Capítulo 19

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Os lábios de Christopher se abriram em um sorriso.

- Para você, um visto muito especial foi concedido.

Ela parou de respirar por um momento.

- Você sabia. Você sabia o tempo todo que eu viria.

Ele deu de ombros e disse.

- Eu sou o Sheik de Zulheil. Claro que eu sabia. Por que afinal você veio?

Era a questão que ele não havia perguntado antes é que ela não poderia responder sem contar praticamente tudo. Dulce acariciou o cabelo dele com seus dedos e soube que lhe contaria a verdade. Quatro anos ela tinha sido covarde e isto havia lhe custado seu amor.

- Eu vem por que ouvi falar de sua perda e pensei que talvez você precisasse de ajuda. Mais do que isto, eu precisava de você. Eu já havia me decidido beirada muito tempo antes. Eu já havia me preparado.

- Por que, Dulce?

Ela sentiu as lágrimas tomarem seus olhos.

- Porque eu não conseguiria mais viver sem você. Eu simplesmente não o suportaria. Eu acordava todos os dias pensando em você e adormecia com seu nome em meus lábios. Eu o amo tanto, Christopher, que você nem pode imaginar.

Ele não respondeu em palavras. O beijo dele foi terno e quase como um pedido de perdão. Ela não forçará aquela situação. Levaria tempo para curar as feridas do passado, mas ela esperava que a sua bravura adiantasse está espera.

Christopher rolou de costas e a aconchegou a seu lado.

- Eu sinto falta deles.

Dulce respirou fundo e apenas o deixou falar.

- Eu fui criado com a compreensão das responsabilidades que eu teria que assumir no futuro, mas meus pais me asseguraram um infância sadia é uma juventude com liberdade. - Ele a abraçou e trouxe mais perto. - Eu viajei muito e aprendi. Eu estava tendo a chance de me tornar um homem sem ser enquadrado pelo papel que viria a desenvolver. Por isto, eu sempre estarei em dívida com meus pais. Qualquer filho que tenhamos terá a mesma oportunidade.

- Eles parecem ter sido pessoas maravilhosas.

- Eles foram. - Ele parou, como se em dúvida se deveria continuar. As próximas palavras dele a chocaram profundamente. - Minha mãe estava morrendo e não me contou.

Dulce resfolegou ao replicar.

- Morrendo?

- De câncer. Eles estavam retornando de uma sessão de tratamento quando o acidente aconteceu.

Incapaz de imaginar a profundidade do sentimento dele, ela segurou suas lágrimas e perguntou.

- Você a condena pela morte deles?

- Não. Eu a culpo por não ter confiado em mim, por me roubar à oportunidade de ajudá-la. E de poder me despedir.

- Ela estava protegendo o filho dela.

- Eu quase consegui aceitar o que aconteceu, mas uma parte de mim ainda continua zangada com ela por ter escolhido em meu lugar. Talvez houvesse algo que eu pudesse ter feito. Agora nunca saberei. Quando eles morreram, eu estava pronto para assumir os meus deveres, mas não para perder os meus pais. Eu me senti a deriva, emocionalmente perdido. Nós somos os governantes e guardiões de nosso povo. É uma honra é a mais grave das responsabilidades. Para o meu povo eu tinha que ser forte, mas eu me sentia como se estivesse preso em uma caverna de gelo, incapaz de sentir, até que...

Meu Sheik do desertoOnde histórias criam vida. Descubra agora