Ela sorriu e balançou a cabeça.
– Eles são tão terríveis quanto você.
– É um tratamento de honra, se eles não tivessem gostado de você, a teriam chamado...
Ele soltou uma frase que ela não conhecia.
– O que isto significa?
– Significa aquela que é casada com o Sheik.
Ela franziu a sombrancelha.
– O que há de errado nisto?
– Oficialmente falando, é respeitoso, mas se a esposa do Sheik é tratada dessa forma, o povo não acredita que ela seja quem deveria governar ao lado do seu líder.
Um casal os interrompeu para se despedirem. Kanayal e Mezhael eram embaixadores de outra parte de Zulheil.
– Eu lhes desejo boa viagem.
A postura de Christopher sofreu uma pequena mudança. Ele permaneceu caloroso e aberto, mas o manto da autoridade o cobriu como uma capa invisível. Isto fez com que Dulce percebesse como ele era diferente quando estava a sós com ela.
Kanayal se curvou em comprimento, com um ar de aprovação.
– Nós iremos retornar a Razarah com alegres notícias para a nossa tribo. — Os olhos de Kanayal pousaram por um instante sobre Dulce. – Eu irei contar a eles sobre poente e olhos castanhos.
– Tudo anda bem em Razarah?
Dulce sabia que a pergunta de Christopher era mais protocolar do que realmente movida por interesse. Esta tarde, quando os embaixadores chegaram, ambos haviam sido convidados para um almoço particular com Christopher. Seu marido havia insistido que Dulce participasse, dizendo a ela que valorizava sua perspicácia intuitiva.
Os olhos azuis de Kanayal eram calorosos.
– Todo corre bem em Razarah.
– Como sempre vocês estarão em nossas preces. — Os olhos de Mezhael encontraram os de Dulce. – Dulce ai eha Sheik, eu irei cantar para você.
Mesmo sem compreender completamente o que Mazhael queria dizer, Dulce sabia se tratar de um elogio. Ela inclinou a cabeça, imitando o gesto real de Christopher, sem nem mesmo se dar conta.
– Obrigada, eu lhes desejo um bom retorno.
Quando eles partiram, Dulce viu que eles haviam sido os últimos visitantes. Os outros já haviam partido, satisfeitos em se despedir através de Alfonso, Anahí ou dos outros concelheiros espalhados por ali.
– Venha, eu vou responder a sua pergunta em nossa suíte.
– Como você sabia que eu iria lhe fazer uma pergunta?
Ela deixou que Christopher a guiasse até o interior do palácio.
– Você sempre fica com um certo olhar de interrogação. Não lhe cai bem, você deveria parar de perguntar.
– Você sabe que é um provocador barato, não é?
Ela estava rindo, segura de que ele gostava de sua curiosidade e seu desejo de saber.
– Você é quem diz. — Christopher a empurrou para dentro do quarto e fechou a porta. Ele a pressionou contra a parede e depois começou a acariciar o macio tecido de seu vestido. – Onde é que ficam os botões?
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Meu Sheik do deserto
FanfictionZulheina, o lendário reino do deserto, pertence a Christopher por direito de herança. E ele é o tipo de homem que não abre mão do que lhe pertence. Isto significa que terá de reconquistar uma mulher muito especial. Que partiu seu coração anos atrás...