One-shot 1

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Ainda em seu sono e com os olhos fechados, a primeira coisa que lhe atingiu os sentidos foi o cheiro floral, uma bela fragrância que ela bem conhecia. A segunda coisa que ela sentiu foi uma cabeça repousando em seu ventre, ela sabia muito bem quem tinha o costume de fazer isso. A terceira coisa que ela sentiu foi um leve toque de lábios em sua testa, um pequeno doce beijo, e ela também sabia quem tinha o costume de fazer isso.

Um sorriso tomou conta do seu rosto. − Hmmm... ou eu estou tendo um belo sonho, ou tem um belo príncipe abraçando a minha cintura e uma princesa linda me dando um beijo na testa. − Elizabeth disse docemente, ainda de olhos fechados. E então ela ouviu duas risadas que ela conhecia. − E essas risadas me provam que eu estou certa. − ela disse abrindo os olhos, com um sorriso nos lábios.

− Bom dia, mamãe. − Lisa foi a primeira a dizer. A menina de 5 anos carregava uma rosa azul nas mãos.

− Bom dia, meu amor. − Elizabeth deu um beijo na filha.

− Feliz aniversário, mamãe. − Adam disse ao finalmente levantar a cabeça que estava sobre o ventre da mãe. Ele também tinha uma rosa azul nas mãos.

Elizabeth sorriu e acariciou os cabelos do menino. − Obrigada, meu pequeno.

− Isso aqui é pra você. − Os gêmeos disseram ao mesmo tempo, entregando as rosas para Elizabeth.

Elizabeth se sentou na cama e pôs a mão no peito antes de pegar as rosas das mãos de seus filhos. − Tem melhor presente do que isso? Não, não tem. Venham aqui, meus amores. − ela abriu os braços pra eles. − Obrigada pelas rosas. − ela beijou os cabelos de cada um. − Vocês são meus maiores presentes.

− E a Sue? − Adam perguntou.

− Ela também é um presente na minha vida. − Elizabeth respondeu.

− E o Al? − Lisa perguntou.

− O Alec também é um dos meus amores. − Elizabeth disse com um sorriso.

− E a vó Lia? − Lisa continuou perguntando.

− Eu não sei o que eu faria sem a Lia. − a mãe respondeu. Não conseguiu evitar e sorriu ao ver a menina chamando a Lia de avó. Eles sabiam que a Lia não era a avó de sangue, mas eles não conseguiam chamar a senhora de outra forma.

− E o papai? − Adam olhou nos olhos da mãe, aqueles olhos que tanto lembravam o Ben.

− O seu pai... − Elizabeth passou as mãos no cabelo. − O seu pai é... o amor da minha vida.

− E o Tim? − Lisa perguntou, se referindo ao pequeno cão que agora fazia parte da família.

Elizabeth riu. − Desde que ele fique longe da minha cama, ele também tem um lugar no meu coração. − Elizabeth tentou torcer os lábios ao dizer a primeira parte, mas não conseguiu, ela já estava começando a se apegar ao cachorro.

− Mamãe, o que é coração mole? − Adam perguntou do nada.

− Meu Deus, vocês acordaram com o bichinho da pergunta na cama de vocês? − Elizabeth dramatizou.

Adam pôs as duas mãos no rosto da mãe e ficou sério. − Elizabeth Dane, não é bonito responder uma pergunta com outra. − ele reclamou, exatamente como Elizabeth costumava fazer com eles.

Elizabeth piscou e depois sorriu. − Ok, ok... eu respondo. Quando você diz que uma pessoa tem o coração mole, você quer dizer que essa pessoa se emociona fácil.

− Hmm... tipo a vó Lia assistindo filme de romance? − Lisa perguntou.

Elizabeth riu. − Isso.

Águas Passadas (Part II)Onde histórias criam vida. Descubra agora