- Como assim ele está no jardim?
Dulce gritou.
Anahí deu de ombros.
- Eu pedi a Alfonso que o atrasasse para que eu pudesse ávisa-la.
- Mas e noite de sexta-feira. Ele não devia voltar só na segunda?
Pesados sons vieram do corredor. Os olhos de Anahí se arregalaram.
- Eu devo ir. Desejo-lhe sorte.
Ela saiu e Dulce a escutou fizer algo para Christopher.
Dulce não queria receber Christopher vestida em um robe que ia só até a metade de suas coxas e com seus cabelos soltos, mas a maçaneta já estava se abrindo. Rapidamente, ela sentou de frente para à penteadeira e pegou sua escova de cabelo.
Ela escutou Christopher estrar no quarto e fechar a porta. Os seus dedos se apertaram envolta do cabo de madeira entalhada da escova, mais ela continuava a pentear-se lentamente, ignorando a presença dele. Ele parou atrás dela e a aprisionou em seus braços, colocando as mãos sobre a penteadeira, uma de cada lado dela. Ela continuou a pentear o cabelo, apesar de não conseguir mexer mais os dedos por eles estarem tremendo demais.
Ela não olhou para o espelho, evitando a armadilha de fogo ardente que a aguardava.
- Como está a sua infecção na garganta?
Ele a lembrou de uma das desculpas para não falar com ele.
- Bem melhor.
- Pela sua voz é verdade. E você está se sentindo bem?
- Sim.
Ela tentou evitar encostar sua cabeça ao peito dele. Cada vez que ela afastava um centímetro, ele chegava mais perto, até que ela ficou na beirada do banco, sem lugar nenhum para fugir.
- Que bom eu estava preocupado com o fato de você estar dormindo toda vez que eu ligava.
Apesar de ter dito isto com calma, ela sabia que ele só podia estar furioso. Ele não era um homem acostumado a ser contrariado.
E ela não estava pronta para encarar a fúria dele. Apesar de seu ato de bravura, ela não odiava Christopher. Seus sentimentos por ele eram crus e indefinidos, mas não aproximavam do ódio. E se ela começasse a amá-lo ainda mais do que o havia amado por todos estes anos?
O calor do corpo dele parecia envolvê-la. Ele esticou o braço, tirou a escova de seus dedos inerentes e a colocou sobre a penteadeira. Então ele prendeu os cabelos dela atrás de suas orelhas, deixando seu rosto nu. Ela congelou quando ele acariciou sua mão contra a face dela, em uma carícia simples, mais poderosa. Ela fechou as mãos em punhos e cerrou os dentes na tentativa de evitar a resposta que ele conseguiria dela com facilidade. A lembrança da maneira como a havia tratado quando partirá ajudava, mas não duraria para sempre.
- Você está muito zangada comigo, minha Dulce?
O timbre rouco da voz dele em sua orelha a excitava.
- Eu não estou zangada.
Seu coração replicou rapidamente contra as costelas dele. Ele beijou o lóbulo de sua orelha. Um arrepio lhe subiu por dentro.
- Ah, Dulce, você não pode mentir. Vamos, olhe para mim. Dê boas-vindas ao seu marido.
- Você quer fazer sexo? Se você se mover eu irei para a cama.
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Meu Sheik do deserto
FanficZulheina, o lendário reino do deserto, pertence a Christopher por direito de herança. E ele é o tipo de homem que não abre mão do que lhe pertence. Isto significa que terá de reconquistar uma mulher muito especial. Que partiu seu coração anos atrás...