deve estar brincando.
Olho para o rosto dele e ele fica sério, bom, me ajeito sobre minhas pernas e passo um braço sobre os ombros dele, ainda bem que estou de botina. Sou praticamente arrastada pelas escadas até chegarmos em uma porta de vidro com um segurança que mais parece um armário, William não se intimida e diz:
- Deixa a gente passar.
- Nomes. - sua voz grossa ressoa sem nem abaixar a cabeça para encarar o meu companheiro.
- Qual o nome do seu amigo? - Will sussurra no meu ouvido, caralho que som gostoso.
- Patrick, é o ruivão sentado no colo do cara ali. - aponto com meu queixo olhando através do vidro que me separava dele.
O segurança se vira e procura pelo meu amigo, que pelo visto percebeu que eu estava morrendo do lado de fora da sala e vem ao meu socorro quase que imediatamente.
- Ali! - ele diz em som de reprovação, embriagado também. - O que houve gatinha?
- Manda esse cacetudo deixar a gente entrar, viado. - me esforço para dizer essas palavras, parece que minha língua está derretendo.
- Ouviu ela, abre ai cacetudo. - Pat fala rindo para o segurança.
- Só recebo ordens do chefe.
- Tadeu! - ouço meu amigo gritar. Alguns segundos depois um homem muito bonito aparece.
- O que foi, anjo? - ele olha pra mim e para o Will quase que sentindo pena, bufa e abre a porta de vidro. - Só dessa vez.
- Obrigado amore! - Pat da um selinho nele e sai do caminho para nos deixar passar.
Corro até um dos sofás vazios e me jogo nele, Will senta no braço estufado do móvel e me encara com certa preocupação, ou será tesão?, deixo um risinho escapar e subo um pouco a fenda do meu vestido para aparecer uma pequena parte da base da minha bunda. Seus olhos descem no mesmo segundo para a parte exposta do meu corpo e ele passa a língua entre os lábios, mas quase que em um piscar de olhos ele desvia o rosto avermelhado e fala algo com Patrick que eu não entendo.
Me levanto e fico sentada, porra, minha cabeça está rodando mais que a minha bolsa aos sábados. Tem um espelho no teto e vejo meu reflexo, estou um caco, meu cabelo está solto e todo desgrenhado, a maquiagem está intacta pelo menos, tirando a parte do batom que já se espalhou pelo rosto inteiro. Espera um minuto, viro meu pescoço um pouquinho pro lado e vejo uma marca quase violeta e bem avermelhada, isso é a porra de um chupão?! Eu tenho o quê, 15 anos de novo?
- Alice, acho melhor irmos pra casa. - ouço Will dizer.
- Mas por que? Só agora que conseguimos entrar na área VIP poxa! - fico decepcionada.
- São quase quatro horas da manhã e você está caindo de bêbada, não posso te deixar assim.
- Até soa como se você se importasse comigo. - deixo uma risada sair.
- E eu me importo.
- Você me conhece só faz dois dias, porra.
- Dois dias é muita coisa. Agora vamos, não suporto te ver assim. - e com essa frase ele me puxou e me levou para fora. Dei um tchauzinho para o Pat que nem percebeu, pois estava dando uns amassos no Tadeu? Ou seria aquele armário que encontramos na porta? Oh não, é o Tadeu mesmo, acabei de dar de cara com o segurança na saída.
- Sai da frente, muralha. - falo irritada.
Descemos as escadas correndo, tropecei algumas vezes até chegarmos na saída da boate e ouvi Johnny me chamar mas ignorei-o, estava concentrada demais em não cair no chão e dar um vexame. Atravessamos a rua e me senti forçada a subir na garupa da moto que estava na minha frente. Algo começou a revirar no meu estômago e fechei a boca para não vomitar.
- Minha casa ou sua casa? - Will disse dando partida e me encarando pelo canto do olho enquanto eu segurava o cabelo e me preparava para vomitar.
Antes de eu responder, já estava pondo todos os brownies que comi, todos os shots que tomei hoje e talvez até os que tomei ante-ontem. Quando terminei, dei uma última cuspida e limpei a boca com as costas da mão, tirando o resquício de batom que existiam nos meus lábios.
- Minha casa será então. - ele fala com uma cara de nojo. E assim entramos na noite com o som do motor de sua Harley Davidson 883.Boa noite meus amoresss, como vão vocês?
Sei que demorei quase um século pra postar esse capítulo novo e peço perdão mas EU AVISEI que não haveriam mais prazos para a atualização do livro.
Tô tentando ao máximo corrigir os capítulos que escrevi mas to enroladíssima com os estudos (mentira, eu só to com preguiça mesmo por que estudando ninguém ta) e com alguns trabalhinhos de arte que eu faço pra vender (quem quiser ver eu posto alguns no meu instagram: @becampa).
Ah, e vim explicar algumas coisas do jeito que eu uso pra escrever no livro!
- Quando eu ponho o texto em itálico no meio de qualquer fala ou parágrafo Assim por exemplo, isso significa um pensamento da Alice e não uma fala dela ou descrição do que esta acontecendo.
- Vou passar a usar pequenas imagenzinhas (ainda não decidi quais) para separar as partes que ocorrem em lugares diferentes para vocês não se embolarem na leitura pois vou tentar escrever mais em cada capítulo.Ok, acabei de decidir que imagem usar kkk. Enfim serão como intervalos no meio dos capítulos (tipo um break for a cigarette rsrsrs).
Então espero que tenham gostado do capítulo novo, e se gostaram comentem as suas partes preferidas, se não gostaram, comentem também e me digam o que vocês acham que pode melhorar e entraremos num consenso por que somos todos do amor não é mesmo? Não esqueçam de favoritar também e até a próxima!
Mamãe ama vocês.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diário de Alice
RomanceVício (do latim victium, que significa falha ou efeito[1] ) é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. Ela não quer saber de nada. Ela é furacão, tempestade e terremoto, tudo ao mesmo tempo. T...