Capítulo 5

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Elas entram em um salão repleto de mulheres com roupas deslumbrantes. Os olhos de Dulce se arregalaram. A entrada delas, a conversa parou. Um segundo depois, recomeçou em um ritmo caótico. Várias mulheres mais velhas vieram até ela e a convidaram a sentarem juntas nas almofadas. Com Anahí servindo de tradutora, Dulce logo estava conversando e rindo com elas como se fossem velhas conhecidas.

Meia hora depois, ela ergueu os olhos por instinto e viu Christopher de pé na entrada. Espontaneamente, suas pernas se descruzaram e ela se levantou. O silêncio voltou a reinar, mas desta vez carregado de anciedade, como se todos estivessem prendendo o fôlego.

Ele estava maravilhoso, vestido com uma túnica negra e calças, sendo que o único ornamento era um bordado dourado, no colarinho alaranjado de sua túnica. Ele atravessou o aposento e tomou a mão dela. Ela mal reparou nos outros homens que o seguiam e no farfalhar dos tecidos das mulheres ao se levantarem.

- Você parece o coração da rosa de Zulheil - Ele sussurrou e deu um passo atrás. - Eu tenho uma pergunta a lhe fazer, Dulce.

Ela o olhou nos olhos.

- Sim?

- Você veio a Zulheil por vontade própria. Você permanecerá por vontade própria?

Dulce estava confusa. Christopher tinha deixado claro que não a deixaria partir. Por que então perguntava aquilo agora? Mas ela sabia que não devia questiona-lo na frente de seu povo.

- Sim.

Christopher sorriu.

- E você ficará comigo por vontade própria?

A pergunta era o gatilho que sua mente nessecitava. Ela entendeu o que se passava, mas a compreensão não mudou a sua resposta.

- Sim. Eu vou ficar.

Ela afirmou e selou seu destino.

A selvagem satisfação nos olhos dele ardeu em liberdade por um segundo. Então ele fechou os olhos e escondeu o fogo. Ele abriu novamente os olhos e levantou a mão dela até seus lábios e beijou seu pulso que batia veloz sob sua pele.

- Vou deixa-la, minha Dulce... Por agora.




A camisola que havia encontrado era escandalosa demais para o seu gosto. O finíssimo linho branco escorria por seu corpo como um lençol de névoa e deixava à mostra seus seios e o triângulo entre suas pernas.

Sentindo-se desconfortável, ela encontrou um roupão de seda que só podia ser de Christopher para se cobrir. Teria de servir, ela pensou, ao retira-lo do cabide.

- Pare.

Ela se voltou, sobressaltada. Christopher estava quase a seu lado, os olhos quentes examinando seu corpo. Ele era sublime. Os ombros eram largos e os músculos torneados saltavam a cada movimento. Ele usava apenas uma pequena toalha branca.

- Eu não dei permissão para que você se cobrisse.

- Eu não preciso da sua permissão.

Com um simples movimento de seu pulso, ele roubou o roupão dos frágeis dedos dela e agarrou suas duas mãos em uma só das suas.

- Você esquece que agora eu sou seu dono. Você fará o que eu quiser.

- Besteira.

- se incomoda você, sinta-se livre para discordar. Mas saiba que eu irei ganhar.

Dulce olhou direto para ele, se perguntando se não teria aceito algo acima do que poderia tolerar. Talvez Christopher realmente fosse um déspota.

- Eu quero ver você, Dul.

- Solte-me, Christopher. - Ela implorou.

- Não, Dul, eu quero vê-la. Eu fantasiei este momento por anos.

Sua confissão a fez arrepiar dos pés a cabeça. Não parecia mais errado perceber que os olhos dele a olhavam através do enorme espelho do closet, desvelando tudo que ela tentava esconder. Parecia, sim, completamente natural, como se ela tivesse nascido para viver aquele momento. Nascido para ser a mulher do Sheik de Zulheil.

- Quero que você me veja fazendo amor com você.

Ele a enlaçou com firmeza e começou a beijar seu pescoço.

Ela tentou resistir, em silenciosa recusa.

- Olhe para o espelho. - Ele sussurrou, espalhando seus dedos pelo ventre dela é sob seus seios. - Por favor, Dul.

Sua súplica roucas quebrou as defesas dela. Ela virou a cabeça e encontrou os ardentes olhos castanhos como uísque de Christopher. Ele passou as mãos sobre seus seios até cobrir um deles por inteiro. Ela respirou ofegante e ele apertou o braço em sua cintura. Em resposta, ele agarrou seu seio com mais força. Não era o bastante, ela queria mais.

- Christopher. - Ela gemeu, lutando incessantemente contra ele.

- Olhe.

Ele comandou.

Ela olhou. Ele moveu a mão até chegar com o polegar rente ao seu mamilo, e o esfregando uma, duas três vezes. Ela estava ofegante. Ouviu a respiração dele se alterar, e sentiu o corpo atrás dela ficar mais excitado. Ela implorou por mais quando ele parou de acaricia-la, tornou a suspirar e gemer quando ele repetiu a provocante carícia em seu outro seio. As mãos dele eram grandes e a machucavam.

Ele deixou os seios dela excitados e quentes. Suas mãos desceram em direção do seu ventre, e depois se espalharam com cuidado. Ela cravou os dedos nos músculos rijos das coxas dele, ao sentir que ele avançava para entre suas pernas. Ele sussurrou uma aprovação em seu ouvido e mordiscou sua orelha.

Christopher sorriu para ela através do espelho, um sorriso de satisfação, extremamente másculo. Ele então moveu seus dedos lentamente, precisando no pequeno botão de nervos entre suas pernas. Dulce gritou e escondeu seu rosto contra o peito dele. Ele continuou fazendo com que ela se dobrasse a cada toque até quase desfalecer.

Confusa, ela olhou para ele e o rubor em sua face provava que Christopher estava tão tomado quanto ela.

- Não! - Ela gritou, quando ele retirou suas mãos.

Meu Sheik do desertoOnde histórias criam vida. Descubra agora